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O ministro da Saúde se diz favorável à legalização do aborto por acreditar que o número de mulheres mortas na prática clandestina diminuiria. Como é que ele pode pretender diminuir o número de mulheres mortas matando os filhos delas? Por acaso a vida do bebê vale menos que a vida da mãe? O aborto não apenas é crime, mas é crime hediondo, pois é perpetrado contra uma vítima menor, inocente, e sem a menor chance de defesa.

Pedro M. PiccoliCuritiba – PR

Aborto 2

É direito deste jornal colocar sua posição contra o aborto, como bem o fez em seu editorial de 15/4. É, por outro lado, um dever de qualquer jornal nas matérias oferecer equilíbrio e imparcialidade. Não é o que se lê nessa matéria sobre o assunto, também de ontem, cujo título mais correto deveria ser "Não e não". Há na matéria um claro desequilíbrio de fontes contra e pró-aborto. Há uma fonte a favor da legalização e três contrárias. Há um exemplo, tocante, de uma menina filha de um estupro e nenhum que mostre o contrário, alguém que foi vítima de estupro, abortou e não se arrepende. O deputado Bassuma não é geneticista ou cientista para afirmar com tanta categoria que a vida começa na fecundação. Ademais, ele não poderia mesmo dizer outra coisa já que é da frente parlamentar contra o aborto. Há cientistas, como Mayana Zatz, que defendem que a vida começa com a formação do sistema nervoso central.

Suzana Di FranzeCuritiba – PR

Aborto 3

Este é o país do ridículo e do absurdo, da banalização da vida por balas perdidas vitimando, inclusive, crianças. Pais "esquecendo" filhos, até a morte, dentro de automóveis e, agora, a possibilidade da legalização do aborto. Será a sublimação do egoísmo, do individualismo, dos interesses meramente pessoais. Ministro Temporão, que tal enfatizar a educação como instrumento para salvaguardar a vida em vez de eliminá-la?

Lucíula Marques Baddini, professoraParanaguá – PR

Aborto 4

O editorial "A inconstitucionalidade do aborto", de 15/4, está perdido. Também sou contra o aborto, independentemente de legislação. O que não entendi é: se para vocês "é a dimensão ética do aborto – e, portanto, a dimensão verdadeiramente humana e social – que assume caráter essencial" e "quaisquer outras abordagens falecem diante do aspecto central – ou seja, a vida humana" por que concentram a argumentação na lei e não na ética? Fazer ou não um aborto é errado independentemente de legislação. Por sinal, leis podem mudar. Leis são interpretações. O que é certo ou errado não é passível de alteração.

Mariano SeferaPonta Grossa – PR

N.R.: a Gazeta do Povo ressalta que, como informado no texto de 15/4, a questão do aborto está sendo tratada em três editoriais. O primeiro abordou o aspecto legal; o de hoje discorre sobre o início da vida. Um terceiro, a ser publicado amanhã, tratará da questão ética.

Brasília

Um primor a coluna de Carlos Heitor Cony (10/4) que informa sobre a existência de um bordel na Inglaterra com o nome de Brasília. O nome não poderia ser mais adequado para o ramo de atividade. Ele só não explicou se é alguma franquia ou filial.

Rubens Santos, empresárioCuritiba – PR

Lei seca

Li matéria nesta Gazeta a respeito da lei seca também para a cidade de Maringá. Vários municípios estão preocupados com a segurança do seu cidadão e agressões contra o patrimômio público. Na região metropolitana de Curitiba nove municípios que aderiram e colocaram em prática a política de funcionamento de bares, lanchonetes e bailões colhem resultados satisfatórios. Reduziram em 75% a violência contra a vida e contra o patrimônio público. Há três anos discutimos com as lideranças da capital como será colocado em prática a política de funcionamento para botequins, lanchonetes, bares, restaurantes e casas noturnas para a nossa cidade. Para informação, Curitiba hoje está em 4.º lugar em que a mulher está fumando e bebendo mais do que homem, 2.º lugar entre as capitais que mais fumam, 7.º lugar em violência contra a mulher e 4.ºlugar em violência contra a vida do jovem. Existe lei municipal proibindo bares perto de escolas. É mais econômico para a sociedade constituída a prevenção do que a repressão.

José Augusto Soavinski, economistaCuritiba – PR

SUS

É uma vergonha o estado de agonia por que passa o SUS. Paga-se a segunda maior carga tributária sobre salário do planeta – 42,5%, só perdendo para a Dinamarca (42,9%) e não se tem um retorno em serviço público de qualidade. O que podemos esperar de um governo federal que ainda não resolveu o problema do apagão aéreo, e que teve a coragem de afirmar que o sistema público de saúde beirava a excelência de qualidade? Seria oportuno que o presidente da República buscasse atendimento médico no SUS para avaliar o sofrimento da maioria do povo brasileiro quando precisa de tratamento médico.

Julio César Cardoso, servidor federal aposentadoPorto Alegre – RS

Prefeitura responde

Com relação às cartas com comentários sobre os serviços municipais, a Prefeitura de Curitiba informa aos leitores:

Katy M.B. de Farias: que a responsabilidade pela construção ou reconstrução de passeios em frente a imóveis edificados ou não é dos proprietários, conforme artigo 86 da Lei 11.095/2004 do Código de Posturas do Município. Sobre a aplicação dos recursos do IPTU, a prefeitura esclarece que segue as determinações da Constituição Federal, a qual estabelece que 25% da receita tributária sejam aplicados em educação;15% em saúde e o restante, em obras, programas e serviços. A Urbs informa que a Rua Olga Balster não tem largura suficiente para áreas de estacionamento e que o movimento na rua voltará ao normal após as obras da Rua Nivaldo Braga;

Nilton Santos: que a medida de um metro para as calçadas de Curitiba é uma recomendação e não uma imposição da lei municipal.

Secretaria Municipal da Comunicação Social da Prefeitura de Curitiba

Trânsito 1

Em razão das obras na Av. Marechal Deodoro, no cruzamento com a Marechal Floriano, o trânsito a qualquer hora do dia está caótico. Desde o cruzamento com a Getúlio Vargas até a Marechal Deodoro constata-se a lentidão no trânsito ocasionada pela redução de quatro para duas pistas na Marechal Floriano entre a José Loureiro e Marechal Deodoro. Entretanto, o fluxo de veículos não diminuiu, afetando, inclusive, as ruas transversais. Não seria o caso de se alterar o tempo dos semáforos para permitir maior passagem de veículos na Marechal Floriano e desafogar o trânsito?

Maria Angélica Gasparetto PereiraCuritiba – PR

Trânsito 2

Fiquei muito feliz com a matéria publicada na Gazeta do Povo de 4/4 sobre a preocupação dos moradores da nossa rua, a Raphael Papa, com o perigo da alta velocidade com que trafegam os carros, motos, ônibus e até caminhões, causando diversos acidentes e atropelamentos, inclusive com morte. É uma verdadeira aventura atravessá-la. Pensei que só eu me incomodava com isso, mas vejo que a preocupação é geral. Infelizmente não fui convidada para a manifestação, mas a apoio totalmente. Para meu espanto, foi colocada uma lombada eletrônica em um local inútil. Ela deveria ser instalada logo depois que os veículos saem da BR, geralmente a 100 km/hora, e não a duas quadras do fim da rua, já perto da entrada da Victor Ferreira do Amaral, onde o trânsito geralmente já está engarrafado.

Marilu Wolff, artista plásticaCuritiba – PR

Alcoolismo

Beber faz mal à saúde e, digo eu, faz muito mais mal que o cigarro. O álcool além dos males à saúde causa o mal social. A maioria dos acidentes de trânsito, brigas de bar, violência contra a mulher, destruição de famílias, entre outras coisas, acontecem sob o efeito de bebidas alcoólicas. O cigarro parece que encarnou todos os males da humanidade. Autoridades, políticos, médicos, não perdem oportunidade para atacar o cigarro. E todos têm razão. Mas por que só o cigarro? Por que não se proíbe propagandas de bebidas alcoólicas também? Por que se calam sobre o álcool? Os jovens bebem cada vez mais. Agora, nossas crianças estão se embriagando. É só sair na noite e verificar. E os pais fingem que não sabem.

Marcos Schier, empresárioCuritiba – PR

Barulho noturno

"A vigilância noturna realizada nas ruas da Fazendinha incomoda a muitos. Antes, apitavam. Agora, usam sirenes – igual àquelas de motos da PM. É uma falta de respeito aos moradores da redondeza. Será que não existe um órgão que fiscalize isso?"

Luciana de Jesus, técnica em edificaçõesCuritiba – PR

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Gazeta do Povo

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