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Coluna do leitor

Aborto 1

Os que são contra o aborto deveriam, ao menos uma vez, freqüentar lares que abrigam crianças abandonadas. Ainda, deveriam lembrar que, na maioria das vezes, o bebê indesejado de ontem é a criança de rua de hoje e o infrator de amanhã, pois provêm, em geral, de famílias desestruturadas e sem perspectiva. Os que mesmo assim continuarem contra o aborto, que levem essas crianças para casa, pois a mesma lei que lhes garante o direito à vida garante o direito a uma família que lhes dê condições de "efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária" (art. 4.º do ECA). Ou será que o direito a vida deve ser visto em si mesmo, sem contemplar qualquer outro direito?

Jaqueline BaldisseraCuritiba – PR

Aborto 2

Quem pagará a campanha do plebiscito? Para que mais uma lei, se as que estão aí não valem para todos? Sugiro que a verba do plebiscito seja aplicada na formação de crianças e jovens, em escolas públicas. Um plebiscito sobre aborto, para mim, tem o mesmo tom de uma consulta sobre prostituição infantil. Tenho 46 anos e todas as pessoas que vi desejarem fazer aborto o fizeram, sem problemas com a lei. Legalizá-lo irá trazer mais problemas à nossa já "perdida" população.

Cris VeigaCuritiba – PR

Sindicatos

Assustados com a possibilidade cada vez mais premente de mudanças na lei, o que muito se viu e se ouviu outra vez nas festas de 1.º de maio foram os líderes sindicais bradando pela manutenção dos direitos e conquistas dos trabalhadores. Fazem ouvidos moucos de que a legislação trabalhista atual é de 1940 e está precisando urgente de atualização para poder atender as novas premissas. Poucos se dão conta de que quando os sindicalistas, ao falar na manutenção dos direitos e conquistas, estão se dirigindo àqueles que continuam empregados. Uma das medidas que poderia mudar tudo isso e fazer dos sindicatos defensores de fato dos trabalhadores, seria o fim da contribuição sindical obrigatória.

Rubens Santos, empresárioCuritiba – PR

Responsabilidade

Um povo que não aprende das suas experiências do passado não passa da fase de criança! A psicóloga Paula Gomide está de parabéns ao ensinar-nos com suas pesquisas. Ela instiga para a responsabilidade cidadã das famílias e dos produtores de programas de tevê, pois confirma irretorquivelmente a influência perniciosa e abrangente dos programas violentos e erotizados de tevê no comportamento das crianças e adolescentes. É um poderoso chamado de atenção aos pais e mães para que cuidemos da educação moral no ambiente familiar.

Paulo Sertek, professor universitárioCuritiba – PR

Erro no registro

Alguns dias atrás vi uma cena não sei se posso classificar como desagradável ou com o um descuido. Estava em um supermercado no Juvevê aguardando na fila quando a pessoa que estava no caixa olhava para o computador e a profissional passava suas compras e, assim, percebeu que um certo produto de R$ 8,99 foi registrado no valor de R$ 20,00. Aí eu pergunto: de quem é a culpa? Com certeza da caixa é que não. Há de ter alguém no mercado para vistoriar isto. Nós, consumidores, pedimos maior agilidade da parte dos supermercados.

Elissandra R. Meurer, secretáriaCuritiba – PR

Moeda

Criar a moeda única e um banco Mercosul são idéias válidas, mas daqui a pelo menos um ano-luz. É claro que seria ótimo unificar a economia na América do Sul, mas sejamos realistas: se nem os acordos básicos para formação do mercado comum vão adiante no bloco do Cone Sul, como partir para essa etapa, que é a mais sensível de todas? Não há chance de dar certo. O Brasil, que é a economia mais avançada, está a pelo menos cinco décadas defasadas do mundo mais avançado, imagine Equador, Bolívia, etc.

Paulo ZattaToledo – PR

1.º de Maio

A celebração foi no Xaxim e não no Centro Cívico. A luta dos trabalhadores por justiça, igualdade, dignidade, vida, emprego, moradia, educação, creche, segurança, terra, pão e paz sempre foi organizada pela Arquidiocese de Curitiba. Primeiro de maio é o dia de luta por dignidade e justiça e não dia de festa, sorteios, espetáculos e política. É dia de luta na periferia, de pedir condições de vida para os trabalhadores. Cumprimento as paróquias do Xaxim e as caravanas de toda a cidade pela romaria maravilhosa, verdadeiro ato de luta em defesa dos direitos humanos.

Padre Leocádio José Zytkowski – pároco da BarreirinhaCuritiba – PR

Nepotismo

Não há necessidade de demitir parentes de políticos. São pessoas qualificadas, ocupam cargos de confiança e os exercem com competência, tal qual exige o governador. Colocar quem no lugar, burocratas?

Janete ZilianCuritiba – PR

Obras

Após meses, as obras na Rua Francisco H. dos Santos estão terminando. Percebemos erros tão óbvios, que o planejamento nem parece ter sido feito por profissionais. Com as guias prontas, os operários tiveram de quebrar trechos para rebaixar e dar passagem a deficientes. Em muitos pontos do canteiro central faltou calçamento para pedestres. Vários bueiros ficaram abaixo do nível do asfalto. No retorno que fica na altura da Julio Bond, a visibilidade da placa é ruim. O cruzamento com a Hugo de Barros continua caótico. É necessário instalar radares, pois já se vêem veículos "voando baixo". Sem falar na terrível rotatória do shopping que continua ali, causando engarrafamento. A Prefeitura e a Diretran precisam tomar providências para que uma obra tão importante não se torne mais um elefante branco.

Christiane S.A. CruzCuritiba – PR

Pelos trabalhadores

Excelente o artigo Garantia do trabalhador na CLT (edição de 1.º/5/07), de Léo de Almeida Neves, especialmente pela clareza com que expõe tema tão complexo; pela posição firme que adota diante das investidas do que se apresenta como "reforma silenciosa"; por ter desfeito a crença que se tentou inculcar de que a CLT é uma cópia da Carta del Lavoro, informação falsa e com intenção de agravar um preconceito ideológico e classista contra a iniciativa trabalhista; por alertar contra os "acordos" e as rupturas em relação à CLT e finalmente por, malgrado todas as nefastas previsões, defender o debate entre entidades patronais e de trabalhadores. Parabens à Gazeta por acolher esse debate.

Leilah Santiago Bufrem, professora titular da Universidade Federal do Paraná

Bilhetes reutilizados

"Sou usuário de uma agência bancária no Alto da XV. A instituição cedeu seu estacionamento para que o Hospital Pequeno Príncipe o explorasse e reverta verbas para a instituição de caridade. Tenho observado que as pessoas que controlam a entrada e saída dos carros, que cobram o valor simbólico de R$ 1,00 para se estacionar, estão usando o mesmo recibo numerado por diversas vezes. Alguns recibos estão sujos, amassados e sem o devido n.º da placa dos automóveis."

P. HenriqueCuritiba – PR

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