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Coluna do leitor

Adeus a Moysés 1

Francisco Beltrão e o Sudoeste do Paraná devem muito ao professor Moysés Paciornik, falecido no dia 26 de dezembro. A mortalidade materna por câncer de mama e de colo de útero na região era simplesmente alarmante. Em 1970, o professor Moysés trouxe a Francisco Beltrão 30 colegas seus para realizar a primeira campanha de prevenção de câncer de mama e de colo de útero. Foram instalados 32 consultórios para coleta de material e realizados 6.600 exames de Papanicolau num só dia. A campanha se estendeu por todo o Sudoeste. Aqui em Francisco Beltrão, a campanha está comemorando 38 anos consecutivos com exames realizados gratuitamente graças ao exemplo de Moysés Paciornik, cuja a vida foi toda dedicada a servir o próximo sem ser servido. Moysés Paciornik foi médico de toda a nossa família. Quando entrei na Faculdade de Medicina, em 1950, ele me acolheu em seu hospital, onde fui interno por seis anos. Tive a felicidade de retratá-lo de corpo inteiro em meu livro Um Médico pelos Caminhos do Mundo. Moysés era um iluminado. Era médico com um espírito humanitário sem limites. Ao lado de sua doce Helena e de seus maravilhosos filhos: Ernani, Claudio e Siomara. Ele deixou sua marca inconteste. Com sua morte, o céu ficou infinitamente mais rico, e a terra com sua ausência ficou infinitamente mais pobre.

Kit Abdala, médico e consultor internacional da Organização Internacional de Saúde afiliada à Universidade Johns Hopkins (Baltimore, EUA), por e-mail

Adeus a Moysés 2

Que os céus abram as portas para o grande dr. Moisés. Tive a honra de conhecê-lo e dois filhos meus, Sandro e Marco, nasceram pelas suas mãos. Além de médico que dispensa comentários, como profissional e ser humano, o que me impressionava era a boa memória que tinha. Há poucos dias fui no hospital Paciornik fazer uma consulta, e ao sair me chamou a atenção uma placa com o nome do médico em um escritório ao lado do hospital. Quando soube que ainda clinicava, fui dar-lhe um abraço e perguntei se lembrava de mim. De pronto falou: "Você é o garçom do Pote Chopp que me presenteou com uma gravatinha (que era a sua paixão)." De fato, tempos passados eu o havia presenteado com uma gravatinha riscada, em agradecimento ao carinho que tinha com a gente. Doutor, descanse em paz e saudades!

Pedro Girardi, aposentado

Supersalários

Um absurdo um prefeito ganhar mais que o presidente da República (Gazeta, 30/12). Nossos deputados criam municípios que não têm estrutura alguma, não produzem nada e dependem do repasse do Fundo de Participação dos Municípios, aí os prefeitos aumentam seus salários para enriquecer. Duzentos municípios no Paraná seria o correto.

Mauro Budniak

Paranaense histórico 1

Faço uma reflexão com todo respeito ao leitor Arno Bento Mussoi, professor e historiador de Laranjeiras do Sul (Gazeta, 30/12) que discordou da escolha de Bento Munhoz da Rocha como "o maior paranaense da história" (Gazeta, 28/12). Pois o que ele coloca como razão de sua insatisfação – a luta de Bento em defesa da unidade territorial do estado, que culminou com a extinção do território federal do Iguaçu – é motivo de júbilo para os paranaenses e não ao contrário. A própria Gazeta do Povo, em um dos momentos memoráveis de seus 90 anos de história, conseguiu rechaçar pretensão semelhante anos mais tarde. Bento é um grande ícone de nossa história e mereceu a lembrança da maioria dos votantes. Se eu fosse um deles, por motivos óbvios, votaria em Ney Braga.

Márcio Assad, Lapa — PR

Paranaense histórico 2

Realmente é incontestável a liderança política de Bento Munhoz da Rocha (Gazeta, 28/12). A frase que ele ressoava nos bastidores, como estadista, daqueles que defendem um longo projeto e não paliativos – "O Paraná é a síntese do Brasil" – fala por si. Realmente a liderança à sua época é parcialmente responsável pela manutenção do status da classe dominante, mas o contorno e vocação que nosso estado tem hoje deve-se muito às suas articulações como grande estadista. No mais, único do Paraná a pleitear de fato o poder central.

Eyrimar Fabiano Bortot, por e-mail

Taxista

Nas inúmeras reportagens sobre os táxis de Curitiba, nunca é dito que somos a única cidade do Brasil onde motorista de táxi tem registro em carteira de trabalho. Temos a melhor e mais nova frota e uma das tarifas mais baixas do país. Somos pioneiros no serviço de radio táxi e na padronização da cor. Já fui motorista de táxi aqui em Curitiba e sei que na planilha de cálculo da tarifa (disponível para todos na Urbs) não está incluso o "valor de placa". Li nesta coluna a mensagem de uma senhora que afirmou gastar R$ 80 mensais com o transporte escolar do filho e que, por seus cálculos, gastaria R$ 320 se optasse pelo táxi. Ocorre que no táxi cabem quatro passageiros, enquanto a van carrega 20. É só fazer a conta para ver que não é o táxi que está caro e sim o transporte escolar, cuja licença de funcionamento também tem valor comercial, assim como bancas de revista e de feira e tantos outros serviços. Se a Urbs simplesmente elevasse a dez anos o tempo mínimo para um permissionário poder transferir a licença, as transações irregulares acabariam. Ficariam apenas os que realmente desejam trabalhar com táxi, que, diga-se de passagem, é um ótimo serviço de utilidade pública prestado à cidade.

Alvaro Kowalski, Curitiba — PR

Cuba

Após mais de meio século de uma ditadura inconsequente (todas são), o país chamado Cuba tem agora um dirigente um pouco mais "civilizado". A sua pretensão em cortar 50% das viagens ao exterior deveria ser seguida pelo Nosso Guia (segundo expressão do jornalista Elio Gaspari), cuja função principal é fazer turismo de alto luxo à custa do erário. As medidas tomadas pelo sr. Raúl Castro mostram uma abertura mais civilizada e se ele se livrar das influências nefastas como as de Hugo Chávez e de outros "presidentes" da América do Sul, começando por convocar eleições, teremos um novo país mais humano. O povo cubano merece isso.

José Carlos Novisk, corretor de imóveis, Pontal do Paraná — PR

Unila

Sou professor de Português e de Espanhol e tenho certeza de que as aulas em dois idiomas, a serem ministradas na Unila, em Foz do Iguaçu, trarão benefícios grandes aos alunos por vários motivos: maior integração com os alunos da América Latina, mais facilidade para aprender a segunda língua, mais campo de trabalho para o docente e por aí vai. Deus queira que isso se estenda, se possível, a todo o ensino superior do país.

Eli de Abreu Passos, por e-mail

Qual a alternativa?

O Acre pertencia parte ao Peru e parte à Bolívia. Com a borracha em alta, brasileiros foram chegando e em pouco tempo eram a maioria. Várias tentativas dos dois países proprietários foram feitas no sentido de impor suas soberanias. Finalmente, em 1909, o Barão do Rio Branco consolidou juridicamente a anexação do Acre ao Brasil. Pergunto: se o povo boliviano começasse a jogar foguetes no território acriano, reivindicando a posse das terras que lhes foram tomadas, o governo bateria às portas da ONU, via Barão Marco Aurélio, devolveria as terras dos sofridos mui amigos ou reagiria em defesa dos brasileiros?

Geraldo de Paula e Silva, Rio de Janeiro

"Sem dúvida nenhuma, Bento Munhoz da Rocha é uma das maiores expressões políticas e intelectuais da terra dos pinheirais."

Jair Elias dos Santos Júnior

"Os legislativos nos três níveis são importantes para a democracia, mas infelizmente são instituições caras e inoperantes quando se trata de defender os interesses coletivos."

Honorino Colla

"Penso que os vereadores devem ganhar bem quando trabalham. Mas só quando trabalham. Não penso que sejam necessários mais de dois meses por ano... um para apresentar projetos, outro para votá-los."

Jorge T. Caliari

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