A Copa chega ao seu final com um nível de futebol bastante baixo, com raros momentos de talentos. Após esse vexame brasileiro, o nosso futebol nunca mais será o mesmo, pois sinto que há um clamor popular de basta: chega de moleza, de malandragem, de medalhões, de donos da verdade, de arrogâncias, de subserviência e falta de comando e de esquema de jogo ultrapassado. Eu sentia que para os medalhões, é como estivessem fazendo um favor em defender o Brasil. Portanto, chegou a hora de mudanças, de renovação, e então chega de Ronaldo, Roberto Carlos, Cafu, Parreira, Zagalo, Ricardo Teixeira, Nike, chuteiras douradas, azuis ou amarelas, contratos milionários que o nosso futebol não pode competir, é importante tirar a CBF do Rio de Janeiro etc. Na minha opinião, precisamos montar uma seleção cuja base seja a de jogadores atuando no Brasil, complementada por jogadores que estão no exterior (e não ao contrário, como é hoje), convocar jogadores pelo futebol que estão apresentando e não pelos nomes. Enfim, restabelecer aquele paradigma do futebol: a melhor defesa é o ataque. Temos que passar uma borracha no que aconteceu e pensar que o Brasil pode e deve jogar bonito, com alegria e garra, e voltar a ser grande no futebol.
Carlos Roberto Antunes dos Santos, professor universitárioCuritiba, PR
Iguais aos jogadores
Nossos políticos costumam comparar a política com o futebol, mas como seria bom se eles fossem iguais, vejamos: primeiro, quando a seleção brasileira erra, nós torcedores cobramos, xingamos e jamais esquecemos. Já os políticos continuam errando, e nós continuamos com eles, "torcendo", votando. Segundo, os candidatos estão citando a seleção. Terceiro, assim como na seleção brasileira, os que têm vergonha na cara dizem que a era deles passou, já os incompetentes insistem em ficar (temendo o sucesso dos novos), iguais aos políticos.
Osmar Aquino VatzcoCuritiba, PR
Falta de água 1
A meta da Sanepar é economizar, certo? Concordo!! Mas por que será que esta empresa não me cobra apenas pelo consumo? É imoral gastar 2 m2 de água e pagar por 10 m2. Será que se nos fosse cobrado apenas o que de fato usamos não seria mais justo? Se economizo no consumo vou pagar pelo o que não usei, faz sentido? Acho que não! A estratégia deverá ser mudada, para benefício de todos; do contrário, tenho certeza de que a Sanepar não atingirá o objetivo desejado.
Sandra R. P. Fernandes, empresáriaCuritiba, PRFalta de água 2
Quantos curitibanos, principalmente dos bairros da periferia da cidade, estão sofrendo com a falta dágua? Milhares, creio eu. Mas minha indignação maior é com o descaso para com nós simples mortais e moradores do Tatuquara, pois aqui dia sim e outro também falta água. Liguei para a Sanepar e me informaram que estavam trabalhando na barragem que fornece água para a região. Minha indignação maior é que não falta água na Santa Quitéria, Vila Hauer, Vila Izabel, onde tenho parentes e dizem que não sofrem com o problema. Isso sem falar de bairros como o Centro, Jardim Social, Jardim Los Angeles, considerados nobres. Pergunto: a barragem que fornece água a esses bairros são tão boas que não necessitam de reparos?Mariza RochaCuritiba, PR
Falta de água 3
Tenho certeza de que temos que economizar água para a nossa sobrevivência na terra, mas o que realmente irrita é que todo ano vemos as diversas fornecedoras de água no Brasil pedirem para o povo economizar. Sempre, desde que me conheço por gente, vem a época de estiagem e sempre temos a mesma ladainha das fornecedoras sobre a economia de água. Por que que as mesmas não se adaptam às estiagens, construindo novos reservatórios para aumentar a sua capacidade de fornecimento prevendo as épocas difíceis. Pagamos por tudo que nos é fornecido neste Brasil, e a água não foge à regra, pois não é nada barata, com as fornecedoras só lucrando e o povo sempre tendo que ser o sacrificado.Luciano D. BruzettiCuritiba, PR
Antecedente criminal
Eu fico estarrecido toda vez que leio uma notícia relatando a reação de policiais que são atacados por bandidos do PCC. Normalmente nesses noticiários, a imprensa divulga que alguns bandidos que foram mortos na ação não possuíam antecedentes criminais, tratando, então, esta ou aquela morte como um crime praticado por policiais que agiram em defesa da lei e de suas próprias vidas. Só falta agora sugerirem uma lei, o que agradaria bastante aos criminosos e aos defensores de direitos humanos (parece que eles se confundem em alguns momentos), exigindo que os policiais exijam um atestado de antecedentes criminais antes de reagir ao confronto armado.
Antônio Carlos Walger, presidente do Conselho Comunitário de Segurança do Bairro GuaíraCuritiba, PR
Pra frente Brasil
Na vida temos vários momentos de fracasso ou fracassamos sem pelo menos tentar ir atrás e ver no que erramos, mas isso não faz com que desanimemos ou muitas vezes faz com que aceitemos a derrota e vamos atrás de outras oportunidades. Então, neste momento, não adianta ficar dando nomes para a derrota da seleção brasileira... Coisas ruins acontecem nas nossas vidas todos os dias e tomemos isso como uma lição. E por falar em derrota... Todos os dias somos derrotados por políticos e toda sua corrupção. E o que fazemos? Mudamos alguma coisa nesta história? Na próxima eleição (Copa da Política), trocamos este time? Não! Parece mentira, mas colocamos o mesmo time, ou seja; se preocupamos tanto com um lado da História e esquecemos que fracassamos cada quatro anos. O que quero dizer é que... É muito ruim sofrer uma derrota e, neste momento, o que mais queremos é que alguém nos dê um abraço, uma mensagem positiva. Vamos aprender com nosso erro do presente e consertar no futuro. Erramos todos os dias e não vamos transformar numa grande desgraça o fato de perdermos a Copa do Mundo. Creio que existem no mundo coisas piores do que perdermos a Copa do Mundo. Vamos nos preocupar neste momento em ganhar a Copa das Eleições, que se aproximam, para que não cometamos os mesmos erros.
Gerson PeresCuritiba, PR
Propaganda abusiva 1
De acordo com a cartilha de Propaganda Eleitoral do TRE-PR, em seu parágrafo VI, capítulo 1 é considerada propaganda intolerável aquela que perturbe o sossego público, com algazarra ou abuso de instrumentos sonoros ou sinais acústicos. E é exatamente o que vem acontecendo na Rua XV próximo à Praça Osório, local onde o candidato Professor Galdino, utiliza-se de uma caixa de som e microfone tendo ao fundo uma música insuportável anunciando seu número de candidatura, que aliás, devido à distorção pelo alto volume, sequer pode-se entender o que é dito ou cantado pelo amplificador do candidato. Para os transeuntes, pode até parecer uma boa forma de propaganda, porém aos que trabalham próximo ao local tornou-se um transtorno. Por estar ocorrendo uma feira nesta praça onde o candidato faz sua propaganda, além de estar desobedecendo ao parágrafo supracitado, ainda fere o item II e III do capítulo 2, onde está claramente mencionado que é proibido qualquer tipo de propaganda.
Elaine Cristina ItnerCuritiba, PR
Os inelegíveis
A edição da Gazeta do Povo (dia 4/7/06) apresentou numa importante matéria a lista dos "inelegíveis" para o pleito de 2006. Dos 2,9 mil gestores, 78 são paranaenses. O que assusta todo e qualquer eleitor atento é, no mínimo, o fato de que em meio a tais pessoas públicas encontram-se acusados de assassinato, de corrupção e de toda sorte de delitos. Pior ainda: a realidade contraditória e paradoxal da lei abre brechas a favor dos políticos, como é o caso da Lei 64/90, artigo 14, parágrafo 9, simplesmente omitida pela jurisprudência dos tribunais. O que vale questionar é o perfil e o caráter dos que são responsabilizados para ficar à frente da nação. Mais do que nunca, o sistema democrático brasileiro parece estar emperrado num dos seus maiores paradoxos. O fato é que o atual sistema político ainda é julgado como o mais adequado e compatível com a realidade brasileira. Sendo assim, qual é então a finalidade do voto que será teclado nas urnas em outubro?
Vilmar Debona, estudante de FilosofiaCampo Largo, PR
*****
As correspondências devem ser encaminhadas com identificação, endereço e profissão do remetente para a Coluna do Leitor Gazeta do Povo, Praça Carlos Gomes, 4, CEP 80010-140 Curitiba, PR. Fax (041) 3321-5472.
E-mail leitor@gazetadopovo.com.br.
Em razão de espaço ou compreensão, os textos podem ser resumidos ou editados. O jornal se reserva o direito de publicar ou não as colaborações.