Ajustar as contas significa gastar somente o que se arrecada, aplicar corretamente os valores recolhidos e ainda promover o enxugamento da máquina administrativa. É uma vergonha a comparação do que se arrecada com o pouco de retorno que se recebe. Já passou da hora de cada um de nós se envolver e exigir o ajuste nas contas dos governos federal, estadual e municipal. Somos nós que sempre pagamos a conta. Também é preciso discutir o fim para o foro privilegiado e o fim das benesses. Política não deve ser profissão.
Ajuste fiscal 2
Não é razoável dizer que as contas do Paraná estão no azul (Gazeta, 18/8), pois o governo nada faz para economizar. Usou o dinheiro da Paranaprevidência, dos depósitos judiciais, aumentou os impostos e não fez qualquer tipo de investimento. O que eu quero ver é o governo do estado apertar o cinto, cortar gastos desnecessários e encolher a máquina pública.
Manifestações 1
A trombeta da insatisfação ecoou por todo o país. Dessa vez, porém, tocou uníssona. O povo foi às ruas uma vez mais para protestar. Diferentemente de manifestações anteriores, nas quais se notava a pluralidade nas reivindicações, essa mobilização teve um posicionamento claro: o impeachment da presidente da República. As investigações da Lava Jato, somadas à força da oposição no Brasil, dificultam a sobrevivência do atual governo.
Manifestações 2
Em mais um domingo o que se viu foi barulho movido a partidarismo político. As manifestações foram apresentadas como “protestos populares”, mas vimos as mesmas caras, o mesmo palavreado e a mesma ausência do povo propriamente dito. A “voz das ruas”, de novo, não atingiu 0,4% da população do país.
Impeachment 1
As razões para o impedimento da presidente Dilma se resumem a uma única palavra: golpe. Trata-se de um golpe contra a cidadania e o direito democrático. Ainda é um desrespeito com os 54 milhões de brasileiros que votaram nela.
Impeachment 2
Excelente análise feita no artigo “As razões político-jurídicas do impeachment” (Gazeta, 18/8). O impeachment de Dilma hoje é imperativo para o país sair da paralisia em que se encontra.
Decoro
Não podemos ser usados como um peão sendo manipulado de um lado para outro em um tabuleiro para atender e legitimar os atos dos políticos. Eles movimentam as peças de acordo com suas conveniências e depois nos ignoram. Colocam-se de forma intocável e usam a lei a seu favor em nome da ordem e da democracia. Uma democracia que deveria equiparar todo cidadão, porém, favorece somente a classe política e os demais poderes. Qual é o cidadão comum que tem direito a salário e ainda ajuda de custo, verba de gabinete e auxílio-moradia? Não devemos nos calar diante de um político que profere um palavrão na tribuna do Senado e depois é convidado para jantar com a presidente.
FGTS
Depositado pelo patrão, o FGTS é o dinheiro do trabalhador. Deve ser corrigido pela inflação, no mínimo. O governo usa esse dinheiro em benefício próprio , mas acaba prejudicando o brasileiro. A correção é de 3% ao ano, então, haverá perda de mais de 6% só em 2015 – já que a inflação fechará acima de 9%.
Futebol amador 1
Como foi dito na reportagem “O Bacacheri A.C. não joga mais aqui” (Gazeta, 18/8), é “impossível salvar todas [as sociedades futebolísticas amadoras]. Mas excluí-las do debate é sepultar um mecanismo de sociabilidade que marcou a vida urbana em mais da metade do século 20.” O desmonte remonta aos anos 60. Caso clamoroso foi o do Estádio Manoel Aranha, do Poty, que ocupava desde 1924 a atual Praça 29 de Março. Era o time da rapaziada, do operariado. E funcionava como “um mecanismo de sociabilidade”. Até o dia em que entenderam que era hora de cassar o comodato e ali erguer um monumento com estruturas que nada dizem.
Futebol amador 2
O futebol amador de Curitiba já foi considerado um dos mais organizados do Brasil. Mas tanto a especulação imobiliária como o próprio poder público estão aos poucos ajudando acabar com está história belíssima de futebol e comunidade.
Casa Kosák
Fui uma leitora assídua na Casa Kosák (Gazeta, 16/8). Saía do Colégio Pio Lantéri e ia até lá ler e escutar boas histórias. Saudades daquele espaço.
Palhaço preso 1
O comandante imediato da equipe que prendeu o palhaço, em Cascavel, mostrou despreparo e falta de percepção em reconhecer o erro naquele momento e recuar. Isso não coaduna com o Estado de Direito de Democrático. Que bom que a ação foi filmada, pois assim as instituições vão se aperfeiçoando.
Palhaço preso 2
Imaginem se fosse o contrário: policiais, em público, desrespeitando o dito palhaço? As pessoas não têm paciência e educação nem para aguardar o pedestre terminar de atravessar na faixa e querem exigir que agentes públicos aceitem passar por esse tipo de humilhação pública?
