Passados 314 anos, ainda não sabemos quais foram os destinos e as escolhas que motivaram o movimento da fundação de Curitiba. Mas uma pergunta perpetua-se sem resposta. Em que instante a fundação da capital do Paraná começou a idealizar-se quanto ao seu nascimento oficial? O ex-vereador e ex-deputado Romário Martins, em 1692, iniciava uma proposta que consolidaria a data de 29 de março de 1693, posteriormente questionada em sua legitimidade histórica. A verdade é que em 4 de novembro de 1668 ergueu-se o pelourinho no primeiro planalto paranaense, ato que consolidava um movimento de posse e fundação da Vila de Nossa Senhora da Luz dos Pinhais, hoje Curitiba. Cabe aos historiadores e estudiosos pesquisar e trazer a discussão do passado, incentivando ao debate assuntos tão polêmicos como o do nascimento da cidade. Por que a historiografia paranaense emudeceu-se, aceitando a imposição de datas que contrariam o nascimento oficial da capital dos paranaenses?
Gilmar Cordeiro, professor e historiadorPiraquara PR
Aniversário 2
Era uma singela capela, marcada pela devoção dos índios tingüis. No mesmo local se impõe a Basílica, com seu estilo gótico. Nasceu a Vila Nossa Senhora da Luz dos Pinhais na presença de 11 edis, liderados pelo português Mateus Martins Leme a 29 de março de 1693. Nove desta solene seção tinham o sobrenome Martins. Hoje, Curitiba é conhecida cidade sorriso, cidade de todas as gentes. Quanta alegria viver nesta grande metrópole, tão moderna, disciplinada e progressista. Salve Deus a nossa terra e a nossa gente também.
Walter MartinsCuritiba PR
Educação
Como disse Antonio Ermírio de Moraes no artigo publicado pela Gazeta em 25/3, apareceram ótimas notícias na educação: a volta do velho e eficiente sistema de avaliação com notas de 0 a 10 que, como disse o presidente Lula, funcionou muito bem para gerações e gerações, formando escritores, médicos, historiadores, professores, advogados... Como professora, pedagoga e diretora de escola por 31 anos, sempre fui contra a promoção automática, que só empurra os alunos para frente, mesmo que não saibam ler ou escrever. Quando dirigi a Escola Municipal Paranaguá, em Curitiba, engajei-me com pais e professoras numa luta contra os ciclos de aprendizagem, pela volta do sistema seriado. Fomos vitoriosos e a escola tornou-se mais procurada. Reprovação não frustra, prepara para a vida que é cheia de reveses. Outra boa notícia é que o professor será mais valorizado, com salários dignos. Por isso, dou parabéns ao presidente Lula e desejo boa sorte para tudo se concretize.
Ana Maria Szeremeta Pereira, pedagogaCuritiba PR
Racismo 1
Extremamente racista a declaração da ministra Matilde Ribeiro, titular da Secretaria Especial de Política da Promoção da Igualdade Racial, quando afirma que considera natural a discriminação dos negros contra os brancos. Além de declaração racista, ainda incentiva a violência de negros contra brancos, dizendo "que é natural um negro não querer conviver com um branco, pois foi este que o açoitou". Ela, como ministra, tem por obrigação imprimir a boa convivência não só entre negros e brancos, mas sim entre todos os povos.
Hélio Ramos AurélioSantos SP
Racismo 2
Acho que o brasileiro é hipócrita demais para admitir que nosso país é racista. Uns chegam ao cúmulo de dizer que têm "preconceito", mas não são "racistas". Não é preciso ser negro ou pobre para saber o nível de indiferença (ou de diferença) com que essa gente é tratada. Vamos tirar a máscara minha gente!
Sandro B. AndréCuritiba PR
Feriado
"Acho um absurdo criar-se mais um feriado com fins politiqueiros, sendo que o país habitualmente começa a funcionar só no segundo bimestre. Precisamos sim rever o calendário e diminuir os feriados já existentes, se realmente estão pensando em fazer do Brasil um país emergente."
Ary Schmidt, médicoCuritiba PR
Estrangeirismo
Ao ler notícia sobre a viagem no "Great Brazil Express" (na Gazeta do Povo de 24/3), imaginei ser uma viagem em algum país bizarro de língua inglesa, mas, não. É uma viagem no meu país Brasil (com "s"), no meu estado e na minha cidade natal. Ora, porque temos sempre de prestigiar o idioma de Shakespeare (é a minha segunda língua) em detrimento do idioma de Camões, que é a língua de nossa pátria? Não sou, em absoluto, contra a incorporação à Língua Portuguesa de neologismos. Afinal, nosso idioma está "vivo" e necessita incorporar novas palavras e expressões. Mas, assim é demais, mesmo que seja para divulgação e propaganda no exterior. Só falta chamar o Rio de Janeiro de "January River" ou São Paulo de "Saint Paul"...
Antonio Carlos da Rocha LouresCuritiba PR
Poluição sonora
"Gostaria de saber quais providências estão sendo tomadas pela prefeitura de Curitiba e por nossos legisladores para proibir o infame "carro do sonho que está passando". Em São Paulo a proibição quanto a poluição visual está funcionando. Por que não fazer o mesmo aqui quanto a poluição sonora? Imaginem o inferno que se tornará nossa querida cidade se todos os vendedores resolverem seguir a mesma estratégia de vendas."
Raul SilvaCuritiba PR
***
Gazeta do PovoPraça Carlos Gomes, 4CEP 80010-140 Curitiba, PR Fax (041) 3321-5472
Escreva para leitor@gazetadopovo.com.br
Em razão de espaço ou compreensão, os textos podem ser resumidos ou editados. O jornal se reserva o direito de publicar ou não as colaborações.