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Coluna do leitor

Anorexia

Esta semana, mais uma jovem morreu por complicações decorrentes da anorexia. Todos culpam a mídia, o mundo da moda, mas ninguém tem a coragem de admitir que há preconceito cultural contra gordinhos. A questão é: ninguém quer ficar acima do peso, ser motivo de chacota, ter dificuldade na vida amorosa e ter vergonha de usar um biquíni na praia. Antes seria preciso acabar com o próprio preconceito. Não é prejudicial querer ser saudável, pois quem está acima do peso corre tanto risco quanto quem está muito abaixo. O problema está na dificuldade de discernir entre o saudável e o paranóico. Quando a paranóia ultrapassa o limiar do saudável, aí sim é motivo de preocupação, como no caso das meninas que querem ser modelo. Mas é absolutamente normal que uma pessoa queira se cuidar para ficar saudável. O único papel que a mídia poderia assumir seria de informar que cada um tem sua estrutura, suas características, e seu peso ideal. Acabar com estereótipos será uma tarefa difícil, mas esperamos que seja realmente efetivada. Espero que a geração futura (ou até mesmo a nossa) seja de saúde, e não de magreza, pois as duas não andam sempre juntas.

Mariana Cruz, estudanteCuritiba, PR

Metrô

Meus cumprimentos à Gazeta do Povo pela pesquisa junto a população de Curitiba a respeito do metrô. É importante está iniciativa. Acredito que o resultado demonstra, com bastante clareza, a opinião da maioria da população de uma cidade acostumada a soluções inteligentes e inovadoras, que serviram de modelo tanto para o Brasil como para o mundo. A obra na antiga BR-116 é muito importante, principalmente para a região sul. O metrô servirá como balizador de um nova orientação para o trânsito de toda a cidade que tem uma das maiores frotas de veículos do país, pois o transporte por ônibus continuará a ser importante. Não se pode negar que a busca por novas maneiras para reduzir a emissão de poluentes, especialmente nas grandes cidades, é um fato irreversível. Iniciativas importantes como estas deste jornal devem ter sempre o apoio da população na busca de uma qualidade de vida cada vez melhor para todos.

Julio C.A.Fróes, administradorCuritiba, PR

Linhas bloqueadas

Estamos com 11 linhas de celular bloqueadas desde o dia 15/12/06. Ao reclamarmos para Brasil Telecom, a operadora informou que havíamos solicitado o cancelamento das linhas, mesmo não sabendo informar quem fez a solicitação. De imediato, pedimos o restabelecimento do serviço, pois desempenhamos atividade na área de logística e estas linhas são fundamentais no nosso dia a dia. Passados 11 dias, continuamos com as linhas inoperantes, fato que demonstra no mínimo descaso da operadora, além de desrespeito ao consumidor.

Alaídes Francisco de Oliveira, empresárioCuritiba, PR

Discriminação

Dia 21/12, fui a um estabelecimento, com alguns amigos e com a namorada, para assistir a um show de um artista jamaicano. Fui grosseirmanete proibido de entrar no bar pelo fato de estar trajando bermuda. O que me causa repulsa é a forma discriminatória com que algumas casas de show vêem atropelando o direito do consumidor e a liberdade das pessoas. Esquecem-se que tal atitude viola frontalmente o princípio da igualdade e da não discriminação previsto na Constituição, e afirmam o pensamento provinciano e discriminatório que por vezes mancham esta cidade culturalmente miscigenada.

Victor DominguesCuritiba, PR

Transporte coletivo

Seria interessante convidar os responsáveis pelo transporte coletivo de Curitiba para andar de ônibus, preferencialmente na linha expresso Boqueirão. Às vezes, somos "presenteados" com ônibus velhos, sujos, barulhentos, com as portas quebradas ou soltas. Às vezes, as portas são fechadas de repente, sem nenhum aviso sonoro, fazendo com que muitos se assustem e alguns se machuquem. Às vezes, ao invés de um ônibus biarticulado, temos a "opção" de um ônibus pequeno, com apenas duas portas, constantemente com lotação acima do normal e tolerável. A surpresa maior (e pior) é que, desde meados do mês de dezembro, a própria prefeitura começou a trocar os ônibus biarticulados por outros menores, de três eixos e quatro portas, exatamente como eram há mais de dez anos. Ora, as pessoas ficam cinco ou dez minutos na quinta fila da estação-tubo da Praça Carlos Gomes, e, quando chega o ônibus, pelo fato de ele ser bem menor, mais curto, não há a quinta porta. As pessoas são obrigadas a ter que pegar lugar numa das outras quatro filas ou, se quiserem viajar sentadas, terão que esperar pelo próximo ônibus. Ou a prefeitura estabelece que todos os ônibus do Boqueirão passarão a ter quatro portas (com quatro filas nas estações-tubo) ou mantém o sistema de biarticulados, com cinco portas e cinco filas.

Igor Dutra dos Santos, servidor público federalCuritiba, PR

Deputados 1

Sinto-me envergonhada da atual situação do Brasil. Fizeram um auê para aumentar o salário mínimo em R$ 15, e os deputados vão para a Assembléia sem saber que estão votando o aumento do salário deles em mais de 91%. Peço a eles que dêem uma passada nos hospitais, principalmente na área em que é se atendida pelo SUS, para ver o que é sofrimento.

Neusa Maria Johansson UlbrichCuritiba, PR

Deputados 2

Pressionados pela sociedade revoltada com o aumento dos próprios salários em mais de 90%, os deputados adiam para 2007 (até que os ânimos baixem) a decisão sobre os supersalários dos deputados e senadores. Enquanto isso a Assembléia Legislativa do Mato Grosso do Sul aprovou, na semana passada, um presentinho de Natal para os ex-governadores do estado, garantindo uma "módica pensãozinha" de R$ 22.000,00 vitalícia para eles. Será que alguém se preocupa com a quantia de impostos recai nas costas do brasileiro para fazer frente a esses aumentos estapafúrdios? Essas benesses concedidas não trazem nenhum retorno ao país. Enquanto isso, aqui mesmo na América Latina, o presidente da Costa Rica, Oscar Arias, vai doar todo o seu salário de aproximadamente R$ 18.000,00 para entidades de assistência social. "Ninguém tem direito ao supérfluo enquanto houver gente que não tenha o necessário", disse o sr. Arias. Será que um dia conseguiremos eleger um governante com essa cabeça?

Marçal Ussui Sobrinho, consultor AmbientalCuritiba, PR

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