Sobre as matérias a respeito da possível venda da Leão Jr. para a gigante Coca-Cola (publicadas nos dias 24/2 e 27/2), penso o seguinte: até que ponto pode-se mensurar a iniciativa megalomaníaca da empresa norte-americana em abocanhar nichos do mercado de bebidas? Há alguns anos o nome dela era apenas sinônimo de refrigerantes populares, mas agora a empresa atua no mercado de água engarrafada, cerveja, sucos e, futuramente, chás. Posso estar enganado, mas acho que essas aquisições, a que se dão o nome de joint-ventures, caminham para um imenso monopólio. No total, a Coca-Cola e a Coca-Cola Femsa (engarrafadora mexicana e dona da cervejaria Kaiser) passam a deter 27,6% do mercado brasileiro de sucos. A matéria não deve passar em branco pelos leitores, pois o tema merece reflexão e deve causar muita polêmica.
Renan Lúcio MouraCuritiba PR
Remédio 1
Sou totalmente a favor do fornecimento de remédio mediante mandado judicial (reportagem de 27/2). Isso por que sou totalmente a favor do direito à vida. Infelizmente, no Brasil, o descaso com a saúde é imoral. Todos temos direito à saúde e à vida segundo a Constituição, mas não é o que se vê na prática. Para que se consiga algum tipo de remédio, às vezes com o preço acima das condições financeiras de quem necessita, o único caminho é o amparo legal. Quem entra na Justiça, não quer uma batalha contra o governo, mas uma qualidade de vida melhor. A Justiça deve obrigar o estado a fornecer remédios, caros ou baratos, para a população.
Marcelo Villen, comercianteCuritiba PR
Remédio 2
Ao ler o texto sobre medicamentos especiais, achei que o jornal deu muito enfoque ao número de ações. O texto, inclusive, usou a expressão "indústria de ações". Acho lamentável que um cidadão brasileiro precise da Justiça para fazer valer um direito constitucional. Que país é esse? Que Justiça é essa? Que políticos elegemos? É absurdo usar o "Orçamento" como desculpa para não atender um doente. Estamos falando de vidas humanas, de gente do nosso estado, do nosso país, do nosso planeta. Não é mais importe do que isso.
Dirce da SilveiraCuritiba PR
Jacaré 1
Os jacarés são perigosos, pois são predadores natos. Para que se mantenha animais deste porte em áreas como o Parque Barigüi, teríamos de ter grades de proteção que impeçam uma criança de se aproximar do animal. Da mesma forma que ele engoliu um cachorro (reportagem de 23/2), poderia ter atacado uma criança.
José AlencarCuritiba PR
Jacaré 2
"Foi legítima defesa", alegaria eu se fosse advogado do jacaré do Barigüi que matou um cachorro (reportagem de 23/2). Ele estava em casa, descansando, numa terça-feira de carnaval quando começam a jogar pedras e paus nele. É verdade, ele matou o cachorro. Matou mas não comeu, o que indica que ele não atacou, apenas se defendeu. O cachorro foi em direção ao jacaré e não o contrário. Nos últimos dias, pintaram o jacaré como um monstro. Todos estão com pena do cachorro, mas poucos são os que já viram os cachorros abandonados no parque quando estão caçando: atacam capivaras, matam ratões do banhado, destróem ninhos e comem filhotes de patos e gansos. O jacaré é do bem. Do mal são certos usuários do parque que, em vez de irem lá curtir a natureza, vão lá depredá-la. O Velho Jack, o jacaré mais antigo, está no lago desde 1976. São 31 anos sem problemas. Se ninguém incomodar o jacaré, ele não incomodará ninguém.
Ari Becker, presidente da Associação dos Moradores e Amigos do Parque BarigüiCuritiba PR
Polícia
"O que policiais covardes, que se escondem atrás da farda, têm a dizer aos filhos sobre arrombamentos de veículos e assassinatos de gente indefesa. Dar 10 ou 30 tiros pode ser considerado defesa? Será que suas famílias sentem orgulho? Isso tudo dará em nada, pois o velho corporativismo vai entrar em cena. Punição? Só às mães que perderam os filhos."
Reginaldo Lourenço da Silva, servidor públicoCuritiba PR
Pesquisa
Não posso negar que ao ler a matéria "Alunos desenvolvem alimento mais barato para fenilcetonúricos" (2/2), uma súbita emoção mesclada com esperança apoderou-se de mim. Não foi fácil chegar ao fim do texto. Tive de limpar as lágrimas que insistentemente brotavam dos meus olhos. Meu pensamento voava imaginando quantas dificuldades, principalmente financeiras, esses iluminados descobridores devem ter enfrentado para amenizar o sofrimento de tantas pessoas. Sabemos que em um país onde falta dinheiro para educação, saúde e segurança e onde a pesquisa não tem valor, tudo é mais difícil. Parabéns aos bolsistas Sílvia Deboni Dutcosky e Remom Bortolozzi, do curso de Engenharia de Alimentos da PUC do Paraná, e à professora Sílvia Deboni Dutcosky. Provaram ser cidadãos honrados e exemplos a serem seguidos pelos jovens brasileiros que querem construir o futuro deste país.
Edson Lopes de Deus, advogadoJandaia do Sul PR
Assembléia
"Novamente a Assembléia Legislativa deu um tiro no pé. Em vez de os nobres parlamentares paranaenses ficarem apenas 1/4 do ano em férias, vão reduzir o período para 55 dias. Seria de bom tom que se lembrassem de que o restante da população tem, no máximo, 30 dias de descanso. É decepcionante ver que mesmo quando tentam melhorar, os parlamentares paranaenses continuam ruins."
João Augusto Moliani, professor universitárioCuritiba PR
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