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Coluna do leitor

Araucárias 1

Ontem a Gazeta publicou a reportagem "Paraná desmata o que sobrou da araucária". A única maneira de se proteger o que ainda resta dos madeireiros é o Estado tomar para si a propriedade dessas terras e transformá-las em parque com proteção ambiental, além de prender aqueles que continuam a derrubar, sejam políticos ou não. E isso têm de ser feito ainda neste ano.

Paulo Persegani, Curitiba – PR

Araucárias 2

É inacreditável que com toda a tecnologia disponível as autoridades só descubram um desmatamento clandestino quando ele já avançou muito. Se tivesse prisão inafiançável para tal crime e fizessem valer a lei, se não tivesse aqueles juízes que interpretam as leis influenciados pela força econômica, tudo mudaria.

Luiz R. dos Santos, por e-mail

Araucárias 3

Lamentável a conclusão, ou melhor, a definição do prefeito de General Carneiro, que julgou ser necessária a derrubada de araucárias. Lembremos que temos, antes de mais nada, como diz a Carta da Terra, de ter uma sociedade justa, com atividades sustentáveis e economicamente viáveis, com o manejo mais adequado. E podemos também citar o artigo 225 da Constituição Fderal, que diz que todos têm direito ao meio ambiente sadio e seguro, que garanta o desenvolvimento da atual e das futuras gerações.

Rodrigo Lopes, tecnólogo ambiental, Telêmaco Borba – PR

Araucárias 4

A reportagem da Gazeta do Povo mostra a situação vergonhosa da preservação do pouco que resta das árvores-símbolo do Paraná, as araucárias. É um absurdo ainda existirem municípios como General Carneiro, em que se incentiva a destruição. E muitos paranaenses são coniventes com esta prática criminosa, agindo como se a araucária fosse "eterna".

Gabriel Engracia Bertran, por e-mail

Araucárias 5

Enquanto o nosso presidente continuar tratando as questões ambientais com descaso, multas não servirão para muita coisa. Como fiscalizar o imenso território brasileiro com um dos menores repasses feito pelo governo ao Ministério do Meio Ambiente e ao Ibama? Isso mostra a irresponsabilidade e falta de respeito do governo com o meio ambiente e com as pessoas que se importam, se indignam e fazem sua parte para vivermos em um mundo melhor.

Jessica Pertile, por e-mail

Drogas 1

O tema da liberalização das drogas nunca havia sido enfrentado de modo tão correto como no artigo de Friedmann Wendpap (Gazeta, 16/3).

Abs Maurício Guimarães, por e-mail

Drogas 2

Acredito que a legalização das drogas não resolveria nada, pois mesmo proibida ela está em muitos lugares. Legalizada irá chegar a lugares ainda mais remotos e o que é pior, com o aval do governo, que por sua vez vai exigir sua parte nas vendas e não conseguirá fiscalizar corretamente. Mais uma vez o crime levará vantagem sobre o governo.

Marcelo Ferreira, por e-mail

Drogas 3

Antes de qualquer ação no sentido de legalizar alguma droga, as pessoas deveriam exigir do Estado o cumprimento dos direitos e garantias fundamentais a todos os seres humanos, como por exemplo, educação, lazer, alimentação, cultura, trabalho digno, honesto e remunerado. Sem escravidão nem inversão de valores. Como medida paliativa para reduzir a violência desenfreada que atinge a todos, seria razoável que diferenciassem o que é menos destrutivo e entendessem que o direito à vida é o bem mais precioso, o mais fundamental.

Leandro Linhares, por e-mail

Relato 1

Creio que os defensores do aborto deveriam erguer suas mãos aos céus e agradecer a Deus por não terem sido eles mesmos vítimas do aborto. Gostaria ainda que lessem o impressionante depoimento da senhora Bianca M.S. publicado na Coluna do Leitor de 15/3. Já assisti a muitas conferências, ouvi eloquentes sermões nas igrejas, li muitíssimos artigos em jornais e revistas contra o aborto. Nenhum deles, porém, me causou tanto impacto e tanto me comoveu como o relato espontâneo e sincero dessa senhora, fruto de um estupro sofrido pela mãe, a qual teve a dignidade e o desprendimento de manter a gravidez até o fim, permitindo que um ser inocente viesse ao mundo.

Aroldo Teixeira de Almeida, professor aposentado, por e-mail

Relato 2

Não poderia deixar de expressar minha admiração pela carta da leitora Bianca M.C. (Gazeta, 15/3). Corajosa, lúcida, explícita, definitiva e digna ao definir o tema tão sério do aborto. Fica patente que os direitos sobre o corpo podem ser pessoais, mas jamais podem envolver os direitos de outro ser, principalmente uma criança que se desenvolve intrauterinamente e que não tem voz de defesa. Mais digna ainda foi a leitora ao afirmar com total fundamento que "as mulheres hoje lutam por uma liberdade que, na verdade, as prende". Outras manifestações semelhantes deveriam ser encorajadas. A grande riqueza é a vida.

Antônio Carlos C. Goulart, por e-mail

Assembleia 1

Pela primeira vez quero cumprimentar os deputados do Paraná pela inteligente estratégia de esvaziamento do plenário na sessão em que o governador queria aprovar a PEC do Emprego (na minha opinião do desemprego). Contra a poderosa máquina estatal, que desejava aprovar um projeto altamente prejudicial às pequenas e médias empresas, venceu a astúcia que as vezes se faz necessária no meio político (Gazeta, 13/3).

Alberto Moura, jornalista

Assembleia 2

Como microempresário fiquei muito feliz com a não-aprovação da proposta apresentada pelo governador para cortar os incentivos fiscais das empresas que tiverem de demitir alguém nesta época de crise. Nós já enfrentamos muita burocracia e encargos estratosféricos. O governo tem de fazer a sua parte direito e deixar a gente trabalhar.

Marcio Kekis, microempresário, por e-mail

Assembleia 3

Cumprimento o deputado Ney Leprevost pela posição de independência em relação ao governo do estado. Aprovar a chamada "PEC do Emprego" seria compactuar com uma medida que inibiria a abertura de novas empresas no Paraná, além de prejudicar as pequenas e médias empresas já existentes.

Wilson Ferro, empresário, São José dos Pinhais – PR

Stephanes

O ministro Reinhold Stepahnes, originário da Arena e do PDS, partidos que deram sustentação ao regime militar por mais de 20 anos, ao declarar apoio ao senador Osmar Dias nas próximas eleições ao governo do estado, não causa nenhuma surpresa à militância do PMDB (Gazeta, 16/3). Desse modo, ou ele não será também candidato nas próximas eleições por prática da infidelidade partidária ou ele já sabe que os caciques já rifaram a pré-candidatura do vice-governador Orlando Pessuti.

Zacarias de Paula Quadros, Ponta Grossa – PR

Charge

As charges funcionam na mídia como instrumento de síntese do raciocínio crítico sobre a situação em que vivemos e são o ponto de partida para a discussão e compreensão dos fatos da nossa história. E um conceito caro ao nosso país – a liberdade de expressão – não significa que podemos dizer qualquer coisa sem pesar as consequências. Achei asfixiante e de gosto duvidoso a charge publicada na página de Opinião da Gazeta em 14 de março. Quer dizer que o presidente americano Barack Obama é um negro e por isso só pode servir cafezinho? Seria mais inteligente mostrar Lula servindo cafezinho ao Obama, rendendo-se ao fato de que os Estados Unidos efetivamente estão vencendo a luta contra o racismo. Nas entrelinhas, uma charge como essa revela o quanto ainda estamos longe da chamada "democracia racial" — aliás, sofismo criado para esconder a falta de iniciativa pública em combater o crime hediondo de racismo.

Clecyo Albertho, por e-mail

Nota da redação

O tema da charge de 14/3 não é a questão racial, mas a crise econômica. No encontro ocorrido de fato entre os dois líderes, Barack Obama era o anfitrião, por isso é natural que fosse ele a servir o visitante. A piada fica por conta da cobrança, a indicar os problemas econômicos enfrentados por uma nação até há pouco associada sempre à prosperidade.

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