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Coluna do leitor

Assembléia

Nunca nutri simpatia pelo governador Requião, mas não posso de deixar de reconhecer que sua postura neutra na condução da eleição para a presidência da Assembléia Legislativa foi extremamente benéfica, pois com isso se evitou que dois deputados de sua base se candidatassem a presidente. Sim, estes deputados haviam sido denunciados anteriormente por corrupção no uso dos recursos financeiros da Assembléia e moralmente não poderiam sequer se candidatar à reeleição. Infelizmente nossa legislação é fraca, absurdamente conivente e protetora dos criminosos de colarinho branco. Com sua atitude, o governador evitou que se instalasse na Assembléia do Paraná, mais uma vez, pessoas usando seus cargos públicos em benefício próprio.

Miguel Orleryk, professor aposentadoCuritiba–PR

Previdência 1

Li e reli a coluna "Saída difícil" (1.º/2) de Míriam Leitão sobre o polêmico déficit previdenciário, mas não compreendi exatamente o que queria dizer. Segundo ela, mesmo que se contabilize diferente, o rombo diminui mas continua enorme. Concordo quando ela diz que o erro é do passado e até que (apenas uma parcela) seja culpa de aposentadorias precoces. Mas quando ela diz que previdência é tipo de assunto que se pensa na véspera e cálculo é atuarial, esquece de dizer que a Constituição instituiu benesses que só país rico pode dar. Enquanto bons empresários e os trabalhadores fizeram sua parte, seguindo as regras impostas, os poderes públicos só legislaram em causa própria impedindo o crescimento que poderia cumprir com os compromissos das benesses. Quem sabe devamos começar a rever as aposentadorias de cima para baixo, principalmente as cumulativas e moralizar os três poderes, permitindo o crescimento. Não seria um bom começo?

Pedro Carlos Weiler, aposentadoCuritiba–PR

Previdência 2

O senhor presidente da República disse, enfurecido: "Não me venham falar em déficit do INSS." E justificou: "Todas essas aposentadorias que deveriam fazer parte da assistência social, pela última Constituição ficariam cargo do INSS." Realmente há aposentadorias milionárias pagas e que a rigor, não deveriam ser da responsabilidade da instituição. Mas nossos representantes no Congresso estão muito ocupados em aumentar os próprios salários e legislar em causa própria, além de acobertar os que se apropriam do dinheiro público. Vocês acham que eles estão interessados em rever o caso do INSS?

Francisco A. Magalhães, aposentadoCuritiba–PR

Apagão aéreo

"Agora que o caos nos aeroportos não está tão grave e que os vôos voltaram, mais ou menos, à rotina, autoridades e mídia esqueceram o assunto. Mas as causas da confusão – sobrecarga de trabalho, overbooking e falta de infra-estrutura – continuam existindo. Quando vamos aprender a lidar com os problemas antes que se tornem graves?"

Ana Beatriz Ferreira, Pinhais–PR

Cohab

Na carta "Cohab esclarece", assinada pelo senhor Mounir Chaowiche, presidente da Cohab curitiba, há uma afirmação que não expressa bem à verdade: "A Cohab tem programas que contemplam todos os segmentos, com soluções compatíveis com a renda familiar". Ocorre que o artigo 38 da lei federal n.º 10.741/03 (Estatuto do Idoso), determina a prioridade na aquisição de moradia própria para o idoso, bem como a reserva de 3% das unidades, nos programas habitacionais públicos ou subsidiados com recursos públicos e, critérios de financiamento compatíveis com os rendimentos de aposentadoria ou pensão. O texto de lei não é obedecido pela Cohab, nem pela Cohapar. Alega-se de que não há cobertura de seguro para pessoas com idade superior a 65 anos. Em resumo: Não se cumpre a lei!

Urandy Ribeiro do Val, aposentadoCuritiba, PR

Concorrência

Dia 27/1 embarquei meus filhos para São Paulo no ônibus da Itapemirim, às 13 horas. O ônibus seria o convencional. Estava um calor intenso. Eu vi que no ônibus existia o equipamento de ar condicionado, mas os vidros estavam todos abertos. Procurei saber por que não ligavam o ar e fui informado que a Viação Cometa, concorrente no trecho Curitiba/São Paulo, por não ter carro convencional com ar condicionado, entrou na Justiça e conseguiu a proibição da empresa de operar com este equipamento. Se isto é verdade, acho um absurdo quem autorizou. Na minha opinião, estão prejudicando os passageiros que não têm culpa de nada.

Joaquim F. Menezes, Curitiba–PR

Falta de cidadania

"Na noite de 1/2 vi com indignação, ao passar pela Rua Coronel Francisco H. dos Santos, no Guabirotuba, um 'cidadão', se assim pode ser chamado, pondo pedras ali depositadas para refazer o calçamento da via no bagageiro de seu carro, um Santana. Se todos fizessem assim, imagine o absurdo de a prefeitura ter de mandar vigiar as pedrinhas. Que vergonha!"

Luciana Soares, Curitiba–PR

Questão ambiental

O Painel Ecológico de Paris, com seus sábios e com seus sinistrólogos, em vez de colocar a culpa no petróleo, no gás e no carvão, bem poderia rever velhas teorias sobre o controle populacional. Um planeta com 6 bilhões de habitantes está naturalmente condenado à intoxicação apenas com a quantidade de dejetos e de gases que cada um desses sujeitos elimina diariamente. Muitos previram o fim do mundo para datas do século passado. Não aconteceu nada, foram apenas delírios. Estamos todos aqui, obesos e desodorizados.

Ezio Flavio Bazzo, psicólogoBrasília – DF

Congresso

"As eleições no Congresso Nacional estão consumadas. O jogo foi jogado e chegou ao fim, agora está na hora de se esquecer as competições e de unir vencidos e vencedores a favor do Brasil. Precisamos sim de uma oposição, porém, responsável e fiscalizadora dos atos do poder executivo, mas não para obstruir ou votar contra os projetos do governo, simplesmente por ser oposição. Não é justo para com a sociedade que os elegeu, que o Congresso não tenha um trabalho transparente e sem mágoa, votando tudo o que é bom para a nação e para o povo brasileiro. Com o advento da tevê Câmara e a da tevê Senado, transmitindo ao vivo todas as votações, o povo poderá avaliar e acompanhar todo o trabalho do legislativo, e ficar de olho no que está acontecendo."

Antonio Pereira, contadorLondrina–PR

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