Sobre a matéria afirmando que a Câmara recua na criação de taxa extra nas viagens aéreas (30/3), tenho a dizer que no Brasil as companhias sofrem com impostos e taxas que incidem sobre o setor. As taxas aeroportuárias e de auxílio à navegação e comunicação são exageradas, o preço do combustível é absurdo e o câmbio desfarovável impede novos investimentos. No caso das empresas regionais, isso é acentuado. Sem subvenção, elas tendem a desaparecer. Como não poderia ser diferente, quem pagará a conta é o passageiro. Resta saber se todo o dinheiro arrecadado será, de fato, revertido para as companhias aéreas regionais ou se será utilizado para outros fins pela Anac.
Gustavo Ribeiro de FranciscoCuritiba PR
Fidelidade partidária
"A Câmara Federal, as Assembléias Legislativas e as Câmaras Municipais podem muito, mas não podem tudo. A Justiça Eleitoral merece todos os aplausos pela decisão que barras a troca de partido político com a punição de perda de mandato para o parlamentar que aderir à prática (matéria de 29/3). Essa decisão vai pôr ordem na baderna."
Luiz Mario Lampert Marques, engenheiro eletrônicoCuritiba PR
Portos
Com relação aos investimentos de R$ 90 milhões anunciados pelo superintendente dos portos de Paranaguá e Antonina, acho absurdo aplicar dinheiro público em investimentos que serão repassados para a iniciativa privada operar. Aliás, enquanto o Paraná impede (por ação ou omissão) a iniciativa privada de investir, com recursos próprios, no Porto de Paranaguá, Santa Catarina dá bons exemplos. Em Navegantes e Itapoá estão sendo construídos, por grupos empresariais, dois portos e não apenas "terminais especializados". Os recursos das tarifas portuárias devem ser investidos em dragagem, manutenção e modernização dos equipamentos existentes. Um exemplo de desvio dessas finalidades é a concretagem das vias de acesso ao porto com recursos da Appa, quando na maioria dos portos brasileiros (exemplos de Santos e Itajaí) os acessos estão sendo construídos com recursos da Agenda Portos do governo federal, que tem verbas "a fundo perdido" para esse e outros investimentos.
Antonio Carlos Almeida CorrêaParanaguá PR
Câmara
A propósito da coroa de flores indicando a saída do último vereador do PMDB (edição de 27/3), acho que com tanta falta de respeito de alguns vereadores de Curitiba, nós, cidadãos, é que deveríamos colocar uma coroa de flores na Câmara Municipal com os dizeres: "Aqui jaz a ética da politica curitibana".
Vagner Rodrigo CruzCuritiba PR
Aborto
Há tantos problemas importantes a serem resolvidos na área da saúde, como a disponibilidade de médicos e o controle de doenças, que acredito ser uma discrepância querer discutir o aborto (com a legalização defendida pelo ministro José Gomes Temporão, segundo notícia de 29/3). O assunto mexe na espinha dorsal da ética e sua aprovação apenas vulgarizaria a vida. A onda da liberalização do que está ocorrendo em países europeus vem sendo reprovada pela população da maioria deles. No Brasil não deve ser diferente.
Renan Caldas Umburanas, universitárioGuarapuava PR
Racismo
Com respeito às declarações da ministra Matilde Ribeiro (considerando o racismo natural, conforme texto de 27/3), não considero o assunto esgotado. Muitos têm atacado a ministra, a ponto de um missivista chamar de despropósito a pasta ocupada por ela, alegando sermos todos uma só raça: a humana. No entanto, o leitor termina perguntando se a ministra ignora que todas as etnias já foram escravizadas. A propósito, Erico Verissimo, em "Incidentes em Antares", faz uma reveladora observação sobre a questão racial no Brasil.
Sebastião Ribeiro, aposentado e professorCuritiba PR
Urbanismo
Li o texto "Como minimizar problemas de circulação de veículos em Curitiba", do arquiteto e urbanista Salvador Gnoato (Gazeta de 29/3), e parabenizo o autor, que diz que Curitiba não está preparada para o aumento do volume de automóveis e propõe soluções como o metrô. A idéia, muito pertinente, poderia melhorar o fluxo de veículos na cidade.
Mariana Brofman, arquiteta e urbanistaCuritiba PR
Carro do sonho 1
Do ponto de vista operacional, os proprietários dos diversos "carros de sonho" que andam pelos quatro cantos de Curitiba deveriam receber prêmios de marketing e de logística, mas não de propaganda. O sonho pode até ter qualidade, como se anuncia, mas a mensagem é uma overdose insuportável. Pior: o carro pára e a mensagem é repetida, sem dar trégua aos neurônios de quem ouve. Alheios aos incômodos que causam, agora eles resolveram brindar a "freguesia" da Rua Padre Anchieta com duas visitas diárias.
Rubens Santos, empresárioCuritiba PR
Carro do sonho 2
Li cartas publicadas nesta coluna pedindo providências da prefeitura contra o carro do sonho. E fiquei torcendo para que nenhum funcionário da área de urbanismo se anime a mostrar serviço atendendo ao pedido. Com todo o respeito aos leitores, acho que suas opiniões são um sinal da intolerância, que é uma das marcas da nossa época. Que incômodo pode causar um carro de som que sai do alcance dos nossos ouvidos em cinco ou dez minutos? A cidade já está por demais desumanizada. Vivemos trancados intramuros, nossos filhos não conhecem o lugar onde vivem e compramos pão (e sonhos) em padarias de cujos balconistas não sabemos sequer o nome. Deixem o carro dos sonhos em paz!
Lorena Aubrift Klenk, jornalistaCuritiba PR
Temas da semana
267 correspondências foram recebidas pela Gazeta do Povo na última semana.
Racismo 7Aniversário da cidade 4Feriado 4
"Racismo não é normal de parte nenhuma."
Jairo Fischer, Curitiba PR
"Quanta alegria viver nesta grande cidade, tão moderna, disciplinada e progressista."
Walter Martins, Curitiba PR
"Mais um feriado (em homenagem a frei Galvão)? Só mesmo no Brasil. Tudo o que precisamos é de mais seriedade, trabalho e compromisso."
Helena B. Cunha, enfermeira, Curitiba PR
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