Enquanto parlamentares travam uma contenda em Brasília, nossa economia vai de mal a pior (Gazeta, 7/8). Será que não existe um mínimo de responsabilidade e racionalidade? Como podemos aceitar um Congresso que legisle nessas condições?
Crise 1
Onde está a crise? Entre os governantes e funcionários do alto escalão essa palavra parece não existir. Ministros do Supremo vão decidir entre eles sobre o aumento salarial. Tudo subiu no Brasil e, com isso, também reajustam verbas de representação, diárias e outras mordomias. A Assembleia Legislativa majora até a verba para a compra de café. A crise existe apenas para a população. Temos de dar a resposta nas próximas eleições.
Crise 2
É espantoso ver os políticos pedirem apoio de toda a sociedade para combater a crise. Eles deixaram a situação chegar até aqui, nada fizeram, negligenciaram, e acreditaram que as decisões erradas tomadas no passado não teriam os efeitos nocivos que estamos vivendo. Até quando a sociedade brasileira vai tolerar isso?
Está na hora de encarar as questões que estão acontecendo em nosso país. A situação é vergonhosa com corrupção por todos os lados. Precisamos de soluções práticas, inteligentes e que tirem o Brasil desta areia movediça em que se encontra. Achar um bode expiatório para culpar é atitude infantil e oportunista. O que precisamos é encontrar juntos os meios para tirar o Brasil dessa situação.
Voto
Há 35 anos lutávamos para poder votar. Após todos esses anos, ainda não conseguimos ensinar ao povo que essa é uma arma poderosa e impiedosa contra a classe de políticos que estão no poder. A dependência criada pelo governo nos leva a sermos apáticos diante desses políticos e da corrupção. Crescemos com essa ideia arraigada em nossa cultura. Precisamos nos conscientizar de que a crise é política e não econômica.
Residências de veraneio
É preciso acabar com todas as mordomias dos políticos. Nada de auxílios, casas de veraneio, aposentadorias especiais, enfim, a lista é longa. Quando se acabar com tudo isso, vamos ver quem realmente vai abraçar a política por amor à causa e interesse social. Quantos trabalhadores têm “residências de veraneio” (Gazeta, 7/8)? Na verdade, não possuem nem veraneio, pois, quando chega a época de férias, vão fazer algum “bico” para ajudar no orçamento.
Petrobras
Na mentalidade dos herdeiros do “varguismo”, a Petrobras é um fim em si mesma, um orgulho vazio. Dizer que “o petróleo é nosso” enche a boca mesmo que isso não signifique nenhuma vantagem prática. É preciso acabar com o estatismo.
Enem
Os resultados divulgados do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2014 demonstram que a educação no Brasil não piorou, porém, é decepcionante constatar que o nível da qualidade do aprendizado dos estudantes também não melhorou. Salvo raras exceções, os resultados não prosperam nas escolas públicas em que se concentra a grande maioria dos estudantes do ensino médio. Com a má-formação escolar dos estudantes brasileiros, o avanço na qualificação da mão de obra profissional vai continuar patinando.
Linhas metropolitanas
Sobre a matéria “Validadores serão pagos por vencedor de licitação das linhas metropolitanas” (Gazeta, 5/8), até quando vão continuar as briguinhas entre prefeitura e governo do estado sem resolver o problema do povo em relação ao transporte metropolitano? Eu teria muita vergonha apresentar uma solução como essa.
Locomotiva histórica 1
Sobre a “disputa” pelo trem histórico, se Londrina quer ficar com a locomotiva, então que cuide direito. Com a Associação Brasileira de Preservação Ferroviária, ela ganhará nova vida e servirá para passeios. Ela precisa funcionar. Há outra locomotiva abandonada em Ponta Grossa. A Princesa dos Campos Gerais foi o maior entroncamento ferroviário do país e poderia reavivar um trecho da malha ferroviária para a instalação de uma linha turística e um museu.
Locomotiva histórica 2
Já passou da hora de Londrina “acordar” para a preservação de seu Patrimônio Cultural. A Secretaria de Cultura faz o máximo que pode, mas isso não tem sido suficiente. A comunidade nem sabe porque ela estava lá. Ninguém se atenta que era para demarcar a localização da primeira estação ferroviária da cidade, que foi inaugurada em 1935. O prédio que hoje abriga o Museu Histórico de Londrina Padre Carlos Weiss é a segunda Estação Ferroviária, de 1950. Essa “disputa” ocorre justamente no ano em que se completaram 80 anos da chegada da ferrovia na cidade, data lembrada em 28 de julho.
Afonso Pena
Quem fala mal do Aeroporto Internacional Afonso Pena não tem experiência com os demais terminais nacionais e seus graves e complexos problemas de atendimento e conforto. Quanto à neblina, não passa de uma influência climática regional inevitável. Mas concordo com as críticas aos bares e restaurantes. Deveria haver maior controle, pois os preços são uma afronta.
Árbitros
Sobre o pedido dos árbitros de futebol para receberem direito de imagem, se a moda pega, até gandula vai querer cobrar . Mas o que a associação que representa esses profissionais não fala é sobre seus deveres. Atualmente fazem até propaganda em seus uniformes. As televisões cobram por isso?