Discordo totalmente da locação de cães (Gazeta, 17/3). As pessoas deveriam investir em seguros e adotar o sistema de alarme eletrônico. O valor gasto seria praticamente o mesmo. Deixar cães à deriva em locais muitas vezes abandonados representa, além de maus-tratos aos animais, sérios riscos às pessoas.
Iara Laurindo, por e-mail
Aborto
Parabenizo a leitora Bianca M. S. por sua corajosa carta (Gazeta, 15/3). Dá alegria ver que ela não se importou em contar sua história para fazer pensar os defensores do aborto. Sua mãe também merece a maior honra pela decisão de levar a gestação adiante. Com certeza, são pessoas felizes, apesar das dificuldades. Aliás, quem espera uma vida totalmente livre de dor, jamais a encontrará. Engana-se quem pensa que a menina de Alagoinhas não terá sofrimentos por terem sido retirados de seu útero as crianças. Todos ficamos tocados com o drama, mas histórias como as de Bianca e a da menina gaúcha que acabou de ter um bebê, gerado também por um estupro, mostram que é possível respeitar a vida mesmo em circunstâncias extremas. Gostaria de dizer ainda que, se estou escrevendo, é porque minha mãe assumiu o risco de vida em uma gravidez que, hoje, justificaria, para os defensores do aborto, que eu não tivesse nascido. Passamos mal as duas durante o parto, mas pudemos viver várias décadas juntas até seu falecimento, em 2003.
Maria de Lourdes Seraphico Peixoto da Silva, Curitiba PR
Aborto 2
Achei muito interessante as cartas publicadas em 17/3 em defesa do arcebispo que excomungou as pessoas envolvidas com o aborto da menina em Pernambuco. Um detalhe só: quando falam da defesa de vida de uma criança, esquecem que a menina grávida, estuprada violentamente pelo padrasto, é também uma criança. O que é mais importante aqui: a vida de uma criança de 9 anos e seu futuro e sua inocência ou a vida de dois "embriões" que nem a vida conhecem? Muito correta a decisão que a mãe da menina violentada teve, assim como a dos médicos. Honraram sua profissão e o dever de preservar a vida de uma pobre e inocente criança que nada fez pra merecer tanta crueldade.
Miram Machado, por e-mail
Assembleia
Como analisou o leitor Flávio Teixeira em 14/3, o desconto dos faltosos nas sessões só veio à tona por que não foi aprovada a emenda do governador para impedir empresas que recebem incentivos de demitir. E por um voto apenas.
José Roberto da Luz, por e-mail
MST e Chomsky 1
A respeito do texto "Noam Chomsky e Gilmar Mendes" (Gazeta, 14/3), afirmo que saber que o "intelectual" americano (que apoiou os atentados de 11 de setembro em seu próprio país) considera o MST o mais importante movimento social do mundo só confirma o caráter ilegal e criminoso do movimento. Ao escrever que no "MST alguém às vezes comete excessos, como em Pernambuco", o articulista Rogério Galindo tratou com excessiva indulgência o que realmente o MST pratica: assassinatos! Certíssimo está o ministro Gilmar Mendes nesta questão.
Sérgio Leoni, Curitiba PR
MST e Chomsky 2
A melhor coluna deste jornal é publicada aos sábados. O texto que mais me prende é o de Rogério Galindo. No artigo de 14/3 ele mostrou, mais uma vez, sua imparcialidade e seu conhecimento de causa, como poucos fazem hoje pelos jornalões afora. Criminalizar o MST é fácil, induzir outras pessoas a pensar igual, também. Agora, catequizar pessoas formadas politicamente, neste caso os intelectuais, como Chomsky, é que é difícil.
Adriano Ribeiro Machado, por e-mail
Araucária 1
A legislação e a burocracia é que dão causa à impunidade na questão da devastação das araucárias (Gazeta, 16/3). Torna-se urgente a mudança da legislação, com punições mais duras, além da obrigatoriedade da restauração da área devastada. No caso das araucárias, a prisão deveria ser enquanto a árvore está crescendo, até começar a dar pinhão. Os prefeitos das cidades onde ocorrem desmatamentos ilegais geralmente são coniventes com o fato, pois muitos são madeireiros ou estão envolvidos no esquema. Não deveria haver fiança, nem qualquer outro tipo de recurso, para quem pratica crimes ambientais.
Angelo Kuginharski, professor, por e-mail
Araucária 2
As reportagens da Gazeta do Povo de 16/3 e 17/3 trazem um assunto de polêmica quase centenária. Pois bem. Quando foi criado o Instituto Nacional do Pinho, em 1938 (me corrijam seu estiver enganado), a finalidade era o replantio de araucárias à medida que elas fossem sendo industrializadas. Como toda lei em nosso país, essa também só foi cumprida por empresas de raízes estrangeiras, como a Klabin e outras poucas existentes no Brasil. Se a lei imposta fosse rigorosamente cumprida hoje estaríamos com nosso estado e outros totalmente estocados com grandes florestas replantadas desta preciosa madeira. Nosso empresariado é relapso e nossas autoridades são omissas ou até coniventes. As madeireiras continuarão serrando a passos de lebre, enquanto os reflorestamentos são feitos a passo de tartaruga.
José Carlos Novisk, por e-mail
Desmatamento
O anúncio de medidas para reprimir o desmatamento em nosso estado é uma medida paliativa, mas necessária. De uma vez por todas, temos de reconhecer o valor de áreas naturais como um ativo com valor no mercado e que representa um bem imprescindível, que garante benefícios importantes para a qualidade de vida, como água, regulação do clima, biodiversidade, princípios ativos de medicamentos, controle biológico etc. A fiscalização é importante, mas é necessário outras medidas em conjunto para que haja resultados.
Clóvis Ricardo Schrappe Borges, conservacionista, médico veterinário, MSc em Zoologia, por e-mail
Partido Verde
Cai a máscara do Partido Verde. É simplesmente inacreditável que a direção do PV e seus vereadores considerem "normal" que a população pague para que servidores (que deveriam ser públicos) prestem serviços em sua sede, no interesse do partido. O PV vai se mostrando como mais um partido que tem como objetivo máximo não o bem comum, mas a obtenção de vantagens, mesmo que indevidas. Por outro lado pergunto, onde está a Corregedoria da Câmara?
Mateus Boscardin, advogado, Curitiba PR
Câmara
Muito oportuna a matéria sobre o "funcionamento" da Câmara Municipal neste início de ano (Gazeta, 16/3). Será que não temos nada a debater e melhorar? Vejamos: o que virou a reunião com o presidente da Urbs? A empresa tem muito a explicar; afinal, não é para solucionar os problemas urbanos de nossa cidade que ela existe? O que se vê é uma Curitiba sucumbindo a cada dia. Tem muita gente que deve estar morrendo de vergonha de ter comemorado a eleição de candidatos campeões de votos. Não fazem nada para mudar, só mesmo a conta bancária, esta sim, sempre recheada. Nós, eleitores, estamos em tempo de acordar.
Mário Carvalho, por e-mail
Tribunal de Contas
Vimos ministros do STF impedirem que o conselheiro Maurício Requião exerça o seu cargo no Tribunal de Contas. Ele foi eleito por maioria quase absoluta na Assembleia Legislativa do Paraná, por deputados estaduais que, por sua vez, foram escolhidos pelo povo. A alegação de que o conselheiro é irmão do governador deveria ser irrelevante. O fato é que o conselheiro Maurício Requião tem pleno direito de exercer a função para a qual foi eleito com toda a legitimidade do Legislativo paranaense. Repita-se: por maioria absoluta dos votos dos deputados estaduais. Não vejo norma legal que possa impedir ou mesmo tirar o direito de qualquer pessoa idônea de exercer função.
Roberto Lissa, por e-mail
Trem
Em resposta ao leitor João Arnaldo de Oliveira (Gazeta, 15/3), a Serra Verde Express esclarece que o trem turístico voltou este mês a operar até Paranaguá, no litoral, sempre aos domingos. A partida de Curitiba ocorre às 8h15, com chegada em Morretes às 11h15 e desembarque em Paranaguá, às 13h30. O trem deixa o litoral às 14h. De segunda-feira até sábado as operações continuam normalmente no trecho Curitiba / Morretes / Curitiba.
Assessoria de Comunicação da Serra Verde Express, Curitiba PR
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