Eu posso imaginar a dor e revolta de leitora pela perda de sua companheira, uma cadelinha poodle, ainda mais da maneira absurda como foi. Também já tive cachorros e os perdi. Mas daí a chamar os cães de assassinos... Os animais são produto do meio em que vivem ou são criados. Nenhum animal nasce ruim, são os homens que os fazem assim. Pela descrição, com certeza este Rottweiller "na esquina, sem coleira, sem focinheira e sem dono" deve pertencer ao grupo de pobres animais que são explorados pelo homem, que, alugando-os para firmas de construção, ou para cuidar de casas desabitadas, ganha seu dinheiro. Em contrapartida, estes pobres bichos não recebem nenhum carinho: durante o dia são molestados pelos peões na obra e à noite ficam lá abandonados sem ver ninguém, sujeitos a boa vontade de algum tratador que lá só aparece para prendê-los novamente em seu minúsculo cubículo, onde não vêem ninguém. Dormem sobre seus próprios dejetos. Não sabemos nem se têm comida ou água fresca. Em fins de semana ou feriadão, são literalmente esquecidos. Nestas condições de maus-tratos e de tortura psicológica, fogem na primeira oportunidade. Diante deste quadro em que são obrigados a viver, nunca se sabe o que podem fazer. Eles agem apenas por instinto. Conheço Rottweillers criados com carinho que são extremamente dóceis e obedientes.
Bianca T. Pospissil Curitiba PR
Concorrência
Por que a Viação Graciosa coloca carros novos e modernos, inclusive com ar condicionado, para a linha Curitiba-Paranaguá e para Matinhos e demais balneários coloca ônibus velhos e mal conservados que vivem quebrando, como foi o caso do ônibus número 009 que saiu as 10 h de Curitiba na sexta-feira, dia 14, e estragou na serra? É comum os ônibus que fazem esta linha quebrarem. Será que esse descaso com os passageiros é devido a falta de concorrência?
Fernando Michelotto Curitiba, PR
Greve
Nosso país está mesmo sem comando. Até quando vamos assistir a greve dessa Anvisa, prejudicando os laboratórios, os hemocentros, enfim, toda uma população? Será que não temos um ministro que tome uma posição em favor do Brasil? A greve pode até ser justa, mas será justo prejudicar a população?
Aniceto B. Giménez, engenheiro mecânicoCuritiba, PR
E o escolhido é...
Estamos entrando em mais um período eleitoral. Os candidatos começam a aparecer do nada. De repente, um turbilhão de informações invade o nosso caminho por meio dos variados veículos de comunicação existentes. Esta é uma época intrigante. Apesar de vermos pesquisas divulgadas por empresas de pesquisas, pouco se fala a respeito de qual candidato vai receber o seu voto, num período onde candidato qualquer, simplesmente por ser simpático e comunicativo conquista a opinião pública, mas que com o tempo terá sua imagem ampliada ou abafada por adversários. Estamos prestes a entrar num período eleitoral, como se fosse um filme de ação, onde a rotina do dia-a-dia do candidato é correr atrás do voto. Como um filme, o dia da eleição será o dia do "Oscar", cujos jurados são as urnas, que representam a opinião dos expectadores (eleitores). Desta forma, que em 2006, as urnas possam expressar um desejo sincero deste Brasil espectador da atual situação política.
Alex FerreiraCuritiba, PR
Morte de um nobre
Todos os dias a morte nos visita. Leva um aqui, outro lá; pessoas amigas, desconhecidas, importantes, anônimas, inteligentes, influentes, conformadas, apáticas. Passando do lamento familiar ao extremo da comoção nacional ou até mesmo mundial (em raros casos), vai-se observando o desfile daqueles que se vão e deixam, em menor ou maior escala, o vazio de uma participação única na história dos dias que aqui viveu. Faço essa breve reflexão ao falar do caráter desigual da morte para destacar a pessoa do nobre jurista Miguel Reale. Neste caso, defrontamo-nos com a perda não de uma pessoa, mas de uma fração significativa do nosso país. Neste caso, a morte não consegue apagar a contribuição ilustre, registrada para sempre no panteão das melhores idéias nacionais. O legado intelectual, a participação precisa para a edificação do ordenamento jurídico pátrio, permanecerão como uma prova da grandeza da alma frente ao desafio do derradeiro momento. No momento em que temos tantas carências de personalidades com brilho internacional, não pelo poder que ocupam, mas por sua capacidade de produzir conhecimento de relevância além-fronteira, despedir-se de Miguel Reale é o mesmo que sepultar uma fonte genuína do saber jurídico. Existem outras, surgirão outras mais, contudo, dificilmente, iremos beber de água tão pura e cristalina, que possuía a gradação exata para satisfazer a sede na longa marcha pelos áridos caminhos do Direito. Registro as palavras de Dante Alighieri selecionadas pelo jurista maior para demonstrar o Direito como fundamento da sociedade: "O Direito é uma proporção real e pessoal, de homem para homem, que, conservada, conserva a sociedade; corrompida, corrompe-a".
Paulo Cezar Basilio, professor e vice-prefeitoPinhão, PR
Mínimo
O salário mínimo sobe de R$ 300,00 para R$ 350,00(aumento de 16,6%). Quem ganha R$ 333,00 (11% maior que o mínimo) terá 5% de aumento, chegando a R$ 349,65. Com isso, deverá ganhar o mínimo de R$ 350,00 (perdeu os 11%), quando o certo seria R$ 388,50. É uma boa diferença que poderia cobrir certas despesas. O que dizer então dos que estão acima de 2 salários: dentro de alguns anos estarão todos ganhando também o mínimo. Será que vai existir um político de peito e com disposição para reverter isso, inclusive acertando as perdas anteriores? Tenho certeza que quem conseguir isso ganhará a simpatia, gratidão e os votos permanentes de milhares de brasileiros.
Orlando Ferrarini, corretor imobiliárioCuritiba, PR
Trânsito
Diariamente nos horários de maior movimento, atravessar a Rua Inácio Lustoza no cruzamento com a Avenida Cândido de Abreu e Barão do Serro Azul, é no mínimo uma aventura perigosa para os pedestres. A faixa existente no local é totalmente bloqueada, sem qualquer constrangimento, por veículos que vem da Praça 19 de dezembro e que muitas vezes já transpõem o cruzamento com o sinal fechado. Aos pedestres resta a alternativa de fazer manobras para atravessar fora da faixa e ainda arriscando-se, pois ela só é desobstruída quando o sinal já está aberto para a Cândido de Abreu e os veículos que vêm desta rua, numa prática comum a todo motorista curitibano, não esperam os pedestres que ainda estão atravessando. O mais interessante é que no horário das 18/18h30.
Marco Mattar Curitiba, PR
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