Parabenizo este importante veículo de comunicação, que, além de sempre abrir inúmeros espaços para tratar da acessibilidade e outros direitos das pessoas com ou sem deficiência, tem dado ampla cobertura para as questões envolvendo nossas calçadas. A prefeitura e os demais órgãos responsáveis pelo cuidado de nossa cidadania têm invocado amparo legal para manter revestimentos comprovadamente perigosos, por serem irregulares e escorregadios, contrariando, a meu ver, as duas principais leis: a do bom senso e da boa vontade. Lei, em sua verdadeira acepção, é "regra de direito ditada pela autoridade estatal e tornada obrigatória para manter, numa comunidade, a ordem e o desenvolvimento. Obrigação imposta pela consciência e pela sociedade" (Aurélio). Gostaria de convidar nossos colegas engenheiros, arquitetos, urbanistas, legisladores, políticos a vivenciarem o problema, deslocando-se com auxílio de bengalas, muletas ou cadeiras de rodas pelos nossos "passeios". Principalmente se for num dia chuvoso. Sófocles já definiu há milênios: "A cidade são as pessoas".
Ricardo Tempel Mesquita, arquiteto e urbanistaCuritiba, PR
Potencial para crescer
Interessante a reportagem (Gazeta do Povo, 9/7) sobre a pesquisa que mostrou o novo perfil da população da RMC. Revelou que os moradores trabalham, estudam, fazem compras e estão satisfeitos onde moram, e derruba o mito de "cidades-dormitórios". Eu, por exemplo, moro em Curitiba, trabalho em Colombo, e acabo fazendo compras na região. Sou um curitibano que, além de trabalhar na cidade vizinha, consumo e gosto dos serviços e da hospitalidade oferecida pelos vizinhos. Apesar dos avanços é preciso muito mais, há ainda muito espaço e potencial para crescer. Outro fator que precisa melhorar é a infra-estrutura desses municípios: é necessário que o poder público passe a investir mais em saúde, saneamento básico, pavimentação e sinalização de ruas, criar mecanismos de aumento da segurança na região junto com a população e a iniciativa privada.
Claudemir dos Santos, técnico de informáticaCuritiba, PR
Crimes políticos
A imprensa brasileira vem divulgando todos os dias que os políticos que praticaram irregularidades (crimes políticos), sem o menor pudor e vergonha na cara, se atrevem a ser candidatos à eleição e/ou reeleição. Gostaria de propor o seguinte: todos os políticos, desde vereadores, deputados estaduais, federais, senadores, governadores, ex-ministros, ex-auxiliares diretos e indiretos, presidente da República, enquanto estiverem sendo investigados por qualquer crime praticado durante ou após o término do mandato, não poderão em hipótese alguma almejar qualquer cargo eletivo, até a conclusão final do processo.
Jorge SalomãoCuritiba, PR
Solução para o trânsito
Não é novidade que o fluxo de veículos em Curitiba cresce assustadoramente e, principalmente, na Região Norte da cidade. Logo, sugerimos que o setor competente da prefeitura de Curitiba providencie urgentemente a transformação das vias Av. Anita Garibaldi, Rua Nilo Peçanha e, em especial, a Rua Mateus Leme, em mão única, assim estaremos evitando inúmeros acidentes, que vêm ocorrendo, bem como grandes congestionamentos nas horas de pico nas citadas avenidas. Cabe ressaltar que a Av. Anita Garibaldi e a Rua Mateus Leme, devido ao grande número de linhas de ônibus e pontos turísticos da capital, foram esquecidas e não acompanhadas na evolução pela prefeitura.
João Antonio Arruda, economistaCuritiba, PR
Banalização do diploma
A abertura de grande número de vagas em cursos superiores nos últimos anos pode ser algo positivo. Entretanto, a disputa das diversas faculdades pelas fatias de mercado, e o conseqüente clientelismo, vem banalizando o ato de diplomação. Mesmo para aqueles que não querem adotar postura elitista e procuram compreender e respeitar as diferentes histórias escolares, causa espanto o nível de formação de muitos. Deparamo-nos, por exemplo, com alunos formados em Pedagogia e Letras, que mal conseguem ler um texto simples ou escrever um parágrafo legível. Em nome da ética, mesmo que seja de uma ética de mercado que iniba "vender gato por lebre", os professores dessas IES devem começar a se posicionar.
Sebastião Donizete SantarosaCuritiba, PR
Empresária idealista
Parabenizo pela brilhante iniciativa de publicar as palestras proferidas no espaço da UnicenP em Curitiba, eu não tive a oportunidade de assistir, mas pude ler as principais na íntegra. E chamo para destaque a palestra da sra. Luiza Helena, publicada na Gazeta do Povo (9/7). Fiquei realmente muito orgulhoso por ler suas falas e saber que em nosso país existem brasileiros "pedras raras como a sra. Luiza Helena", que ameaçou acionar na Justiça o Consulado americano, quando tentou impedir que seus colaboradores viajassem aos EUA. Outro ponto, "de muitos outros que me chamaram a atenção", foi o cuidado especial que ela dedica aos seus colaboradores.
Ermisson da S. Rodrigues, acadêmico de AdministraçãoPinhais, PR
Atuba abandonado
Concordamos com o sr. João Marcelo Keretch (dia 6/7), quando cita os problemas advindos ao bairro Atuba com a criação do parque. Moramos há seis meses no bairro e as ruas são, muitas vezes, pistas de corrida, pois não há a devida sinalização na maioria delas. Há também o problema de loteamentos, vendidos ou não, que não são cuidados pelos proprietários, com acúmulo de mato, lixo e insetos. Seria interessante uma equipe da prefeitura e da Urbs visitarem o local para constatarem os dados aqui citados.
Luiz Almeida, professor;Giselle Maravalhas, pedagogaCuritiba, PR
Economia de água
A Sanepar fala para economizar, pois se não fizerem isso vai haver racionamento. Tudo certo, mas o que me revolta é economizar para depois pagar a mesma quantia de água por mês (10 m3). Nesse assunto, a Sanepar fica em silêncio, pois também deveria acabar com essa taxa mínima, para pagarmos o que a gente gasta. Temos que economizar, pois o prejuízo é só nosso: ficamos no racionamento sem água e vamos continuar a pagar o que não usamos.
Fábio Santana Curitiba, PR
Ruas mal-iluminadas
A taxa de energia elétrica nunca diminui, nem o volume de importos. Entretanto, basta sair no horário noturno para verificar a real situação de escuridão das vias públicas e praças. Não consigo acreditar que os responsáveis pela iluminação pública não tomem providências. Um amigo fez o seguinte comentário: os parentes das autoridades não estudam e nem trabalham à noite. Então, não há motivos para tomar medidas. Mesmo assim, quero lembrar que somos pessoas honestas e votaremos nas próximas eleições. A ausência de iluminação pode ser causadora de acidentes, facilita assaltos e roubos.
Moacir Batista Franklin, estudanteCampo Largo, PRGastando água
Estamos sendo alertados por todos os lados sobre o racionamento de água que está pra começar, e mesmo assim um morador da Rua Lourenço Mourão, no Seminário, continua com sua Wap ligada gastando muita água durante todo o dia há pelo menos 20 dias. Liguei pra Sanepar e eles dizem que não podem fazer nada. Até quando vamos pagar pela falta de ação de nossas autoridades e total alienação das pessoas?
Karina Canha, nutricionistaCuritiba, PR
Traduz nossa indignação
Parabéns ao professor Belmiro Valverde pelo excelente artigo publicado no dia 9 de julho. Conseguiu com extrema felicidade montar uma redação que traduz toda nossa indignação quanto ao comportamento do selecionado brasileiro, mais comissão técnica nesta Copa do Mundo. Tê-lo aos domingos, sempre com comentários pertinentes, é uma satisfação enorme, pois em muito enriquece o nosso conhecimento.
Heliton Kowalski, economistaCuritiba, PR
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