Nos últimos dois anos acompanhei o carnaval de rua de Curitiba. Observei a luta inglória das agremiações no sentido de promover com o mínimo de recursos um carnaval decente. Faltam arquibancadas, um trecho maior de desfile, mais banheiros e principalmente transporte coletivo: quando se aproxima da meia-noite o público se retira para não perder o último ônibus. Só para se ter uma ideia, em 2008 os desfiles tiveram um público de aproximadamente 15 mil pessoas. Não dá para desprezar esse número, que corresponde a 50% do público do festival de teatro, só que o investimento em carnaval é muito inferior. Entendo que o Festival de Teatro e a Oficina de Música dão mais projeção, pois agregam um público mais "elitizado", mas o carnaval continua sendo uma festa do povo e tem que ser respeitado. Falta muito para chegarmos próximo de um ideal e desmistificar essa história que curitibano não gosta de carnaval. Acredito na sensibilidade e competência dos dirigentes da Fundação Cultural, demonstrada em outras situações, no sentido de promover um carnaval de qualidade para nossa cidade.

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Wiliam Ricardo, por e-mail

Leptospirose

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A prefeitura de Curitiba atende de forma lastimável seus contribuintes. Estamos desde setembro/2008 pedindo para que seja feita a limpeza de um terreno baldio na Rua Ângelo Dalarmi, mas, passados quase seis meses, o matagal, que já incomodava na época, agora tomou conta do local e serve de esconderijo para usuários de drogas e proliferação de toda espécie de pragas, tais como ratos, baratas, cobras, aranha-marrom e outras de maior porte. Os impostos e taxas continuam sendo cobrados com valores abusivos na região. A prefeitura só abre protocolos das reclamações e não toma nenhuma providência real para resolver o problema junto aos proprietários que não cuidam de seus imóveis.

Jorge Schimunda, Curitiba – PR

Trote violento

Gostei da reportagem "Câmara aprova lei contra o trote violento" (Gazeta, 19/2). Excelente a aprovação da lei. Agora resta aguardar que seja cumprida. Sou moradora próximo à PUCPR e semestralmente convivo com o terror dos trotes, os veteranos humilham verbalmente seus calouros e jogam farinha, ovo, peixe, fezes de animais e obrigam a ingerir bebidas alcoólicas. O outro lado do trote está nas calçadas em frente às nossas casas, onde o evento ocorre, que nem a limpeza da prefeitura é suficiente para eliminar o odor dos "ingredientes".

Denize Gussella, Curitiba – PR

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Transporte coletivo

Na reportagem "Acidente expõe ponto fraco dos ônibus da capital" (Gazeta, 19/2), sobre segurança dos usuários dos ônibus em relação às portas, a solução é simples: que se aumente a disponibilidade do número de ônibus biarticulados no horário de real necessidade de seus usuários e diminua o intervalo de tempo entre um ônibus e outro.

Ana Carina M. Patriota, Curitiba – PR

Cotas

É impressionante perceber que diversas pessoas ainda pensem que as cotas raciais fazem um favor aos negros, sendo benéficas para eles. Está mais do que na cara que esse sistema só serviu para separar o Brasil entre classes sociais e, pior para dizer que os negros não são capazes de chegar a uma vaga na universidade por seus próprios méritos. Além do mais, as vagas destinadas a eles não são completamente preenchidas, justamente por essa falta de adesão ao sistema, que pode ocorrer também pelo medo de ser estigmatizado ou por se sentir inferior aos outros. Qual é a diferença entre brancos e negros nessa história? Nenhuma. O negro pode competir perfeitamente nas cotas sociais com outros brancos. Afinal, ambos tiveram a mesma qualidade de ensino. E se o negro teve acesso a escolas particulares, ele pode muito bem competir em igualdade com os não-cotistas. É necessário rever o sistema de cotas raciais a fim de garantir um ensino que seja igual a todos, sem que haja qualquer tipo de separação entre classes evitando que um antigo racismo volte a perdurar em nossa sociedade.

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Renan Lacerda Feitosa de Araújo, por e-mail

Flanelinhas

Realmente esta prática deveria ser proibida, pois na maioria da vezes somos obrigados a "comprar" deles uma vaga a um valor muito acima do real. Acho que para coibir isto deveriam colocar os cartões em vários pontos de vendas, porque nem sempre achamos as agentes. Certa vez, eu fiquei procurando por um tempo e não apareceu uma na rua em que estava. Para evitar a compra superfaturada, fui obrigado a sair do local para comprar uma cartela.

Carlos Alberto Palhares, por e-mail

Darwinismo 1

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As relações entre a ciência e a religião podem ser divididas entre aqueles que defendem que exista um conflito entre a fé e a ciência; entre os que acreditam que ambas são independentes e devam permanecer assim; e, finalmente, aqueles que são favoráveis ao diálogo e a integração entre elas. Este último gênero é o mais abrangente e proveitoso para uma sociedade secular que deve conviver com as diferenças.

Cícero Urban, por e-mail

Darwinismo 2

A crença em Deus é um sentimento do ser humano movido pela fé. A teoria de que toda a vida provém de seres pouco complexos que foram evoluindo de acordo com as necessidades em seu meio ambiente não desmente a crença em um ser bondoso e criador que norteia a vida de nossa sociedade.

Henrique Cavalin, por e-mail

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Metrô

Muitos leitores têm expressado opinião sobre o metrô de Curitiba. Alguns sugerem que seja de superfície. Esquecem que para Curitiba é inviável esta solução pelo seu traçado em avenidas estreitas e pelo número de travessias. Imagine-se a desvalorização dos imóveis na Avenida República Argentina, por exemplo, com um comboio de metrô passando na altura dos primeiros andares dos edifícios. Faltará então dinheiro, mas para as ações judiciais contra a prefeitura.

Rui Medeiros, engenheiro civil, Curitiba – PR

Judiciário 1

A atuação insatisfatória do Judiciário se dá pelo ínfimo número de juízes e servidores atuando em prol da Justiça. O número de lides ajuizadas em um ano ultrapassa o número de lides julgadas, causando um afogamento no Judiciário. O real problema não é o excesso de processos, e sim a escassez de recursos para solucioná-los. Uma saída é a edição de súmulas, permitindo o indeferimento liminar de ações e recursos, não despendendo tempo precioso para discutir questões controversas.

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Gabriel Lucchesi Montenegro, por e-mail

Judiciário 2

Não é o excesso de processos que atrapalha o Judiciário. É o excesso de feriados e recessos o grande problema. Aí falta tempo para se trabalhar. No dia em que forem extintos os cargos em comissão e em seu lugar se contratem servidores concursados para realmente trabalhar, quem sabe o serviço fluirá com mais eficiência.

Antonio Callado, por e-mail

Reformas 1

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A desfaçatez com que o governo federal encaminha ao Congresso Nacional essa proposta de reforma política é preocupante e hilariante. Como propor janela de infidelidade? Como propor ao eleitor votar em partidos políticos, esses mesmos que podem promover um festival de infidelidades ali adiante, desfigurando o partido escolhido pelo eleitor? E o que dizer então do financiamento público de campanhas eleitorais, quando a saúde, a segurança e a educação estão sucateadas? Sinceramente, ou o governo qualifica os seus interlocutores nas conversações com a sociedade e com o Congresso Nacional, esse já nada confiável, ou começamos a preocuparmo-nos com a manutenção da democracia no país.

Zacarias Quadros, por e-mail

Reformas 2

O governo fala em reforma política, pois então agora é a hora de fazer grandes mudanças no Brasil, começando na área política, moralizar o Congresso e Câmara. Que o governo faça uma reforma fiscal, tributária e trabalhista. Isso daria novo impulso à economia.

Altair Vizinoni, Curitiba – PR

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Esclarecimento

Em relação a cartas publicadas nesta coluna (19/2), a Sanepar esclarece que em vez de lançar o valor da taxa anual junto com o carnê do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), por meio de convênios com prefeituras, e com base em lei aprovadas pelas Câmaras Municipais, vem efetuando a cobrança da taxa de coleta de lixo junto com a conta de água. A cobrança não fere o artigo 39 inciso III do Código do Consumidor, vez que no caso a Sanepar não entrega produto ou fornece serviço, mas presta serviços ao município. A relação da Sanepar com os contribuintes, na arrecadação das taxas, é a do artigo 7° do Código Tributário Nacional, uma relação de direito tributário e não de direito do consumidor. A cobrança de taxa é compulsória e não compete ao contribuinte a escolha pela forma do pagamento, já que cabe ao agente tributante estabelecê-la. A base de cálculo da taxa do lixo não é necessariamente a mesma que a do IPTU. Sua fixação também é de responsabilidade exclusiva do município. Não há nenhuma ilegalidade na prestação do serviço.

Natálio Stica, diretor comercial da Sanepar

Segurança pública

É impressionante a capacidade do nosso secretário de Segurança em maquiar a situação da segurança pública no Paraná e especificamente em Curitiba. Em entrevista de 11/2, o secretário tenta passar a imagem da eficiência das polícias que, segundo as estatísticas, melhorou nos útlimos tempos. Considerou o secretário que as polícias hoje efetuam em torno de 120 prisões ao dia e que estes números demonstram uma eficiência em comparação com os números de quatro anos atrás, quando as polícias efetuavam em torno de 20/30 prisões ao dia. Esquece o secretário que estes números, por ele apresentados, são absolutos e que não representam a eficácia das polícias, conforme quer fazer parecer real. Por óbvio que este número de prisão aumentou porque a marginalidade também cresceu em proporções maiores. Sugiro ao secretário algumas aulas de estatística, para que aprenda a levar em consideração todas as variáveis que influenciam nos resultados em pesquisas desta natureza.

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José Berbes, Curitiba – PR

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