É muito triste assistir aos deputados responsáveis pelo Conselho de Ética da Assembleia Legislativa do Paraná eleitos pelo povo agindo de forma tão corporativista, antiética e imoral no processo contra o ex-presidente da Casa Nelson Justus (Gazeta, 26/4). Julgaram e arquivaram o processo a portas fechadas e tudo isso em respeito ao “regimento” .
Praça de guerra no Centro Cívico 1
“Um lado armado com bombas e gás; o outro armado de conhecimento. Que humilhação é essa? Os professores têm a profissão mais importante e mais bonitas de todas, pois um médico não é um médico sem um professor. Que país é esse que paga milhões para políticos e uma miséria para um profissional desses – que tem que estudar o resto da vida, para nos ensinar. Que governo é esse? Força, professores. Estamos com vocês. E isso não é um confronto, é uma guerra onde só um lado está armado.”
Praça de guerra no Centro Cívico 2
“Espero que as pessoas se lembrem das cenas ocorridas no Centro Cívico na quarta-feira antes de votar nas próximas eleições (Gazeta, 30/4).”
Conselho de Ética 2
Parlamentar destas bandas - acusado de ilícitos os mais variados - teve os papéis e provas de seus malfeitos simplesmente arquivados pelo chamado Conselho de Ética da Assembleia. Havia na Lapa um cidadão que, em tempos de poucas escolas de direito, no século 19, representava as partes em juízo. Em determinada audiência, quando o juiz lhe ponderou que um seu arrazoado estaria em discordância com a lei, retrucou: isso, meritíssimo, é bobagem da lei. Tem muita coisa que ainda continua sendo lamentavelmente interpretada como bobagem da lei.
Conselho de Ética 3
Em face da grande repercussão pública, cheguei a me iludir que haveria um julgamento sério no Conselho de Ética da Assembleia Legislativa no caso do deputado Nelson Justus. Hoje vejo que o corporativismo prevaleceu. Ultimamente venho desejando apenas que tenhamos memória para nunca mais votarmos nesses “nobres” parlamentares.
Praça de guerra no Centro Cívico
Feridos em hospitais, vítimas de intoxicação por gás lacrimogêneo, pessoas machucadas por estilhaços e balas de borracha (Gazeta, 30/4). Não fecharam oficialmente ainda os números de feridos no confronto entre professores e policiais no Centro Cívico. Mas não precisamos de números. Bastaria um ferido para que todos se indignassem. Fomos todos feridos. O sinal da bala de borracha que mancha a pele do professor também mancha de vergonha a nossa história. E nos humilha. Quando a educação é tratada dessa forma, fere-se todos os que passaram pela escola e os que gostariam muito de ter passado. E também todos os que acreditam na educação, no diálogo, no respeito e na tolerância como pilares da sociedade. É violenta e truculenta a forma com que estão modificando a previdência dos professores. Sinto muito, Paraná. Mais um dia triste e lamentável para sua história. Ainda não aprendemos nada. O que precisamos mesmo é de mais educação.
Greve dos professores 1
Mais uma vez, não haverá parte beneficiada com a greve. Professores e alunos que já tinham sido prejudicados com a paralisação do início do ano – e que teriam aulas quase até o Natal – poderão ter o ano totalmente prejudicado. Talvez aulas aos sábados, domingos e feriados para repor todo o tempo perdido e tentar salvar o ano de 2015. E para quem vai prestar vestibular e Enem no fim do ano? Quem vai passar o conteúdo? Como assimilar e absorver tudo? Educação não é despesa. É um investimento que estamos fazendo para os futuros médicos, engenheiros, advogados, jornalistas, administradores e outros. Que as partes se entendam rapidamente e que ninguém mais seja prejudicado.
Não podemos mais permitir esse jogo de interesses que o governo nos impõe. Temos que deixar de ser “torcedores” de um partido político e sermos brasileiros. Vamos cobrar nossos direitos, não apenas os constitucionais, mas sim os humanos. Precisamos ter vergonha de deixar acontecer tantos desmandos no Brasil e apenas criticarmos partidos e políticos. Temos nossa culpa, somos omissos e elegemos muitos corruptos a cada eleição. Por isso apoio os professores. Não apoio partidos nem politicagem.
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Contas da Petrobras
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