Crime sem Castigo 1

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A Delegacia de Homicídios é a vitrine da Polícia Civil. O hercúleo trabalho dos jornalistas investigativos da Gazeta do Povo revela uma herança antiga. A tão falada troca permanente de delegados e suas equipes é fruto do desinteresse absoluto por essa atividade tão trabalhosa, sacrificante e vocacionada. O êxito para solucionarmos essas vergonhosas estatísticas não está na solução paliativa do mutirão e sim num projeto governamental e vontade política de fazer. Não existe crime insolúvel; existe, isso sim, crime não investigado.

Osman de Santa Cruz Arruda, advogado

Crime sem Castigo 2

É interessante que existam programas de proteção para encorajar as pessoas a testemunhar nos casos de crimes ocorridos em nosso país. O grande problema é que as vagas são limitadas, principalmente quando levamos em conta a quantidade de delitos que acontecem diariamente na capital paranaense. Outro problema é que as pessoas terão de mudar de endereço e mal poderão sair de casa, já que correm risco de vida. Infelizmente, essa é a realidade do Brasil e se o governo, junto com a população, não mudar, continuaremos vivendo assim.

Ricardo Henrique Júnior Kopietz Lopes

Crime sem Castigo 3

O silêncio ensurdecedor das testemunhas de crimes praticados deve-se aos benefícios das leis de direitos humanos para bandidos. A sociedade está ciente da falta de estruturas que protejam o cidadão ordeiro e que mantenham preso o condenado. Os crimes são relativizados por supostas causas sociais, que levariam o indivíduo ao crime, dando auras de candura aos "inocentes bandidos", que têm direito a penas brandas e liberdade condicional em datas festivas, propiciando ao criminoso se vingar das testemunhas inconsequentes.

Irineu Queiroz dos Santos

Câmara de Curitiba

Estarrecedor saber que, dos 68 projetos apresentados pelos vereadores de Curitiba até agora, 76,4% não têm relevância (Gazeta, 6/8), ou seja, para nada servem. O que aconteceria se a Câmara fosse uma empresa com produção e lucratividade abaixo do esperado pelos acionistas, e fosse constatado que os funcionários não estavam produzindo o necessário? Devemos exigir que esses nossos funcionários – muito bem pagos com nossos impostos – comecem a produzir.

Carlos Buffa Neto

Orçamento

Um leitor reclamou da interferência do Legislativo no orçamento e afirmou que o orçamento é do Executivo (Gazeta, 8/8). Na verdade, no mundo inteiro e no Brasil também, o orçamento é função do Legislativo. É o legislador quem define para onde vai o recurso arrecadado. Cabe ao Executivo, como o próprio nome diz, executar o orçamento. Essa visão equivocada, bastante comum, é fruto do hiperpresidencialismo brasileiro, que concentra enorme poder na mão dos governantes de turno, impedindo que o povo, por meio dos seus representantes legítimos, exerça o efetivo controle social.

Caio Savério

TRFs

Esclarecemos ao leitor João Rubens Jacyszen (Gazeta, 5/8) que a luta da Ordem dos Advogados do Brasil e da Associação Comercial do Paraná pela criação de Tribunais Regionais Federais, entre eles o do Paraná, contou com o apoio do Conselho da Justiça Federal, que inclusive informou que o custo real da instalação física dos referidos tribunais está muito aquém do valor absurdo declarado pelo presidente do STF. Acima de qualquer argumento, pelo muito que contribui com o país, o Paraná é merecedor dessa conquista.

Edson José Ramon, presidente da ACP

Sanepar

Sobre a eleição de Emília Belinati para o lugar do filho na Sanepar (Gazeta, 8/8), acho vergonhosa a administração do governo estadual. É um verdadeiro vale-tudo. Nomear Emília Belinati para a Sanepar significa buscar apoio para a reeleição custe o que custar. Será que no Paraná não existem outras pessoas com ética e moral para assumir esse cargo? É uma vergonha o que estão fazendo com o nosso estado.

Paulo Roberto Lauer

Figurinhas

Chamar os papéis de Bala Zequinha (Gazeta, 7/8) de politicamente incorretos e toscos na verdade não faz justiça às inocentes figurinhas que foram, na sua época, uma verdadeira e pura brincadeira para as crianças. Os personagens não transmitiam nenhum ensinamento que pudesse influenciar negativamente a personalidade dos jovens – pelo contrário. Gostaria de que as balas voltassem, assim como os carinhos de rolimã, as pipas e as bolinhas de gude.

Luiz Alberto Santi

Viagem

Pelo que se percebe, o nobre deputado Francischini queria que a ministra Gleisi (Gazeta, 8/8), juntamente com Osmar Dias, fossem a Toledo de ônibus. Com tantos problemas sérios que precisam de ações dos políticos paranaenses, Francischini se preocupa com algo insignificante, tão pequeno! Atitudes como essa não ajudam em nada.

José Santos

Gastos com alimentação 1

Hoje em dia a maioria dos políticos faz gastos absurdos sem se preocupar muito. O problema é que grande parte desses gastos são feitos com dinheiro público, e o prejudicado acaba sendo o povo. Isso é fruto de falta de monitoramento. Um ser humano não precisa de quase R$ 3 mil para se alimentar em um restaurante.

Otávio Panichi, estudante

Gastos com alimentação 2

Acho um absurdo o total do gasto com a alimentação dos deputados em apenas seis meses. A desculpa que eles usam é que vão até esses restaurantes com prefeitos e agentes políticos para discutir assuntos do interesse público, o que eu duvido muito. Como a maioria da população não está ciente desses fatos, a reportagem da Gazeta do Povo pode ser um primeiro passo para acabar com esses gastos excessivos na Assembleia.

Amanda Zilli

Segurança pública

O novo método que será colocado em prática na Delegacia de Homicídios de Curitiba (Gazeta, 7/8) tem grande chance de obter sucesso. No entanto, não seria muito mais conveniente investir em projetos para a educação dos jovens para que futuramente não houvesse a necessidade de investir tanto na repressão à violência?

Luiz Guilherme Ferreira Félix

Emendas parlamentares

Concordo que o pagamento das emendas parlamentares seja obrigatório (Gazeta, 7/8), mas isso não pode desequilibrar o orçamento da União, e é necessário moralizar essa "farra", estipular uma data e, a partir de então, tudo o que for aprovado deve ser honrado. Já está na hora de se ter mais seriedade.

Benedito A. Fonseca

Adoção

Sobre a notícia "Sete em cada oito menores de idade abrigados no Brasil têm família" (Gazeta, 8/8), será que é o correto mandar crianças e jovens para o mesmo lar em que sofreram traumas? Em minha opinião, o melhor seria encaminhar o jovem à adoção, pois, fazendo parte de uma nova família, ele poderá ter acesso ao amor e aos cuidados de que todos precisam.

Georgia Mansani

Conta eletrônica

Passados dois anos do início da conta bancária eletrônica, acho que o tema deveria ser retomado, uma vez que esse tipo de conta já está disponível em vários bancos. Como a Gazeta tem um forte compromisso com a divulgação de notícias de utilidade pública, acredito que caberia nova matéria sobre o assunto.

Elcio André Paludo

Educação

Vivemos no país que quer sediar a Copa sem ao menos ter um índice adequado de educação. Precisamos não apenas de uma boa educação no país, mas de pessoas que saibam administrá-la bem. Quem sabe agora, depois de tantas manifestações nas ruas, os políticos acordem e percebam que o Brasil acordou.

Caroline Ducci de Almeida

Calçadas

Há muito tempo tenho discutido a criação de uma lei que obrigue os proprietários da capital a construir calçadas nas testadas de seus imóveis, seguindo critérios e planejamentos do urbanismo, tirando o custeio dos cofres públicos. O mínimo que podemos fazer para melhorar a aparência e justificar a valorização dos nossos imóveis é manter nossas calçadas acessíveis.

João Adilson Baranhuk

Pichação

Concordo plenamente que os donos de imóveis pichados entrem na Justiça contra os pichadores (Gazeta, 4/8), e vou além: não somente os estabelecimentos comerciais, mas os moradores de Curitiba e também a prefeitura devem buscar a reparação. Tenho meu muro pichado e não tenho vontade de repintá-lo, pois sei que no dia seguinte ele estará novamente vandalizado. Chega de impunidade! Se o marginal fez, é ele quem deve repintá-lo, não importa se é maior ou menor de idade.

Ediomar Rapini

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