A presidente Dilma Rousseff movimentou a “tropa” de ministros para evitar o “conchavo” dos partidos opositores pelo seu impeachment. O objetivo é disciplinar as bancadas para que não haja votos suficientes para a abertura do processo. Procedendo assim, o Planalto reage às declarações do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que se mostrou disposto a avaliar pedidos dessa natureza. Sobre os críticos que pedem sua queda, Dilma enfatizou na televisão o compromisso de governar até 2018. O governo, portanto, deixa a passividade de lado e busca reconquistar o controle do país. Tem um longo trabalho pela frente.
Crise política 2
Vejo incrédulo a manchete: “Para conter crise, Dilma fará reuniões com base aliada para reunir apoio”. Historicamente as reuniões políticas são distribuidoras de benesses, no tradicional “toma lá, dá cá”. Ainda não caiu a ficha da presidente Dilma de que a máquina pública é por demais onerosa e ineficiente e pouco sobra para investir, para amenizar os problemas básicos – infraestrutura, educação, segurança, saúde e outros. Se de fato ela quiser conter a crise, dê exemplo. Um bom começo será reduzir de 39 para 12 o número de ministérios, cancelar mordomias e dezenas de cargos comissionados. E tudo isso sem essa de reuniões políticas para distribuir benesses.
Deficiência visual
Parabéns para a primeira mestre brasileira com deficiência visual (Gazeta, 9/8). Admirável e exemplar o seu esforço ao conquistar o objetivo tão difícil de concluir o mestrado. Louvável também o apoio recebido de vários colegas e professores. A nota triste foi o cidadão que a prejudicou na universidade.
Rodoferroviária
A reforma da Rodoferroviária de Curitiba não melhorou muito o fluxo de automóveis, principalmente em dias de pico. Carros e taxistas tentam circular em um ambiente saturado pelo volume de passageiros. Foi dinheiro novo empregado em um projeto velho. Mas o que mais impressiona é a falta de iluminação externa. A Avenida Presidente Affonso Camargo está apagada em frente à Rodoferroviária. Sem iluminação e sem polícia, os passageiros são abordados na escuridão e assaltados sem defesa.
Espaços verdes
Penso no carro como um símbolo do que há de mais individual na sociedade. Já uma praça e um jardim são compartilhados por todos. Um binário é uma fila indiana de individualidades, uma atrás da outra.
Excelência
O “ranço contra a excelência” é uma característica cultural brasileira , como aponta o editorial “A excelência que devemos buscar” (Gazeta, 9/8), ampliada nos últimos anos. Pessoas bem-sucedidas passaram a ser vítimas de preconceito justamente por isso. Atribui-se o sucesso não ao trabalho e à competência, mas às “injustiças sociais”. Tenta-se corrigir isso por meio de cotas e outros artifícios. Sou de uma época em que os alunos faziam vestibular até passar.
O presidente da Vivo, Amos Genish, declarou guerra contra o WhatsApp? A empresa e outras operadoras estão tomando prejuízo porque as ligações são feitas por meio da internet e há também as mensagens que facilitam a vida de quem precisa se comunicar. Por que essa guerra? Ele só não entende que quando se usa o WhatsApp já se paga pelo serviço – ou ele acha que a internet é de graça? Depois do aparecimento do Google e da Apple, as teles terão de rever seus conceitos. Prestam um serviço de péssima qualidade e caríssimo. Quem acha que pode concorrer com o WhatsApp, apresente sua proposta.
Futebol
O objetivo de um clube de futebol não pode ser o de lotar o estádio uma vez ou outra, mas sim o de ter receita permanente e suficiente para suprir os custos do clube. Isso somente será possível com um grande quadro de associados, a exemplo dos times de Porto Alegre. Está certíssima a política do Atlético, pois o clube não tem de fazer promoção nenhuma. Os atleticanos que se associem ao clube e contribuam mensalmente. Somente considerando o campeonato brasileiro, o ingresso sai em média R$ 50.