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A OEA acabou nesta semana com a suspensão imposta a Cuba há 47 anos, mas o país ainda é uma ditadura (Gazeta, 4/6). Para os cubanos, a situação não melhora em nada, e os ditadores ainda saem fortalecidos. Essa mudança é um jogo de cena sem qualquer resultado importante, embora mostre o fortalecimento da influência latino-americana.

Guilherme Gaspar

Estradas pedagiadas

Não faz diferença o governo do estado devolver as rodovias pedagiadas à União ou não (Gazeta, 2/6). Contanto que o contribuinte não pague duas vezes para ter o mesmo produto. O IPVA não pode ser apenas para sustentar funcionário público. Tem de ser investido em boas estradas também.

Gildean Oliveira Araujo

Previdência

O artigo sobre "Opção pelos idosos ou pelas crianças", publicado na Gazeta do Povo de 4/6, reflete claramente a falta de seriedade que cronicamente afeta a nossa brasilidade. O país que prioriza políticos ou empresários inescrupulosos, em detrimento de seus cidadãos mais fragilizados está muito mais para o tempo de piratas e bucaneiros do que o século 21, no qual qualidade de vida e inclusão social dão o tom. Até hoje não li um texto, seja de jornalista, economista ou sindicalista, abordando a questão da aposentadoria tratando o tema como ele deveria, ou seja, deixando de lado a questão da idade e supostos déficits, mas sim com simples objetividade. Vejo uma orquestração no Congresso e na mídia com o intuito de uma vez mais dar o calote naqueles que, produzindo a vida inteira, serão privados de um fim de vida com um mínimo de dignidade.

Thadeu Guaraciaba de Aquino

Ônibus

A promotora de Justiça Cristina Corso Ruaro provavelmente nunca deve ter pegado um ônibus coletivo no horário em que a passageira caiu do ônibus e acabou sendo atropelada pelo veículo em janeiro deste ano (Gazeta, 3/6). Achei infeliz o comentário que ela fez afirmando que os passageiros têm de mudar de hábito e não ficar próximos à porta. Será que alguém entra em um ônibus hiperlotado porque quer ou porque gosta? As pessoas vão amontoadas porque não têm outra alternativa. Os culpados são as autoridades que permitem a superlotação pela escassez de veículos.

Julio Cesar Fila

Adoção em união homoafetiva 1

O ato paterno de abrir mão do pátrio poder, disponibilizando o filho para adoção, leva a uma rejeição traumática para a criança (Gazeta, 4/6). É interessante e importante que as crianças tenham referenciais de um pai e de uma mãe. Sabemos, porém, que um número expressivo de crianças ainda são geradas por casais sem equilíbrio emocional suficiente para conduzi-las a uma formação sólida da personalidade. Criança quer atenção, carinho e amor. A falta desses elementos se reflete diretamente no aumento da criminalidade, no uso indiscriminado e exponencial de drogas e no número de homicídios de tantos jovens. É claro que fica um tanto estranho uma criança sendo apresentada como filho por duas mulheres ou dois homens; porém, se os próprios pais biológicos, o Estado e a sociedade não conseguem dar uma resposta satisfatória para tantos nascimentos indesejados, por que não adotar mecanismos alternativos de amparo a esses inocentes "jogados fora"?

Paulo Abrahão

Adoção em união homoafetiva 2

A respeito à adoção de crianças por casais do mesmo sexo, é incrível saber que a sociedade ainda tem preconceitos desse tipo. A minha pergunta para essas pessoas é se é mais fácil deixar crianças abandonadas nos orfanatos ou nas ruas do que aceitar que casais do mesmo sexo ofereçam a elas o amor e o carinho necessários para um desenvolvimento saudável. É admissível deixar essas crianças crescerem abandonadas e vivendo da marginalidade? Quantas dessas pessoas foram até um orfanato para saber o que essas crianças abandonadas precisam. Infelizmente, a sociedade está preparada para ver crianças abandonadas na rua, mas não para aceitar que casais homossexuais possam dar a elas o respeito e a dignidade merecidos.

Antonio Bach

Carteiras 1

A medida tomada pela Secretaria de Segurança Pública de enquadrar como desobediência o não atendimento à notificação para entrega da CNH por motorista suspenso merece aplauso (Gazeta, 28/5). Evidente que é preciso apertar a fiscalização nas ruas, com mais blitze e abordagens pelo BPTRAN, mas essa medida tem amparo legal, sim, pois é crime de desobediência. O povo reclama muito do governo, da violência no trânsito, da impunidade, mas não quer obedecer à lei. Temos todos de mostrar civilidade e espírito de cidadania. É nossa obrigação.

Rogério Ribas

Carteiras 2

Não tenho dúvida de que a divulgação da lista dos motoristas suspensos por infração das regras de trânsito, trata-se de uma jogada de marketing do governo do estado (Gazeta, 2/6). Não fosse o acidente envolvendo o ex-deputado Carli Filho, que comoveu toda a opinião pública não só do Paraná mas do Brasil, as autoridades estaduais continuariam a ignorar as CNHs suspensas. Isto é, "tudo como dantes no quartel de Abrantes".

João Candido de Oliveira Neto

Fichas-sujas 1

A iniciativa popular de propor um projeto de lei para barrar os fichas-sujas é extremamente louvável (Gazeta, 1/6). No entanto impedir candidatura sem que o devido processo legal tenha transitado em julgado sempre gerará dúvidas. Do ponto de vista legal, não há culpabilidade ainda estabelecida. O melhor juiz no caso de culpabilidade moral é o eleitor. Também acho que o principal problema que deve ser focado é o da lentidão do Judiciário. Ainda, segundo meu entendimento, há um caso especial que poderia ser pressuposto básico para barrar os "fichas-sujas": a renúncia, que via de regra é uma confissão antecipada de culpa.

Márcio Assad, Lapa – PR

Fichas sujas 2

Sou totalmente a favor de barrar os fichas-sujas nas eleições, pois o cidadão comum, se tiver restrição de crédito, não pode em hipótese alguma financiar sua casa própria ou seu veículo, como pode então suas "excelências" pleitearem cargos públicos. Pedimos mais rigor às autoridades competentes.

Rogerio Cesar da Silva

Carli Filho 1

Muito esperto o advogado do ex-deputado Carli Filho! Com sua renúncia, ele ganha de dois lados, o primeiro é que poderá se candidatar nas próximas eleições, uma vez que nossa Assembleia não foi capaz de cassá-lo. O segundo é que na Justiça comum ele poderá recorrer infinitamente como vem acontecendo com outros casos de deputados federais. Isso é justiça neste país? A Assembleia, independentemente de ele ter sido cassado, deveria retirar seus direitos políticos para evitar que ele possa se reeleger.

Roberto Vercesi Gugisch

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