Pouco já seria muito para vereadores que nada fazem. O custo volumoso onera o desenvolvimento do município, atrofia as finanças, cria abusos de compadrismo, implanta o nefasto fisiologismo e serve de trampolim para que essas pessoas se perpetuem no poder (Gazeta, 30/12). Câmara de vereadores nem precisaria existir pelo menos não nos moldes das atuais, sempre tão improdutivas e sanguessugas do nosso suado dinheiro. Passamos muito bem sem elas!
Mauro Biazi, Guarapuava PR
Transporte coletivo 1
Acredito que a medida de abrir a licitação pública para o transporte coletivo de Curitiba (Gazeta, 30/12) é válida por resguardar os princípios da administração pública visando ao melhor uso possível do erário público. Entretanto, acredito que a qualidade do transporte não irá melhorar com a implantação da sistemática. O atual modelo há décadas tem favorecido grupos de empresários ligados à administrações anteriores pela ausência de concorrência e práticas tarifárias com fins eleitorais. Como tendência confirmada, o aumento da atividade econômica e do crédito tem favorecido as pessoas a deixar o transporte coletivo em favorecimento do transporte individual. Esse processo não terá reversão, o transporte coletivo em Curitiba ficou caro e pouco interessante ao público e aos empresários. A solução seria a prefeitura subsidiar a tarifa.
André Fávaro
Transporte coletivo 2
Temos um confuso sistema de transporte de passageiros, que de inovador que foi no início da sua implantação, agora se tornou obsoleto, pois os tubos são caros para implantar, além de obstruírem as calçadas com seu imenso tamanho, isso tudo para possibilitar o embarque em nível e a integração física e tarifária. Na Europa, onde vivo há quase 10 anos, não se usa nada parecido e sim o sistema de "piso baixo" (que proporciona o embarque em nível em paradas convencionais) e a integração temporal, em que uma vez iniciada a viagem, tem validade por um período estabelecido conforme o tamanho da cidade e se pode dentro desta validade passar de uma linha a outra, mesmo os pontos estando distantes entre si de algumas quadras pelas quais se vai caminhando. Vamos aguardar essa licitação de maneira otimista.
Roberto Ghidini, engenheiro civil
Estacionamento para idosos
Sempre será um sinal de civilidade respeitar sinais de preservação de direitos, sem necessidade de recorrer a penalidades. Todavia, elas só existem porque tanto a civilidade quanto a educação ainda não são atributos que nós brasileiros tenhamos incorporado a nosso dia a dia. Desde que obtive meu cartão de idosa, tenho observado o que ocorre com essas vagas preferenciais (Gazeta, 28/12). Primeiro, mesmo com as sinalizações existentes, essas vagas estão sempre ocupadas por carros sem os cartões. Segundo, existe uma desproporção de quantidade de vagas para deficientes e idosos, sendo que a concessão dos cartões pela Urbs já indica que deve haver uma melhor equalização. Afinal, dos 1.871 cartões concedidos
até agora, apenas 17% (281) foram para deficientes. Assim a Urbs deveria rever as sinalizações que indicam sempre mais vagas para deficientes do que para idosos. Sobretudo nos shoppings e no aeroporto. Tenho de concordar com a promotora Rosana Bervervanço, porque ainda precisamos de multa para respeitar as leis.
Eloá Cathi Lor
Crimes de trânsito 1
A diferença de soluções para os crimes de trânsito de similares condições (Gazeta, 28/12) está no fato de que os que estão soltos têm tráfico de influência, poder político, dinheiro para pagar bons advogados. Assim é no nosso país. Será que um dia será diferente? Depende de nós, do poder do voto e da mobilização.
Oscar Jans
Viver Bem
Parabéns pela última capa do caderno Viver Bem (Gazeta, 27/12), na qual há uma bicicleta com balões. Ela me fez lembrar do saudoso padre que voou com bexigas. Além disso, a capa tem tudo a ver com a passagem de ano. Às vezes nossos sonhos são como balões de festas, pois no começo são cheios, mas aos poucos vão se esvaziando. Não devemos deixar nossos balões se esvaziarem. As capas do Viver Bem estão de parabéns!
Luciana do Rocio Mallon
Cuidados em casa
Parabéns ao jornal Gazeta do Povo, pela matéria "A salvo dos riscos da eletricidade". Fiquei pasmo ao saber que, só em 2009, 16 pessoas morreram no Paraná por causa de acidentes com a eletricidade. O jornal mais uma vez cumpriu sua tarefa de informar seu leitor sobre riscos tão graves que muitas vezes não percebemos. (Gazeta, Imóveis, 27/12).
Hector Ivanovisk
Doação de medula
Para aproveitar o tempo livre nesta última semana do ano e as ruas sem congestionamento, decidi me cadastrar como doador de medula óssea. Ao ligar para o Hemepar fui informado de que só poderia fazê-lo em fevereiro, devido ao período de férias. Tentei então ligar para o HC, mas não consegui falar com ninguém; o telefone toca até cair a ligação. É lamentável haver tantas dificuldades enquanto tantos aguardam por um doador. Já doei sangue várias vezes em muitos lugares, seria ótimo se todos os doadores pudessem assinar um termo de consentimento autorizando a análise de sua amostra sanguínea para posterior cadastramento no banco de doadores de medula; eu já estaria cadastrado e certamente o número de doadores seria muito maior.
Rafael Campos
Ortotanásia
Também chamada de morte natural sem suporte artificial à vida, a ortotanásia conceitualmente é muito bonita e humanitária, porém, para mim, não passa de uma malandragem dos planos de saúde para não terem custos, prolongando vidas de forma artificial. O trabalhador paga os planos de saúde e, quando está no fim da vida após ter gasto fortunas, é abandonado para morrer naturalmente.
Elias Gabriel
TCU
Essa de que quem paralisa as obras é o Congresso e não o TCU é uma matéria ótima para a imprensa colocar várias vezes em destaque porque nós eleitores temos de ficar atentos aos senhores senadores, já que ano que vem tem eleição (Gazeta, 26/12).
José Inácio Ramponi
Mensalão
O mensalão, nunca é demais repetir, foi uma campanha moralista para desestabilizar o governo Lula. Por alguma razão, que só a história poderá esclarecer, desviaram o rumo da investigação no sentido de desmoralizar a direção do PT e, com isso, enfraquecer o governo Lula. Ou seja, mudaram a estratégia. Lula consolidou-se e pode se tornar um mito.
Antonio Negrão de Sá
Corrupção
O maior problema é que o Brasil é um grande país, mas não uma grande nação. Isso só acontece na Copa do Mundo! É preciso que o povo esteja engajado a acabar com a corrupção. É preciso esse engajamento para levar ao país o mínimo de honestidade política-administrativa. Lendo reportagens antigas de O Cruzeiro, percebe-se que os males de ontem são os males de hoje. Nada mudou e nada mudará se não for por nós.
Luiz R. Santos
Previdência
A Previdência não é deficitária, isso é balela, se assim o fosse, o governo federal não seria tão assistencialista como o é, haja vista as bolsas família, gás etc. A desculpa esfarrapada de que o déficit aumentaria com aumento aos pensionistas com os mesmos índices do salário mínimo é porque, senão, não sobra dinheiro para o governo gastar onde bem entende sem prestar contas.
Estela Galeazzi
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