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Coluna do leitor

Depósitos judiciais 1

Essa gana do governo estadual em abocanhar parte dos depósitos judiciais reflete a ineficiência da administração. O governo inchou a máquina com milhares de cargos comissionados, ultrapassou o limite de 46% do orçamento com a folha de pagamento, e agora não tem dinheiro para investimentos. Bastaria diminuir os cargos comissionados para o dinheiro aparecer, gastar menos com propaganda, viajar menos; assim sobraria dinheiro no caixa.

Osmar de Oliveira

Depósitos judiciais 2

A liberação dos depósitos judiciais ao governo do Paraná foi suspensa por liminar concedida pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), a pedido da OAB-PR. Hoje, esses depósitos só servem para a Caixa Econômica Federal emprestar dinheiro aos correntistas do cheque especial a custo extremamente lucrativo. O governo do Paraná iria usar os recursos em obras de infraestrutura, educação, saúde, segurança pública, coisas que fazem sentido a todos nós. Esperamos que o CNJ seja imparcial e interprete a lei de modo que traga benefício a todo o conjunto da sociedade.

Harry Françóia

Depósitos judiciais 3

Sobre a decisão do CNJ barrando liminarmente essa verdadeira insânia aprovada por 80% dos deputados paranaenses, e creditada como vitória de Gleisi pelo deputado Valdir Rossoni (Gazeta, 29/7), gostaria de enaltecer aqueles sete parlamentares que bravamente se opuseram a essa excrescência. Quem venceu foi o povo e as pessoas que lutam na Justiça por esses valores devidos e retidos muitas vezes por anos.

Carlos Grzelkovski, petroquímico

Aposentadoria

Considero injusto o valor das aposentadorias pagas pelo Senado (Gazeta, 30/7) porque o cidadão comum trabalha mais que os 35 anos exigidos para se aposentar, paga toneladas de impostos, e se aposenta com um salário sem vergonha e com um fator previdenciário que lhe tolhe mais ou menos uns 40% do já pequeno e achatado salário. Enquanto isso, os políticos fingem que trabalham pelo menos durante uns oito anos e se aposentam com fortunas.

Aírton Kraismann

Mensalão

Com a retomada, em agosto, do julgamento do mensalão (Gazeta, 30/7), a expectativa do povo é de que os condenados cumpram as penas nas prisões. Mas, com a indicação de dois novos ministros para a suprema corte, existe o risco de as penas serem alteradas e os condenados não cumprirem pena em regime fechado. Caso isso ocorra, será uma "paulada" no povo brasileiro, mostrando que a impunidade impera.

Hélio Ishida

Política

Os nossos governantes não entenderam nada! Parece que as manifestações populares ocorridas em junho não serviram para que eles compreendessem que não estão no "andar de cima", acima das leis, mas são apenas cidadãos comuns exercendo um mandato popular. Como são eleitos democraticamente pela maioria dos eleitores, deveriam primar pelo cuidado de respeitar as leis.

José Stechman Neto

Governo

Ao dizer que Lula nunca saiu do governo, Dilma assume que não tem brilho próprio e não governa sem recorrer ao seu criador, numa clara ligação de dependência com o ex-presidente. Ela disse também que "na política se faz o diabo" e Lula já falou que "na política tem de blefar". Ora, como ambos não se constrangem em utilizar tais expedientes, o que mais se pode esperar?

Eliana França Leme

Ato Médico 1

O que chama atenção nos artigos sobre a Lei do Ato Médico (Gazeta, 30/7) é a necessidade de aprimorar o SUS, defendida pelos dois articulistas. Fruto da reforma sanitária embebida de ideologia marxista, o SUS só funciona na mente dos radicais acadêmicos e dos ingênuos de plantão. Um governo destemido deveria pôr fim ao sistema atual e começar do zero, pensando em novos modelos adequados à realidade brasileira e distantes das utopias que não dão saúde a ninguém.

Caio Savério

Ato Médico 2

Mesmo sendo médico, não saí às ruas. Não concordo com toda a pauta reivindicatória, mas concordo que há motivos para protestar. No caso da Lei do Ato Médico, creio que os demais profissionais de saúde possuem argumentos que precisam ser melhor avaliados e negociados. Em relação aos médicos estrangeiros, talvez haja espaço para eles, tudo depende do modelo de SUS que adotemos. Por fim, quase ninguém discorda de que há motivos para a revisão do currículo médico. Mas essa reestruturação deve ocorrer pelos motivos corretos e de maneira adequada, e não para tapar o sol com uma peneira.

André Luís Vianna, médico psiquiatra

Mercado imobiliário

O grande erro da maioria das pessoas é tratar imóveis como bens descartáveis, como um automóvel, e ficar esperando que os preços caiam. Mas o planeta não cresce, o que cresce é a população. É ridículo falar de bolha imobiliária (Gazeta, 28/7). Os que estão esperando os preços de imóveis caírem vão ficar a vida toda esperando.

Valter Maia

Arena da Baixada

Sobre a construção da Arena da Baixada (Gazeta, 30/7), está tudo rigorosamente dentro do planejado: o máximo de atraso com o máximo de aumento de custos. Com isso, ter-se-á máxima pressa, máxima necessidade de concluir a obra, máxima comoção popular, e, finalmente, o máximo aporte público de recursos. Passada a Copa, algumas denúncias frágeis de superfaturamento e enriquecimento ilícito, mas quem se importará, com o Brasil campeão?

Nelson R. Bilobran

Estacionamento

Em tempos de trânsito caótico nas principais cidades brasileiras, fico pensando por que até hoje a prefeitura de Curitiba não criou estacionamentos públicos, a exemplo do que ocorre na cidade de Los Angeles, nos EUA. Em Santa Barbara, por exemplo, que é local de muito movimento, existem "prédios" de dez andares só de estacionamento público, controlado por cancela, com pagamento no retorno, via máquina. Apenas um funcionário controla tudo.

Fábio Simoni Fabro

Estrada da Graciosa

A Sanepar está utilizando o traçado da Estrada da Graciosa para instalar uma tubulação de esgotamento sanitário desde a cidade de Quatro Barras até o bairro Atuba. No trecho que vai até a divisa com Pinhais, os tubos foram instalados em cima da estrada. Para isso, foi necessária a abertura de uma larga e profunda vala no meio da lateral direita da pista. Terminada a instalação, a Sanepar contratou uma empresa para repavimentar o trecho destruído. Ocorre que o novo pavimento ficou rebaixado em relação ao piso original. Os moradores de Quatro Barras querem uma solução para o problema, pois tiveram de batalhar durante anos para conseguir o recapeamento da Estrada da Graciosa, que agora está destruído.

Carlos Chyla Neto

Jornada da Juventude 1

Em boa medida a Gazeta do Povo fez a cobertura da visita do papa Francisco ao nosso país. Em especial, louvo a ênfase ao seu perfil pastoral e humano (Gazeta, 28/7), ao resenhar os temas mais relevantes das homilias e concomitantemente mais pertinentes ao Brasil de hoje, como injustiça social, corrupção, drogas, juventude, infância, esperança e espiritualidade.

Jacir Venturi

Jornada da Juventude 2

A semana começou mais triste sem o olhar bondoso e acolhedor do papa Francisco. Quem será que ouviu e colocará em prática a missão de não ostentar tanta empáfia e riqueza perante um povo que tem fome de justiça da boa palavra e de ouvir os ensinamentos de Cristo? Espero que algum representante da América Latina tenha ouvido, perceba que a pobreza não é contagiosa e leve o alento aos pobres.

Maria Stephan

Jornada da Juventude 3

Bem oportuna a visita do papa justamente na época em que o povo sai às ruas contra a corrupção, o descaso, o vergonhoso esbanjamento do dinheiro público, o tal do PAC que não sai do papel. Não sou contra o papa, muito pelo contrário, mas o povo que fique atento para não desviar das reais necessidades dos brasileiros. Que o movimento continue cada vez mais forte, sem que os partidos políticos e sindicatos pelegos tomem carona!

Mariclair R. S. Powell

Igreja

Com relação ao texto "Vaticano à venda", de Paulo Briguet (Gazeta, 29/7), acho que ele foi infeliz no fim, quando escreve "Tire-se a Igreja Católica do mundo e restará apenas morte". Há, sim, muita vida fora da Igreja Católica. Ele quis parafrasear o grande Faulkner, mas não deu muito certo. A vida é abundante e robusta onde Briguet acha que só há morte.

Oseias da Costa Rosa, Cerro Azul – PR

Crônica

Belíssima crônica do jornalista Edson Militão "Próximo ao próximo" (Gazeta, 27/7): humana, solidária, fraterna. Bem própria de quem conhece com profundidade a alma das pessoas.

Nelson Sabbagh

Kit inverno

Diante de tanto desrespeito, vemos que o trabalhador é considerado um nada para essas empresas e sindicato. E que são lembrados apenas quando querem fazer greve. Esse vergonhoso kit inverno para os motoristas e cobradores de ônibus (Gazeta, 29/7) deveria ser obrigatório, entregue no início do inverno e subsidiado pelas empresas, uma vez que o kit é necessário para o desempenho das atividades. Sempre que há dinheiro público no meio dá nisso: atrasos, desvios, alterações, e o trabalhador, como sempre, é esquecido.

Dario Evangelista

Linha férrea

Temos uma linha de trem administrada e explorada por uma empresa privada, com cruzamentos com ruas onde rotineiramente ocorrem acidentes, como o que aconteceu no Cajuru (Gazeta, 30/7); aliás, é normal alguém se ferir ou morrer nesses cruzamentos. Quantos terão de se ferir ou morrer para que viadutos sejam feitos?

Luiz C. Segantini

Radares

Deveriam verificar os radares eletrônicos instalados na Rodovia do Xisto, em Araucária, que estão sem marcar corretamente a velocidade dos veículos. Passo pelo local sempre abaixo de 60 km/h, mas mesmo assim estou sendo multado. Há vários outros cidadãos que também respeitam os limites de velocidade e que estão sendo multados injustamente.

Marcos Roberto Buwai

Nomeações

Conforme dados recentes do IBGE, os 5.566 prefeitos brasileiros fizeram 508 mil nomeações políticas que dariam para lotar oito grandes estádios da Copa de 2014, e ainda pedem ao governo federal aumento de 2% no Fundo de Participação dos Municípios, que hoje é de 23,5%. Nesse cenário de cabide de empregos, como o PSDB poderá fazer oposição para valer se ocupa o segundo lugar, logo após o PMDB, que é considerado o campeão nacional em empregar cabos eleitorais? Haja dinheiro dos contribuintes brasileiros!

Edgard Gobbi, Campinas – SP

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