Desenvolvimento

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A matéria "Esqueceram de nós. De novo" (Gazeta, 31/8) mostra a triste realidade de uma região negligenciada por muitos governos e prefeituras. Sem as condições mínimas necessárias, o Vale do Ribeira é um local de beleza natural infinita, mas pobre de infraestrutura. Tenho uma pousada rural cujo acesso se faz pelo km 51 da estrada de Cerro Azul. Saindo do asfalto, são mais 34 km de estrada de chão até chegar ao empreendimento. A estrada é mal conservada e fica em péssimas condições pelo tráfego intenso de caminhões. Além disso, os telefones ora funcionam ora não, os cortes de energia são frequentes e temos pouco apoio do poder público. Não é fácil empreender nessas condições.

Aguilar Silva, empresário

Hospital de Clínicas

A resistência do Sinditest à adesão do HC à Ebserh é inaceitável e o medo é inexplicável. O HC não vai perder a autonomia universitária, terá flexibilidade para contratar pessoal e comprar serviços, o que é difícil ou impraticável agora. Os servidores atuais continuarão com seus vínculos na universidade e com os direitos mantidos. Os novos funcionários serão admitidos por concurso público via CLT, que permite a demissão em qualquer tempo dos trabalhadores que não cumprirem suas obrigações adequadamente. O Hospital do Trabalhador, por exemplo, que era deficitário, inoperante e improdutivo, depois da mudança para uma gestão tripartite entre estado, município e UFPR, tornou-se o maior hospital de atendimento ao trauma no Paraná.

Carlos Renato d'Avila, médico pediatra

Creches

O juiz que determinou a abertura de 9,6 mil vagas em creches de Curitiba (Gazeta, 30/8) descobriu o moto perpétuo da educação pública, gratuita e de qualidade. Ele escreve um monte de coisas num papel, assina e, magicamente, flores surgem do chão, o sol se impõe no zênite, uma escola surge do éter e professores saem ensinando crianças felizes e sorridentes. O problema é econômico. As demandas são infinitas e os recursos são escassos. Mais recursos para uma creche podem significar o fim de um posto de saúde. Seria a vida de uma pessoa menos importante que a educação de uma criança?

Ricardo Toseto Ciquelero

Plebiscito

Quando coisas simples se resolvem com "sim" e "não", é o momento do plebiscito, o exercício direto de nossas prerrogativas democráticas. Quando as matérias são mais complexas, o povo é representado por cidadãos eleitos pelo próprio povo para tanto. Daí a necessidade de um governo de pessoas sérias e capacitadas. Temos de acertar na escolha. Esse negócio de por qualquer "dá cá aquela palha" pretender jogar para o plebiscito assuntos de extrema relevância é simplesmente bárbaro, indevido e escandaloso.

Benedicto Bueno

Rebelião

Até quando teremos esse bando de condenados amontoados, trocando experiências criminosas, comandando o crime de dentro dos presídios? Já passou da hora de mudar isso. É preciso colocar esse povo para trabalhar, com o salário sendo repassado para os familiares. Tenho certeza de que o custo de um preso é bem maior que o custo de um aluno e, do jeito que a coisa vai, daqui a um tempo teremos mais presídios que escolas. Não falam de escola em período integral? Por que não presídios-fazendas ou indústrias onde os condenados tivessem horário para trabalhar e estudar?

Joacir Souza dos Santos

Meia Maratona

Uma bagunça a Meia Maratona de Curitiba. O barulho no local escolhido para a saída e chegada da corrida, no Museu Oscar Niemeyer, começou no sábado, foi interrompido durante a noite, e recomeçou a partir das 6h30 de domingo. Músicas estridentes, um narrador que parecia estar narrando um jogo de futebol. Foi um desrespeito da prefeitura, dos organizadores e promotores do evento. Os moradores reclamaram, mas não adiantou. Em alguns pontos não era possível nem sair de casa. Não sou contra a prática de esporte, mas temos vários parques com mais estrutura e condições para receber o pessoal sem desrespeitar quem somente quer descansar.

Raul Gelbecke, administrador

Esportes náuticos

A capital ecológica não conseguiu até hoje viabilizar um reservatório, um rio ou um lago para a prática de esportes náuticos (Gazeta, 31/8). Seria essa a prova de que todos os nossos reservatórios estão poluídos e contaminados? Nos últimos 30 anos, tanto a Sanepar quanto o IAP demonstraram uma profunda ignorância sobre o tema e os benefícios que os praticantes desses esportes (SUP, vela e remo) trazem aos locais, pois sabem cuidar e preservar o meio ambiente. São Paulo tem Guarapiranga; Brasília, o Paranoá; BH, a Pampulha; e Curitiba só tem a proibição e o desconhecimento dos motivos que impedem seus habitantes de cuidar e preservar o que é seu.

Fabiano Ribeiro, engenheiro

Avós e netos

Ao ler a matéria "A relação mais que especial entre avós e netos" (Gazeta, 31/8), senti uma grande saudade e aperto em meu coração. Sou exemplo vivo desse estudo mencionado na reportagem, pois morei com minha avó por 15 anos, de 1967 a 1982, e com ela aprendi lições que levo até hoje em minha vida. Sempre digo a todos que Deus me abençoou, pois tive em minha vida duas mães, uma mãe de sangue e uma mãe de coração.

Mario Chamon

Aeroporto

Não faz sentido um aeroporto ficar longe da cidade. Se um ônibus se acidentar, nós vamos pedir que se retire o terminal? Adoro morar próximo do Aeroporto do Bacacheri e sou sempre surpreendido por eventuais visitas de aeronaves incomuns. E, se não me engano, logo teremos mais um festival aéreo, um ótimo evento para a família e os amigos.

Lincoln Kalckmann Frota

Debate

O tal do primeiro debate entre os candidatos a governo do Paraná foi uma vergonha inimaginável. Um verdadeiro caso de polícia. Como é possível que uma dessas pessoas governe o Paraná? Por favor, ressuscitem Bento Munhoz da Rocha, Ney Braga, Cândido de Abreu! A política do Paraná pede socorro!

Paulo Lugli, economista

Doações de campanha

Sobre a matéria "Empresas doaram R$ 224 mi no 1º mês de campanha" (Gazeta, 31/8), poderiam apurar se essas mesmas empresas fazem doações tão generosas a instituições de caridade. Seria legal mostrar se elas mantêm projetos sociais e também possíveis disparidades entre as doações. O significado de tanta generosidade com os políticos todos sabem.

Rodrigo Jorge Pereira

Oriente Médio

Muito oportuno o destaque dado ao acordo de trégua em Gaza. Há razões para uma comemoração cautelosa pelo acordo, pois há um longo caminho a ser percorrido até que se chegue a uma situação de estabilidade na região. De qualquer forma, o essencial é que neste momento o flagelo do confronto foi estancado.

Julio Zugman

Mata Atlântica

Até hoje muito pouco se tem feito para a proteção da Mata Atlântica (Gazeta, 1º/9). Deveriam começar pelas prefeituras que não têm projetos. As cidades têm cada vez menos verde, as calçadas são totalmente pavimentadas, sem árvores, e não se fazem mais praças. O pior e que o povo nada faz para mudar isso.

Arnaldo Lavado Ferreira

Copel

A Copel Geração "contabiliza lucros recordes com a venda de energia no curto prazo, cobrindo com folga os prejuízos da divisão de distribuição" (Gazeta, 28/8), mas prefere cortar investimentos e continuar pagando gordos dividendos aos acionistas. Enquanto isso, anuncia-se que a Copel Distribuição tem prejuízos (mesmo que o lucro da Copel Geração cubra com folga os prejuízos da divisão de distribuição), e quem paga esse suposto prejuízo é o consumidor. A favor de quem essa conta está fechando?

Álvaro Antunes

Petrobras

O cofre da viúva e a Petrobras têm algo em comum: todo mundo mete a mão e todos têm proteção. Na Petrobras, predominam os interesses políticos, mesmo contrariando pareceres técnicos e, sob o aval do Conselho de Administração, ninguém era responsabilizado pelos maus negócios. A generosa viúva dispõe de um cartão corporativo sem limites de gastos, nada transparentes, sob a alegação de segurança nacional, para acobertar, entre mil e uma coisas, vultosos saques na boca do caixa e importação de lençóis egípcios. Isso precisa acabar.

Humberto Schuwartz Soares, Vila Velha – ES

Racismo

Como cidadão e apreciador do futebol como esporte, sugiro que o grupo Bom Senso inclua em suas reivindicações a obrigatoriedade de os clubes identificarem e expulsarem torcedores racistas, violentos e reincidentes amparados pelas torcidas organizadas, compartilhando fotos e dados cadastrais com demais clubes no país, para que esses torcedores não entrem nos estádios.

Irineu Q. Santos

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