Será mesmo que as prefeituras de Curitiba e da Região Metropolitana e o governo do Paraná não tinham uma saída para continuar mantendo a integração tarifária(Gazeta, 7/4)? Por que a corda sempre arrebenta do lado mais fraco? Ano que vem teremos eleições municipais. Fora os já habituais problemas que temos em várias áreas, como saúde e educação, não podemos nos esquecer do que estão fazendo com o transporte público.
Desintegração da tarifa 2
A integração do transporte público na RMC obrigou os passageiros que usam o ônibus em curtas distâncias a pagar parte das passagens dos usuários de longas distâncias. Com eles se acostumaram a ter suas passagens pagas em parte por terceiros, acreditaram que era um direito ter esse subsídio, e que não se tratava de um privilégio.
Metrô
Cadê o metrô de Curitiba? Tanta conversa sobre a liberação de dinheiro da União para a construção dele na capital paranaense e a administração municipal não fala mais nada sobre o mesmo. Será que os nossos governantes não têm o interesse de melhorar o transporte coletivo da cidade ou existem grupos que tentam travar esse empreendimento?
PM e o Whatsapp 1
Somente caberia alguma providência por parte da Polícia Militar se houvesse uso do aplicativo no horário de trabalho, uso indevido de aparelhos da corporação ou se ocorresse divulgação de informações confidenciais. Em outras situações não é possível cercear a liberdade de expressão (Gazeta, 7/4). Esse pessoal tem noções básicas de Direito Constitucional? Memorando datado e assinado demonstra que não.
PM e o Whatsapp 2
Estão deturpando e confundindo os fatos. A Polícia Militar, instituição formal pautada por posturas corretas, e seus integrantes têm todo o direito de buscar os seus direitos e reclamar do que acharem necessário. Devem fazer isso usando os canais da instituição ou de outras de forma corretas. Hoje o que vemos é uso descabido e desgastante para demais integrantes sobre assuntos de competência institucional. Não irá se resolver discutindo essas questões publicamente. Quanto ao uso da ferramenta, é usada, sim, pelos policiais para assuntos de serviço e facilita o trabalho. Os PMs não podem usá-lo para fofocas, acusações e para falar mal de pessoas.
PM e o Whatsapp 3
Essa censura aos policiais militares quanto ao uso do Whatsapp só está acontecendo porque o governo do estado não está cumprindo com seus compromissos. Há policiais que ainda estão sem receber o direito das férias, por exemplo.
Assembleia Legislativa 1
Esse é o retrato da política brasileira: a cada dia que passa surgem novos escândalos e os envolvidos são julgados pelos próprios colegas, como nos casos recentes na Assembleia Legislativa (Gazeta, 7/4). É isso o que permite que a impunidade permaneça. É urgente acabar com a tal imunidade parlamentar e fazer com que os políticos sejam julgados como qualquer cidadão, sem foro privilegiado.
Assembleia Legislativa 2
Será uma vergonha nacional para o estado do Paraná se os deputados estaduais decidirem por absolver o senhor Nelson Justus. Vergonha maior ainda do que a que já estamos passando com as recentes denúncias. E agora não haverá passeata? Não irão bater panelas nem piscar luzes em apartamentos?
Educação
O ministro da educação, Renato Janine Ribeiro – que não é político –, deveria ser mágico, pois querem que ele dê qualidade para o ensino no Brasil com menos dinheiro. Enquanto o governo continuar investindo dinheiro em universidades públicas, cujo acesso se dá em grande parte pelos filhos da elite, a situação tende a piorar. Na minha opinião, o estudo a partir da faculdade deveria ser pago. Quem realmente não puder arcar com os custos, ganha bolsa. Há muitas crianças estudando em escolas sem estruturas e até sem banheiro. E isso sem falar da qualidade da merenda.
Cabos subterrâneos
O que importa é se os moradores de Curitiba estão dispostos a pagar a mais para enterrar os cabos de luz e telefonia (Gazeta, 7/4). Ninguém apresentou essa conta ou disse se vai custar cem reais, mil reais ou R$ 10 mil por habitante. A experiência curitibana – de quem não quer pagar nem a calçada na frente de casa , que é uma obrigação do morador, mas ele acha que é a prefeitura que tem que fazer “de graça” – faz com que eu questione se um dia teremos cabos subterrâneos na cidade.
Estadistas 1
Estadistas são indivíduos que entraram na vida pública “por uma questão de princípio, por um senso de missão, e por um sentimento de dever.” O Brasil está precisando de pessoas assim (Gazeta, 7/4). E não se pode confundir essa figura com um messias, um salvador da pátria ou um estilo caudilho. Precisamos de políticos de estatura moral reconhecida, e que estejam dispostos a sacrifícios pessoais e eleitorais em nome do bem comum e das próximas gerações. A busca continua.
Estadistas 2
O editorial “Faltam estadistas” ataca o sintoma e não a doença. Não precisamos de estadistas. Precisamos de uma mudança cultural que nos faça enxergar que o Estado não é responsável pelas nossas vidas. Que esperar do Estado saúde ou educação, por exemplo, é dar um cheque em branco para burocratas. Precisamos arcar com as consequências de nossos atos e exigir que os outros arquem também. Mais liberdade e mais responsabilidade individual.