A decisão final do Supremo Tribunal Federal (STF) de vetar a doação de empresas para partidos e candidatos deverá prevalecer, mesmo com a PEC já aprovada pela Câmara e que se encontra à espera de votação no Senado. Os ministros do Supremo já falaram abertamente e reservadamente que a decisão do STF é final, e qualquer alteração será derrubada. Como o PT agora defende que as campanhas eleitorais sejam 100% financiadas por dinheiro público, já que os recursos desviados da Petrobras acabaram, será que os congressistas não irão aumentar mais os atuais R$ 867,56 milhões do Fundo Partidário, indo na contramão do esforço do governo para cobrir o déficit orçamentário?
Doações 2
A decisão do STF – já válida para 2016 – nega a candidatos e partidos a “benevolência” financeira das pessoas jurídicas. Esse tipo de “ajuda de custo” dos empresários, a realidade mostrou, segrega o poder em favor dos mais ricos. Entretanto, não se pode desafiar os potenciais funestos das pessoas no Brasil. A corrupção ganha novas formas, novas possibilidades de ação. A partir de agora, os corruptos vão buscar gargalos para não perder a fonte criminosa que suplanta o interesse público.
Crise 1
O que eu acho curioso nas crises é que só os trabalhadores da iniciativa privada é que são penalizados. Aceitam redução de salários, têm os salários suspensos , são demitidos. Crise, então, é sinônimo de arrecadação menor. Assim, o governo, arrecadando menos, na prática tem menos dinheiro para gastar. Acho que seria justíssimo que o funcionalismo público também experimentasse tais privações. Eu me sentiria superaliviada vendo um ministro do Supremo, um congressista e a própria alta cúpula do país, entre outros, terem seus vencimentos reduzidos. Isso eu chamo de justiça social.
Crise 2
Tem saída para a crise ,sim: basta cortar gastos em patamares superiores a R$ 30 bilhões e fecharemos 2016 no superávit. Mas não será este governo corrupto que fará isso, pois perderá a sua frágil base de apoio. O duro é ver Renan Calheiros, Eduardo Cunha e companhia fazendo média de salvadores da pátria. A mesma receita vale para o nosso governador.
Cleptocracia
O nome é lindo; o efeito, devastador! Seu significado se estende: é algo funesto, triste e deletério! E o mais doloroso: alguém lá de cima, de credibilidade ímpar, afiança estarmos nisso ou caminhando para isso. Valha-nos, Deus!
Jogos de azar
Quando começo a ter a esperança de que algo pode mudar, com a prisão de presidentes de empreiteiras e políticos que até então se imaginavam imunes a investigações, vejo que o país ainda está longe de encontrar o caminho certo. Aqui, do dia para a noite as regras do jogo mudam. Os chamados jogos de azar, proibidos pela lei, mas presentes em todo lugar e na internet, agora podem deixar de ser “coisa do mal” e se tornar a esperança de arrecadação de mais dinheiro para tapar buracos na economia.
Extintores
Nesse caso dos extintores que não são mais obrigatórios em carros e caminhonetes, o governo fez o povo brasileiro de palhaço. Muitas pessoas compraram esse extintor com medo de faltar no mercado brasileiro porque era obrigatório, e para não se sujeitar à multa de R$ 127,69 e aos cinco pontos na habilitação. O governo vai ressarcir o dinheiro ao povo?
Trânsito
Vemos toda semana notícias sobre mudanças no trânsito objetivando segurança. Trânsito é algo complexo. Não se resolve com duas ou três medidas, como redução de velocidade e proibições. Medidas para agilizar os fluxos também produzem segurança – além de outros motivos, porque reduzem o estresse dos motoristas. O sistema de binários é um exemplo. Há várias regiões onde ele deveria ser implantado, como a Erasto Gaertner, que faz anos deveria ser sentido único, fazendo binário com a Nicarágua. Curitiba, que sempre inovou, hoje copia soluções meia-sola de outras cidades.
Área Calma
O artigo do prefeito de Curitiba (Gazeta, 20/9) mostra as ações que estão sendo tomadas pela gestão municipal com o objetivo de dar mais espaço ao pedestre e ao ciclista. Apoio a iniciativa municipal. É muito importante que o Centro da cidade seja mais amistoso para o pedestre e o ciclista; certamente é um desafio que tem de ser encarado com muita coragem para transformar uma cidade que sempre favoreceu e deu privilégios ao carro.
CPMF
O povo brasileiro continua indignado com o disparate que é ressuscitar a CPMF. Já temos impostos demais e não recebemos de volta o benefício que deveríamos receber pelo que pagamos. A CPMF já foi uma grande roubalheira no passado e o Congresso conseguiu extingui-la; agora, vem a presidente querendo sua volta para tentar encobrir seu despreparo e sua incompetência administrativa. Ela diminuiu os ministérios e cortou comissionados, como prometeu? Ela não mexe em nada no Planalto, e quer mexer no meu e no seu bolso.