Nenhum país é uma ilha, temos de importar os produtos que não temos competência ou condições para produzir, como o trigo: por restrições climáticas, nossa produção de trigo jamais chegou à autossuficiência e temos de importar. Mas, com o dólar caro, haverá efeito cascata em toda a cadeia, e existem vários outros exemplos.
Dólar 2
Dólar alto é bom para exportadores da agroindústria e para a indústria nacional, pois as importações serão mais onerosas. Também o turismo nacional ganha muito.
UPAs
Aqui em Santa Catarina, a situação das UPAs é um pouco diferente da de Curitiba (Gazeta, 19/9), principalmente no Litoral: a pessoa chega à unidade de saúde, faz uma triagem e demora uns dois ou três minutos pra ser chamada à sala do médico. No Samu, a pessoa chama a ambulância e em questão de três ou cinco minutos ela está na porta. Mas, se depender dos hospitais catarinenses, a pessoa morre à espera de uma consulta, até mesmo se for urgência ou emergência.
Crise
Oportuno e bem colocado o comentário de Iria de Sá Dodde (Gazeta, 23/9). Vivemos num país em que os funcionários públicos, em função de sua forte mobilização, de seus sindicatos e de seu corporativismo, conseguiram benefícios – garantidos por lei, é verdade – que os colocam como uma classe privilegiada que vive acima dos riscos do mercado e das incertezas da economia. Pouco importa se a economia vai mal, ou se o governo, por sua incompetência, quebra a nação. A irredutibilidade de vencimentos, a estabilidade no emprego, a isonomia dos salários e a indexação ao salario de juízes, promotores, deputados, etc. acaba por assegurar empregos em que não se exige contrapartida de eficiência e produtividade.
Pais e filhos
Pode ser exagero, falta de tempo, falta de interesse dos pais. Mas se houve a necessidade de haver um projeto de lei para que os pais compareçam às escolas para saber da vida escolar dos filhos é porque realmente a situação está péssima entre escola e pais. Imagine entre filhos e pais: relação praticamente inexistente. Poderia haver um consenso entre os horários para que pais fossem à escola para saber como estão o comportamento e as atitudes dos filhos.
Mercado imobiliáro
A exploração imobiliária já é desenfreada há muitos anos, com preços cada vez mais escandalosamente altíssimos por metro quadrado, independentemente da região e bairro.
Pedágio
Discutir “renovação de contrato” com seis anos de antecedência? Renovar contrato com concessionária que teria de duplicar 170 km e duplicou somente 20 km em 24 anos? Isso é uma palhaçada!
Carroças 1
Uma das melhores e mais sensatas leis que já vi. Chega de explorar a força animal, ainda mais em condições de maus tratos. Máquinas existem para isso. O poder público que providencie carrinhos movidos a bicicleta (já que Curitiba almeja o status de “Amsterdam das Américas”).
Carroças 2
Vai tirar o sustento de uma família que depende daquilo. Em troca vai dar o quê? Bolsa família? Emprego? É fácil aprovar, mas viva um dia na pele deles.
Lava Jato
Qual o real significado da condenação pela Justiça brasileira, pela segunda vez, do tesoureiro de um partido? Significa que a Justiça erra e condena inocentes sem provas concretas? Ou significa que o partido, como um todo, vem errando e cometendo desatinos em busca do poder total, da justiça pelas próprias mãos? E, se o tesoureiro é inocente, os outros caciques envolvidos na mesma trama desonesta também seriam? Prefiro continuar acreditando na Justiça.
CPMF
Bem argumentado o artigo “Quatro truques sobre a CPMF” (Gazeta, 22/9). E adicionalmente há um quinto elemento: o do mecanismo do cabresto, de aceitar a eterna ineficiência da União, através de “soluções” oriundas do fraterno esforço da sociedade. Há quem irresponsavelmente diga que a contribuição é irrisória. Mas, com um pouco de matemática básica, é evidente que é cumulativa, unilateral e significativa, porque magicamente centavos que doamos, reunidos aos milhões de operações que fazemos diariamente, tapam despesa infinita do Estado.
Dia da Árvore
Era por volta das 8 horas da manhã; tinha acabado de levantar quando, de repente, um som de motosserras vindo do condomínio ao lado chamou-me atenção. Em pleno Dia da Árvore, funcionários de uma empresa terceirizada de corte e podas de árvores, munidos de motosserras, davam fim a várias araucárias de grande porte no Tatuquara, inclusive uma majestosa, que dava o ar de enfeite, de graça e sabedoria ambiental; nossa árvore símbolo do Paraná era assassinada cruelmente pelas mãos dos mercenários da motosserra. Foram uns sete pinheiros, que por muitas décadas ali estavam, e em poucos minutos eram só troncos caídos ao chão, como soldados do bem abatidos numa cruel guerra contra a natureza.
Greve
E a greve no INSS ainda continua? Quando é que alguém vai se pronunciar a respeito dos malefícios que essa paralisação vem causando a milhões de brasileiros que precisam de atendimento?
Extintor
O governo brasileiro não tem planejamento algum. Como diria o saudoso Belmiro Valverde Jobim Castor, “o Brasil não é para amadores”. O único Amador que deu certo por aqui foi o Aguiar, fundador do Bradesco. Veja o que aconteceu com os extintores de incêndio obrigatórios nos automóveis: depois de alterar a capacidade do utensílio, aumentando-a, o governo extinguiu a sua obrigatoriedade. Mas alguém ganhou muito dinheiro com isso, assim como no caso dos estojos de primeiros socorros que, na opinião de um ortopedista especializado em traumatologia de urgência, era utilíssimo – para a mãe que levava uma criança ao parquinho. Recentemente, o governo determinou a mudança no padrão das tomadas elétricas, adotando um modelo raro no mundo. Como os Jogos Olímpicos vêm aí, vai aumentar a venda de adaptadores, pois todo mundo vai trazer seus eletrônicos. Alguém ganhou muito dinheiro com essa mudança. E vai continuar ganhando.
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