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Coluna do leitor

É melhor esquecer

Quando candidato, o presidente Lula cogitou cobrar 50% de Imposto de Renda de quem ganha mais de R$ 300.000,00, o que me pareceu inteligente, copiar o que era feito nas décadas de 60/70 e parte da de 80. Ao descobrir que ele também iria pagar "tudo isto" resolveu esquecer. Como sempre, político é muito esquecido. Mais recentemente, resolveu acabar com a pobreza no mundo sugerindo a cobrança de U$S 2 sobre as passagens aéreas para o exterior. Vimos, então, o jogador Ronaldinho deslocar-se para a concentração da seleção brasileira, com jatinho fretado. Concluímos: o cidadão brasileiro que vai ou manda seus filhos para estudar no exterior, por falta de investimentos do governo brasileiro no ensino, paga; o brasileiro que vai em busca de trabalho, pois o governo brasileiro não lhe dá esta oportunidade, paga; e os milionários, que fretam jatinhos, banqueiros, multinacionais e ricos em geral, que possuem aviões particulares, não pagam. E assim vamos acabar com a fome no mundo.

Antonio Carlos WanderleyCuritiba, PR

Rota tropeira

No mesmo momento em que a Rede Globo de Televisão conclui as filmagens para a série que vai ao ar em julho, pelo programa Globo Rural, a qual dá o destaque merecido para o Paraná, foi anunciado o resultado da consultoria encomendada pelo Ministério do Turismo relativa ao trecho paranaense do histórico Caminho dos Tropeiros. Os municípios de Castro, Tibagi e Ponta Grossa foram selecionados como símbolos para vender, internacionalmente, esse importante produto turístico que vem se destacando cada vez mais na Região dos Campos Gerais. Dê parabéns ao Paraná, aos Campos Gerais e, em especial, a Castro, que há muitos anos mantém o mais completo Museu do Tropeiro do Brasil. Razão pela qual escolhemos o municipío para ser sede do Ciet (Centro Internacional de Estudos do Tropeirismo), entidade que trará definitivamente o resgate da figura do tropeiro como uma das mais fortes do Brasil e Cone Sul das Américas.

Márcio Assad, coordenador do CietCastro, PR

Acima de 40

Há lei, para empresas de determinado porte para cima, que devem contratar deficientes físicos. Só não há lei para que essas contratem pessoas acima de 40, 50, 60 anos. Poderia-se até prever um desconto progressivo no Imposto de Renda, ISS, ICMS etc., de acordo com a faixa etária e a quantidade que essas empresas contratassem. Poderia fixar-se um número de contratados, de acordo com o porte da empresa, para não prejudicar as outras faixas etárias. Os aposentados com renda insuficiente poderiam ser contratados anualmente, bianualmente etc. Pessoas na faixa etária dos 40, 50, 60 anos que, por um motivo ou outro, não puderam contribuir para aposentar-se antes e que teriam que esperar até os 65 anos para consegui-lo seriam beneficiados, promovendo-se justiça social na forma de emprego, dignificando-os, melhorando a auto-estima desse pessoal, que também merece viver melhor, mais feliz. Desta gente, deste povo que passa por dificuldades, muitas vezes ganhando menos que o salário mínimo. Pessoas que muito ajudaram a suas famílias, à sociedade, que contribuíram para dar estrutura educacional, familiar e financeira aos mais novos, teriam como progredir em todos os aspectos. Com vontade política, isso é possível.

Eleutério AndreoliCuritiba, PR

Ganhando e gastando

Pouco tempo atrás, quando o preço da soja no mercado externo e o dólar estavam nas alturas, os grandes produtores fizeram a festa ganhando e gastando muito dinheiro. Exportavam toda a soja. As indústrias esmagadoras do grão do país penavam para conseguir comprar matéria-prima. O preço do óleo de soja subiu e o produto virou vilão, puxando a inflação para cima. Os produtores não se preocuparam em nenhum momento com essa situação. Só pensaram nos seus altos ganhos. A soja é só um exemplo. Agora, a situação mudou. Naquela época, muitos já previam que a euforia seria momentânea. Então a realidade de hoje não é uma surpresa. Pagamos o mico naquela época e agora vemos o governo, emprestando nosso dinheiro a desprivilegiada classe dos grandes produtores, a juros bem baixinhos e com um bom prazo.

Dorival Munhoz JuniorCuritiba, PR

Igreja calou

Numa recente visita a Auschwitz, o Papa Bento teria indagado: "Por que Tu, ó Deus, ficaste em silêncio quando estas coisas aconteceram?" E exclamado: "Não permita mais que elas aconteçam!". Pessoalmente, não acredito que foi Deus quem se calou. A Igreja se calou. E muito menos acho que a responsabilidade de evitar que isso aconteça novamente é Dele. Essa responsabilidade é nossa, do ser humano, da Igreja.

Uipirangi Câmara, professor de TeologiaCuritiba, PR

Corrupção

Acredito que o povo esperava por uma atitude mais enérgica da Corregedoria da Câmara com relação ao escândalo das ambulâncias. As evidências não deixam dúvidas quanto as falcatruas feitas e o envolvimento de alguns deputados. A Câmara Federal mostra fraqueza e titubeia para tomar providências. A corrupção aumenta, e poucos parlamentares escapam de ter seus nomes envolvidos. O pior é que a maioria tentará se reeleger nas próximas eleições.

Reinaldo PereiraCuritiba, PR

Decisões urgentes

Certamente o futuro de qualquer jovem adolescente passa pela educação, mas enganam-se os políticos demagogos que procuram se promover com esse discurso. Nosso país necessita, urgentemente, de mais empregos de maior tecnologia, industrialização e valorização de cada profissional de terceiro grau ou especializado, com leis que empreguem profissionais com formação especializada e com pisos salariais justos. Atualmente, o que vemos são salários miseráveis. Milhares de jovens formados estão se sujeitando a trabalhar por valores irrisórios (indigno de ser chamado salário), para tentar conquistar seu espaço na sociedade. Chega de demagogia. Vamos acabar com a informalidade, o subemprego, o nepotismo, apadrinhamento etc. Só tem um caminho, a médio e longo prazo, para melhorar as condições de vida do nosso povo: mais política e menos politicagem. Atitudes enérgicas, rápidas e dignas que resultem na baixa de tributos e juros, gerando incentivo à produção, combinado com o combate à informalidade, e educação à população jovem. Vamos dar um basta à disputa pelo poder, firmando um acordo e uma agenda de trabalho para tirar nosso país desse marasmo.

Pedro Ceccon, aposentadoPiraquara, PR

Autoridades

Francamente, não entendo que moral têm os senhores deputados federais em dar voz de prisão àquele advogado do PCC. Ele nada mais disse o que todo o povo brasileiro pensa dos atuais parlamentares. É praticamente a mesma opinião de nosso presidente, que fez escola tempos atrás: "São quinhentos picaretas com anel de doutor". Se nem o chefe da nação, quando deputado, os respeitou, por que havemos de dar esse respeito a pessoas como Ângela Guadagmin, que dança em plenário comemorando a absolvição de um verdadeiro marginal, e a criminosos confessos, como os deputados que receberam dinheiro para o caixa 2? Como respeitar isso? A decepção com o parlamento brasileiro é enorme.

Jorge Derviche Filho, engenheiro civilCuritiba, PR

Lugares preferenciais

Todo dia, quando pego o ônibus para trabalhar, fico indignado com situações presenciadas, o descaso dos indivíduos para com os deficientes físicos, idosos, gestantes e pessoas com crianças de colo; algumas segurando-se, já com pouca força, ou com seus filhos no colo, ou com muletas etc. Muitos desses indivíduos – principalmente jovens e estudantes – fingem dormir ou não perceber, para não ceder o lugar. Certo dia, vi uma senhora entrar no ônibus e ficar próxima a um desses bancos preferenciais, mas ninguém lhe cedeu o lugar. Uma outra senhora, também com uma certa idade, cedeu o lugar. Será que as indicações nos ônibus devem ser maiores ou mais chamativas para despertar a atenção dos indivíduos a serem mais gentis?

Inévio Ângelo Alquieri, bombeiro militarCuritiba, PR

Árvores

Tenho notado que, em vários pontos da cidade, árvores foram cortadas, coincidentemente defronte a estabelecimentos comerciais recém-inaugurados, em via de inauguração ou reformados. Tem-se a impressão de que as árvores foram sacrificadas para que haja mais visibilidade da fachada dos referidos estabelecimentos. Examinando-se o toco que restou, não se observam indícios de problemas que indicassem a derrubada.

Antonio Rodrigues Silva Curitiba, PR

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