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coluna do leitor

Emendas parlamentares 1

É incrível como os deputados não pensam no povo paranaense. Eles sabem que a situação econômica não é das melhores e, ainda assim, querem R$ 8 milhões em emendas - para cada um deles - à disposição neste ano (Gazeta, 25/2). Por que os nobres parlamentares não pensam em leis que diminuam os impostos do diesel e dos alimentos?

Emendas parlamentares 2

Funciona mais ou menos assim: os deputados dizem ao governo que o pacotaço só passa na Assembleia se for aprovado o orçamento impositivo. Eles querem mais verbas para manter seus currais eleitorais. Essa é a política nacional. Em dezembro, aconteceu o mesmo em Brasília, quando os nobres parlamentares aprovaram o pacote de maldades da presidente Dilma Rousseff em troca de mais de emendas.

Auxílio-moradia 1

Em relação ao artigo “Os promotores são mesmo os únicos culpados?” (Gazeta, 25/2), vivemos em um país onde a maioria das pessoas sobrevive com R$ 780 - até menos - por mês, em que os serviços públicos mais básicos estão à beira do colapso, e onde 70% dos funcionários públicos ganham valores bem menores do que um “auxílio-moradia”. Se do ponto de vista legal não há nada de errado com o benefício, pelo menos esse privilégio deveria ser analisado sob a ótica da realidade dos demais brasileiros.

Auxílio-moradia 2

O editorial “Auxílio-moradia para o TCE” (Gazeta, 24/2) retrata com profundidade, e de forma corajosa, uma verdade que bate no coração do povo. Ele levou um “tapa na cara” com essa atitude absurda que promove a separação de classes e profissões. O ordenado pago a uma pessoa destina-se à sobrevivência dela e de sua família e para cobrir os gastos com alimentação, vestuário, escola, saúde, lazer, aluguel ou prestação de um imóvel residencial. Isso vale para todos. Os funcionários públicos, cujos salários são mais altos do que os do restante da população, acreditam que as suas profissões são diferenciadas. E, mesmo que fossem, não há razão para que recebam benesses como auxílio-moradia. Note-se que o salário mínimo no Brasil não chega a R$ 800.

Greve dos professores 1

Tenho uma ideia - que pode parecer simplista ou irreal - para resolver o problema dos professores: todos os filhos de nossos ilustres “representantes” públicos deveriam, obrigatoriamente, estudar em escolas e instituições públicas. Dessa forma, quem sabe, conseguiriam enxergar a verdadeira condição em que se encontram as instalações e remunerar, dignamente, os profissionais que orientam as futuras gerações.

Greve dos professores 2

Os professores estão mobilizados. A Praça Nossa Senhora de Salete virou acampamento dos que lutam pela educação. Curioso é notar que o protesto tomou força apenas quando o governo do Paraná, para arrumar as contas do estado, tentou retirar vantagens da remuneração e ganhos extraordinários da categoria. É notável também que, na luta por seus “direitos”, não haja respeito pelos alunos; eles estão sem aula e terão comprometido o ano de aprendizagem. Há muito tempo temos notado a degradação da educação pública, mas esse movimento mostra que a preocupação - acima da qualidade do ensino - é com o próprio bolso.

Greve dos professores 3

A vocês, queridos mestres e professores, meus sinceros agradecimentos. Ensinaram-me muito, e também aos meus filhos e a tantos outros. Vocês são heróis. Sinto muito pela forma como são tratados e pelas nossas escolas estarem sucateadas. O país vai mudar somente no dia que o filho de um político tiver que estudar em escola pública e ser atendido pelo SUS.

Rebaixamento da Petrobras

O rebaixamento da Petrobras pela agência de classificação de risco Moody’s (Gazeta, 25/2), embora caia como mais uma “bomba”, já era esperado. O ministro Joaquim Levy tratou do assunto com a Moody’s na semana passada, em Nova York. A consultoria foi taxativa ao afirmar que já vinha adiando o anúncio desde janeiro. Portanto, não há nenhuma má vontade yanke. Para variar, nós é que estamos recalcitrando em “não fazer a lição de casa”, com o país mergulhado em descontrole fiscal, orçamentário e inflacionário.

Diplomacia

A recusa da presidente Dilma Rousseff em receber a credencial do novo embaixador da Indonésia no Brasil, Toto Riyanto, pode ter tirado a chance do brasileiro Rodrigo Gularte, condenado à morte por tráfico de drogas, não ser executado. Pode ter sido um tiro no pé. Já vi situações que eram desfavoráveis, mas - com o uso da humildade - se tornarem favoráveis.

Coluna do Leitor 1

Um leitor comentou na Coluna do Leitor (Gazeta, 25/2) sobre o fator previdenciário e sugere que as pensões vitalícias para filhas de militares sejam extintas. Talvez o prezado leitor não tenha conhecimento de que os militares recolhem uma parcela específica durante toda a vida para esse fim. Atualmente, inclusive, logo que deixam de ser aspirantes a oficial e passam a segundo tenente – mesmo os solteiros - precisam optar e decidir se querem recolher essa parcela para um dia deixarem pensão para suas filhas, mesmo sem a certeza de que um dia terão filhas mulheres. Caso não as tenham, o recolhimento não pode ser interrompido e o valor arrecadado ficará para a União. Portanto, nada comparável às pensões e aposentadorias de juízes e, pior ainda, de políticos – por mais que não queiramos fazer juízo de valor.

Coluna do Leitor 2

Sobre o comentário de Carlos Freitas publicado na Coluna do Leitor (Gazeta, 25/2), concordo com o parecer sobre as mudanças de regras em vários assuntos financeiros, mas gostaria de esclarecer que os militares, a partir do segundo ano de profissionalismo, passam a contribuir para o Fundo do Exército. O recolhimento é para a formação de uma previdência própria para a sua aposentadoria, e há contribuição mesmo depois de sua passagem para a reserva remunerada. Para que as filhas recebam a pensão, depois de seu falecimento, recolhe-se 7% de seu soldo. Esse valor é para complementar a formação da previdência, sendo essa contribuição voluntária. Sem ela, não há habilitação às filhas.

Greve dos caminhoneiros 1

O que os caminhoneiros pensam é o mesmo que nós: que o governo federal aumentou os impostos e fez ajustes em direitos trabalhistas para pagar o rombo das contas públicas e da Petrobras. Mas o reajuste do frete vai ser repassado para o produto final. Todos nós vamos pagar a conta, até os caminhoneiros.

Greve dos caminhoneiros 2

Pior ainda é escutar o secretário-geral da Presidência falar que não está em cogitação diminuir o preço do diesel. Se já não bastasse o absurdo de manter artificialmente o preço desse combustível tabelado, agora eles vão discutir o tabelamento do frete. Não aprendemos com a década de 1980 que a indexação de preços nos leva ao caos? Alguém quer passar por aquilo novamente? Por que não pedem menos impostos, taxas e tributos? Menos empresas públicas? Mais liberdade social e econômica?

Desmatamento

É uma vergonha desmatarem uma área grande dentro da cidade de Irati (Gazeta, 25/2), no Centro-Sul do Paraná. Áreas verdes trazem mais chuva e purificam o ar. Para muitas pessoas, porém, o dinheiro fala mais alto. O futuro se encarrega de cobrar esses desmandos.

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