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Muito oportuno e bem fundamentado o artigo do dr. Miguel Ibraim Abboud Hanna Sobrinho (Gazeta, 17/12). Quando formandos de medicina adotam um comportamento como o registrado na UEL fica evidente que faltam alguns princípios essenciais para que estas pessoas estejam aptas ao exercício profissional. A Sociedade Brasileira de História da Medicina vem insistindo na imperiosa necessidade de uma disciplina de História da Medicina, que daria um suporte para a formação médica. Foi-se o tempo em que a medicina era considerada um sacerdócio: os médicos visitavam doentes em casa e recebiam frangos e cestas de frutas à guisa de remuneração. Embora estas posturas não existam nos dias de hoje, o relacionamento médico-paciente deve ser muito atencioso para que o doente tenha confiança no profissional e fique à vontade na busca de alívio ou de solução para seus males. Na Faculdade Evangélica de Medicina, dr. Daniel Egg presenteava os formandos com uma Bíblia e dizia que os médicos deixavam a faculdade com o diploma em uma das mãos e a Bíblia na outra. Como a tendência atual é para se privilegiar o ensino laico, esta prática não pode ser generalizada, mas a leitura de textos de conteúdo filosófico e o cultivo da bondade e do amor ao próximo são fundamentais para os médicos. Não é por acaso que o patrono dos médicos é São Lucas.

Clotilde de Lourdes Branco Germiniani, professora, Curitiba – PR

Licitação

A licitação pode não melhorar a condição de transporte coletivo da cidade, mas se os critérios licitatórios abrangerem ou exigirem a demonstração de idoneidade das empresas para concorrer, isso poderá moralizar o negócio. Haja vista que se não tem Certidão Negativa de Débito (deve à União, estado ou município), fica fora da licitação. Isso é democrático e respeita a cidadania de outrem.

Davi de Oliveira, por e-mail

Reeleição 1

Eu sou contra a reeleição no Executivo. Acredito que o mandato deveria ser de 6 anos, sem direito à reeleição. O mandato de quatro anos gera o primeiro ano para "acertar as coisas"; o segundo e terceiro para "fazer as coisas" e o quarto ano para a campanha eleitoral. Portanto, metade da gestão é ineficiente. Em um mandato de seis anos, teríamos quatro anos para "fazer as coisas". Com reeleição, o agente público trabalha no primeiro mandato para não fazer nada no segundo.

Augustinho Chezanoski, por e-mail

Reeleição 2

Sou contra qualquer reeleição – seja para prefeito, governador, presidente e principalmente para vereador. Sou a favor de um mandato de cinco anos. A reeleição deixa os políticos mal-acostumados. Sem reeleição, eles têm obrigação de trabalhar pela sua cidade. Os vereadores acham que a câmara é cabide de emprego, ficam a vida inteira se reelegendo. Devemos eleger pessoas para fazer uma boa administração e não politicagem.

Marzi Milléo Scorsim, Pirai do Sul – PR

Projeto Povo 1

O Projeto Povo é uma boa filosofia, mas não é capaz de apagar da memória da população toda má impressão que as ações mal coordenadas, condutas inapropriadas e casos de corrupção envolvendo a Polícia Militar causaram no subconsciente das pessoas. Toda mudança tem um começo, e que este projeto seja o início de uma nova relação entre polícia e população, onde a credibilidade e confiança façam parte dos valores empregados nesta união.

Rodrigo Moritz Britez, Curitiba – PR

Projeto Povo 2

O bairro Jardim das Américas é exceção. Lá o Projeto Povo funciona. E funciona muito bem.

Filipi Oliveira, Curitiba – PR

Editorial

Esclarecedor o editorial "Ofensa à democracia" (Gazeta, 17/12). Em um país como este, onde reina a desigualdade social, isso realmente é imoral. Pena que de nada adiantem os protestos contrários, pois sabemos que o que "eles" decidem será feito e pronto. Viva a democracia.

Fabiano dos Anjos, por e-mail

Mais vereadores 1

Certas propostas da classe política de meu país causam-me indignação. Por que os políticos não propõem uma redução do número de vereadores em todo o Brasil? Teríamos economia de despesas com mobiliário, equipamentos, assessores, mordomias etc. Maior número de vereadores de maneira nenhuma implicará na melhor atuação de nossas câmaras de vereadores.

Cezar Paes Mocellin, por e-mail

Mais vereadores 2

Enquanto vemos o Congresso Nacional se mobilizando para aprovar 7 mil novos cargos de vereador Brasil afora (Gazeta, 17/12), aumentando a rede de apaniguados sustentados com o nosso dinheiro, o INSS efetuará desconto nas aposentadorias dos nossos heróis de guerra com a finalidade de reaver pagamento a maior feito a partir de 1971. Brasil, o país do absurdo.

Wilson Leonardo Doris, Curitiba – PR

Pracinhas 1

É um absurdo o INSS querer reduzir a aposentadoria dos pracinhas que defenderam o Brasil na Itália "Pracinhas terão redução no valor de aposentadorias" (Gazeta, 16/12). É inadmissível saber que quem defendeu o país em situação de conflito, agora no fim da vida, passa por uma situação terrível. Tanto dinheiro é jogado pelo ralo da corrupção e quem precisa acaba prejudicado.

Antônio Carlos Borges, por e-mail

Pracinhas 2

Isto é um abuso. Verdadeiros heróis da nossa história são tratados desse jeito. Infelizmente vereadores, deputados, senadores e até presidentes têm um salário astronômico e os nossos heróis de guerra são tratados dessa forma.

Rivelino Régines Candido, por e-mail

Pracinhas 3

Causou estranheza e revolta dos leitores a notícia que os pracinhas brasileiros que combateram na Itália durante a 2ª Guerra Mundial recebam um salário e meio de pensão, sujeito ainda a redução (Gazeta, 16/12). Tal informação carece de pesquisa, pois após as lutas encetadas pelas diversas associações de ex-combatentes, ainda no pós-guerra e a partir da lei nº 8.259 de 4 de julho de 1990, independentemente do veterano ter sido soldado ou oficial na guerra, todos recebem uma pensão equivalente ao posto de 2º tenente, ou seja, perto de R$ 4.440,00. Existem outras modalidades de ex-combatentes, bem como outros tipos de serviços prestados durante a guerra.

Carmen Lúcia Rigoni, Curitiba – PR

Pracinhas 4

No mínimo vergonhosa a redução da aposentadoria dos ex-combatentes. Quem arriscou a vida em uma guerra deveria ter um tratamento melhor. A correção pode ser legal e tecnicamente correta, mas está longe de ser justa e moral. Não tenho como ajudá-los, porém gostaria de deixar registrada minha solidariedade.

Marcelo Kubis, por e-mail

Desvio de doações 1

Vergonha foi o que eu senti ao saber que voluntários e militares furtaram objetos doados às vítimas das enchentes de Santa Catarina "Militares furtam objetos doados" (Gazeta, 16/12). Estes saqueadores têm de ser punidos e presos.

Mauricio Busato Ribeiro, por e-mail

Desvio de doações 2

Deterioram-se a ética e a moral na sociedade. Nos deslizes dos militares já antevemos não uma correção, mas a consumação de uma nova injustiça. O produto das doações, decorridos tantas semanas, está acumulado nos depósitos. Os civis, servidores ou voluntários, nesse quadro de degradação, certamente abusaram do direito de se apropriarem daquilo que a cobiça os induziu. Os militares, credores do grande esforço do salvamento, foram induzidos a imitá-los, quando nada pelo mau exemplo dado pelos civis, presumivelmente achando normal aquele comportamento. A injustiça vem nas conseqüências. Os civis malfeitores seguramente não serão punidos, porque a execução da lei não tem vigor para atingi-los. Como não são atingidos os atores dos grandes escândalos. Os militares, com culpa menor, vão sofrer todo o rigor dos regulamentos militares, com punições e possivelmente ter sua vida e profissão arrasadas. Não sou militar nem militarista.

Waldir Simões de Assis, por e-mail

Balneabilidade

Cumprimento-os pela reportagem "Análises mais rápidas e precisas" (Gazeta, 16/12) sobre balneabilidade em nosso litoral. Parabéns.

Fernando Dalla Vecchia Ribas, por e-mail

Ação da PM

Parabéns à valorosa Polícia Militar do Paraná, que agiu corretamente ao coibir a balburdia em uma festa de aniversário (Gazeta, 15/12). Quem quer explodir os tímpanos que o faça sem atingir a privacidade dos vizinhos. Ninguém é obrigado a ser torturado, horas e mais horas, com som alto. Por isto a lei deve estar em primeiro lugar, sendo respeitada e cumprida.

Ibere Heyse, por e-mail

Seguro-seqüestro

O seguro-sequestro só servirá para as seguradoras aumentarem a renda (Gazeta, 16/12), pois com certeza haverá regras e cláusulas bem complexas com minúsculas letras. Os mais abastados que se cuidem.

Mário Sérgio Machado, por e-mail

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