Durante anos o Estado foi um fim em si mesmo. Obras mal-feitas e serviços de qualidade deplorável serviam como justificativa para o inchaço da máquina pública e a autoconcessão de salários cada vez mais generosos aos “gestores”. Quando o dinheiro acabava, primeiro aumentava-se a carga tributária, depois partiam para a explosão da dívida pública. Chegamos ao limite; a economia implodiu e a obscenidade reinante no poder publico foi exposta. Agora, ou o Estado reduz a si mesmo, corta na carne, ou a economia inevitavelmente continuará a afundar.
Ricardo Silva Pinto
Estado 2
O editorial (Gazeta, 14/2) discorre sobre os erros do nosso modelo de Estado, mas se equivoca ao apontar o modelo de diminuição da máquina pública como a solução para o aumento da renda da população: os países escandinavos, campeões de desenvolvimento, têm Estados atuantes e de alta carga tributária, revertida para o bem-estar dos cidadãos. Urge reformular nosso modelo, tornando-o eficiente, honesto e voltado para esse fim.
Roberto Rocha
Lava Jato
Mais que surpresa, causou-me preocupação a saída do delegado Márcio Anselmo dos trabalhos da Lava Jato. Justo ele, que cuidava de todos os processos referentes ao ex-presidente Lula. Alegando estafa física e mental, preferiu pedir transferência para o Espírito Santo. Além disso, o juiz Marcelo Bretas, que cuida da Lava Jato no Rio, solicitou escolta e carro blindado, por ter sabido que pessoas tentaram se inteirar de sua rotina. É de se temer o fim dos trabalhos dessa operação.
Mara Montezuma Assaf
FGTS
Injetar dinheiro na economia sem uma verdadeira geração de renda não significa nada. A permissão de saque do FGTS é uma medida demagoga.
Benedito Aparecido Tuponi Junior
Apropriação cultural 1
A apropriação cultural é saudável, desde que sejam apropriados bons modelos. É ótimo quando a mulher muçulmana se apropria da liberdade da mulher ocidental, ou quando povos sob ditaduras se apropriam de valores democráticos. Vamos usar turbante baiano, bombacha gaúcha, chapéu de couro nordestino; somos todos brasileiros.
Ronaldo Moraes
Apropriação cultural 2
Falar em “apropriação cultural” não faz sentido e é coisa de gente ignorante. Não tem nem como levar essas ideias a sério. Isso não passa de ódio e ressentimento de uma meia dúzia que luta contra o inimigo errado. Antes essa galerinha ressentida se limitava à internet e a seus grupinhos de amigos do DCE, mas agora estão saindo para praticar esse ódio nas ruas. Precisamos fazer algo.
Bruno Hamerschmitt Gulin