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Coluna do leitor

Factóides

A Gazeta do Povo, em sua edição de 30/9, trata de factóides na política. Depois de demonstrar que a criação de factóides e denúncias vazias é a principal, senão a única, atividade política do governador Roberto Requião, o jornal investe na tese de que essa prática também é utilizada pela oposição na Assembléia. Ora, a oposição não lança mão desse tipo de artifício. São tantas as denúncias e os escândalos autênticos, envolvendo corrupção e incompetência que esse governo fornece diariamente que ninguém precisa inventar nada. A Gazeta tratou como factóides ou denúncias vazias escândalos gravíssimos. O caso das televisões cor de laranja, por exemplo. Outro exemplo de enfoque equivocado na matéria da Gazeta é a questão da Pavibrás (contratada para tocar obras de saneamento no litoral). Em qualquer lugar do mundo uma empresa que ganha uma licitação pública de R$ 69 milhões, embolsa R$ 113 milhões, cobra mais R$ 40 milhões na Justiça e ainda não concluiu a obra seria um escândalo gigantesco, não um factóide. Nivelar a oposição a esse governo é uma injustiça que só serve para acentuar a percepção, equivocada, que todos os políticos são iguais.

Valdir Rossoni, deputado estadual, líder da oposição na Assembléia

Nota da Redação

A reportagem não tratou do caso das televisões alaranjadas, compradas pela Secretaria da Educação, como denúncia vazia, mas abordou a informação, lançada pela oposição, de que os televisores não teriam entrada USB (para pen drive). Na verdade, eles estavam equipados com o dispositivo. Do mesmo modo, o caso da Pavibrás não foi tratado como factóide. A reportagem tratou da proposta da oposição de criar uma CPI para investigá-lo. A CPI nunca foi criada e a cobrança da oposição sobre o governo "esfriou". Além disso, as denúncias a respeito de irregularidades no seguro da obra da Pavibrás com a Sanepar até o momento não tiveram prosseguimento da parte dos oposicionistas.

Remédios

Reportagem da Gazeta do Povo informa que remédios para o coração e anticoncepcionais comprados em excesso pelo Ministério da Saúde estão indo para o lixo em Londrina, enquanto faltam muitos medicamentos essenciais. A Secretaria Municipal de Saúde alega não participar do planejamento da compra dos medicamentos. Fica então patente que é o centralismo crônico em Brasília a causa da gastança do erário público oriundo de nosso suado imposto. Urge municipalizar a gestão e não só as atribuições, afinal é localmente que as lideranças convivem com aspirações e necessidades básicas da população. Brasília, pensada como solução, se tornou para nós uma miragem como num interminável pesadelo. A realidade de nossa ilusão embala há décadas os sonhos dos políticos na distante Brás’Ilha da fantasia nacional lá realocados por JK.

Irineu Queiroz dos Santos, administrador de imóveisCuritiba – PR

Pelo povo

"Frase do deputado Max Rosenmann publicada na coluna de André Gonçalves: "O povo não sabe o que quer, enquanto nós não sabemos o que oferecer". O deputado deveria saber que o povo "sabe sim o que quer"; dos políticos o povo quer honestidade, decência, muito trabalho e vergonha na cara, enquanto os políticos deveriam oferecer ao povo brasileiro saúde, dignidade e segurança."

Murilo Lessa Ribeiro, empresárioCuritiba – PR

Som alto

Moro na Rua Herece Fernandes (Cidade Industrial). De uns tempos para cá, se tornou um inferno ficar em casa nos fins de semana, pois alguns indivíduos se reúnem na rua e com seus carros de sons potentes fazem a maior algazarra. Aumentam o volume ao máximo, a ponto de as pessoas dentro de casa não poderem nem sequer assistir uma tevê. Todos temos direitos, mas também temos deveres. E um deles é respeitar os vizinhos. Não adianta nada ligar para o 190 porque a polícia nunca aparece para resolver a questão. Som alto, drogas e arruaças até altas horas da noite e nós, moradores, não sabemos mais a quem recorrer. Será que existe algum órgão que possa punir ou coibir este tipo de ocorrência? Já tentamos de tudo, diálogo, bom senso e até oração. Tudo em vão.

Erasmo L. Andrade, vigilanteCuritiba – PR

Fidelidade partidária

O leitor lembra em quem votou nas últimas eleições? Provavelmente sim; e lembra o partido dos candidatos? Claro que não! No Brasil, nós nos identificamos com a pessoa dos candidatos: seu perfil, sua formação, suas idéias; sequer prestamos atenção ou damos importância ao partido. Entender que o mandato pertence ao partido e não ao candidato como fez o Tribunal Superior Eleitoral é fechar os olhos à realidade. Imagine que o partido do seu candidato resolve apoiar o aborto e você sabe que ele, assim como você, é radicalmente contra. O que ele deve fazer? Votar com a sua consciência, ou trair seus ideais e seus eleitores e votar com a "liderança" do partido? Não percebe o leitor que isso é um grande golpe, que visa concentrar poderes nas mãos dos caciques da política nacional? Levemos a questão da liderança ao extremo: qual é a mais importante e poderosa corte legislativa do país? O Congresso Nacional. Quem é seu presidente e, portanto, líder máximo?

Gabriel Braga FarhatCuritiba – PR

Descaso

Depois de muito tempo e muita luta, conseguimos que a disciplina de Sociologia fosse incluída no currículo dos alunos do ensino médio. Com tristeza, vejo no Paraná um total descaso da Secretaria da Educação com a disciplina que vem sendo lecionada por professores de Artes, Matemática, Química, Português e outras enquanto 150 aprovados no concurso público de 2004 até hoje foram ignorados nas chamadas públicas feita pelo governo estadual.

José A. OliveiraCuritiba – PR

CPI

Li que estão a coletar assinaturas para criação de uma CPI no Futebol, com idéia de fiscalizar as transações de jogadores para fora do país. Parece que os políticos não têm o que fazer. Deveriam fiscalizar o dinheiro público que é desviado em diversos setores. Vão chamar diretores, técnicos e outros novamente para depor, e aí sabem que desviam a atenção, pois nosso povo gosta do esporte. Políticos, cumpram o que prometeram e deixem de falsidades.

Acácio LeiteIrati – PR

Aquecimento global

Falar do aquecimento global virou moda. Contudo, fala-se do tema com um enfoque em que predomina uma visão de que os seres humanos vieram ao planeta apenas com a intenção de destruí-lo. Não. A sociedade busca suprir suas necessidades a partir da utilização dos recursos naturais. Evidentemente que nesse processo pode intervir negativamente na natureza, acentuando processos naturais como o aquecimento global. No entanto, precisamos conhecer melhor suas dinâmicas para não cairmos nos discursos fáceis difundidos por diversos grupos de interesse. A natureza não está se vingando, ela apenas está desempenhando o seu papel, como sempre fez.

Wilson Galvão, assessor pedagógicoCuritiba – PR

Pássaros

Morador no Alto da Glória por mais de 30 anos, estou preocupado com o desaparecimento de casas centenárias na Rua João Gualberto. Dia desses, observei que onde funcionava o antigo buffet Mansão da Glória as árvores estão sendo derrubadas. Isso me preocupa porque muitas espécies servem de alojamento para os pássaros da região. Será que a Prefeitura de Curitiba autorizou a derrubada dessas árvores? Já que não podemos segurar o progresso, que se mantenham as diversas espécies de plantas e árvores. Os pássaros irão agradecer.

Carlos Eduardo CantoCuritiba – PR

Poluição sonora

O que leva um órgão governamental (leia-se Escritório Regional do IAP/Polícia Ambiental em Ponta Grossa) a se omitir, ignorar e postergar uma denúncia protocolada em 12/1/07? Descaso? Medo? Falta de comando? Desconhecimento das leis e de seus próprios regulamentos? Não sabemos, mas o problema (distante 200 metros daquele escritório) permanece e está tornando-se ainda mais grave a cada semana que passa.

Pedro Fidelis AbreuPonta Grossa – PR

CPMF

Um absurdo o leilão de cargos na Petrobrás em troca da aprovação da CPMF. A jornalista Míriam Leitão comentou nesta Gazeta do Povo que a empresa não é só do governo, mas também de acionistas que esperam por bons resultados e querem o máximo de transparência. Se os indicados ainda fossem técnicos ou tivessem competência, vá lá! E CUT e petistas ainda querem reestatizar a Vale do Rio Doce!

Reinaldo Pereira, aposentadoCuritiba – PR

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Praça Carlos Gomes, 4CEP 80010-140 – Curitiba, PR Fax (041) 3321-5472

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