Neste momento em que o país passa por ajustes, somente o trabalhador brasileiro está sofrendo com tantas contas para pagar (Gazeta, 24/2). O cidadão contribui durante 35 anos de sua vida e ainda querem aumentar esse tempo? Os políticos e juízes não precisam recolher tanto e ainda se aposentam com o salário integral da ativa.
Fator previdenciário 2
O fator previdenciário era a salvação e agora virou o problema. Se for para mudar a regra, precisa ser para todos: população em geral, desembargadores, juízes, deputados, senadores, etc. Também é necessário acabar com as pensões vitalícias para filhas de militares. Os governos, suas câmaras e assembleias têm que encolher; as estatais devem ser privatizadas; e os salários e benefícios de todos os poderes devem ser baixados.
PT e PSDB
Ao falar sobre o escândalo na Petrobras, Dilma Rousseff optou por cutucar os rivais tucanos. A presidente situou que a origem do esquema ocorreu em 1996 e 1997, anos de gestão de Fernando Henrique Cardoso. Do outro lado do galpão, a resposta veio a galope. Em nota, o ex-presidente sugeriu que em vez de “tentar encobrir” suas responsabilidades, a petista deveria fazer um exame de consciência sobre os erros de sua gestão. Farpas de um terceiro turno eleitoral? Talvez um prólogo do primeiro turno de 2018. O interminável embate esconde a inação, ou seja, a inoperância com a qual a população precisou conviver tanto nos governos do PT quanto do PSDB. É por essa razão que, há décadas, muitos dos mesmos problemas permanecem assolando a vida do cidadão brasileiro. Até quando? E quem será o próximo ao qual a culpa será atribuída? Não há justificativa para esse jogo público de mesquinharias eleitoreiras. Já passou da hora de mudar o país – para sempre.
Petrobras
Graças ao competente quadro funcional da Petrobras, a empresa ainda se mantém de pé. A administração política nunca sabe de nada, mas, vorazmente, dilapida o seu patrimônio e denigre a sua imagem.
Estagflação
Deu-se uma “escorregadinha” – segundo expressão dita pelo ministro Joaquim Levy, mas que jogou o país na estagflação. Os cortes, apontados como a solução, afetarão os investimentos e outros serviços que deveriam ser prestados pelo poder público. Em vez de diminuir os custos, governos da três esferas recorrem a tarifaços e aumentos de impostos. Após a eleição, tem-se os anos de dureza. Jamais pensam em modernizar a gestão orçamentária, torná-la responsável e aproximá-la das reais necessidades do povo. Somente aumentam impostos, o número de comissionados e seus próprios salários. De “escorregadinha” em “escorregadinha” o país caminha mal.
Contas do estado
Passou da hora de a Assembleia Legislativa do Paraná instaurar uma CPI para apurar as responsabilidades relacionadas ao endividamento do estado. Mais ainda em face de que o governador já sabia da real situação do tesouro estadual (Gazeta, 23/2). Caso contrário, os deputados assumem a condição de coparticipes do caos financeiro instalado Paraná.
Auxílio-moradia
Os professores da rede estadual do Paraná estão sem receber um terço de férias, e com as promoções e progressões atrasadas desde o ano passado. Mas os funcionários do Tribunal de Contas receberão aproximadamente R$ 4,3 mil por mês só com o auxílio-moradia. Esquecem-se de que estamos em um estado que se diz sem dinheiro para pagar os servidores; eles que trabalham com salas lotadas e com goteiras. Além de aprovar gastos vergonhosos com o dinheiro público, ajudam a tirar o pouco que o estado possui.
À parte de qualquer partidarismo que possa interferir na discussão sobre a atual condição do estado, considero muito salutar as manifestações dos professores do Paraná. Eles organizam passeatas, campanhas solidárias, como doação de sangue, e debates com sociedade sobre a questão da educação. Essas ações são um convite à prática da cidadania. Quem dera isso ajudasse a contagiar a população brasileira e levasse a uma participação política mais ativa. Esses cidadãos de terno e gravata pensariam mais na hora de tomar atitudes que contrariam os interesses da sociedade.
Educação
Os governos federal e estadual estão tratando a educação como prioridade? Pelo menos é o que dizem as propagandas oficiais. A falta de repasses para a educação e a greve dos professores do Paraná mostram que a realidade é diferente, pois os administradores cortam as verbas justamente da educação e da saúde. E isso para conter os gastos e conseguir superávit em suas contas. O pensamento é simplistas. Se o povo tiver saúde e conhecimento, não vai votar nesses políticos no futuro.
Ferrovia
Parabéns por relembrar e valorizar nossa história ferroviária (Gazeta do Povo, 23 e 24/2). Como ferroviários, estamos tentando reconstruí-la. Tomara que algum dia a nossa história seja reconhecida e valorizada, como assim foi na época de sua inauguração. Hoje, vemos tantos desleixos, abandonos e rastros de destruição dos magníficos monumentos patrimoniais. Isso sem mencionar a falta de respeito e reconhecimento aos desbravadores. Aqueles que construíram essa ferrovia estão jogados à míngua.
Coluna do Leitor 1
Gostaria de contrapor o leitor José Antonio Machado (Gazeta, 24/2) no seguinte ponto: ele, o governador, e os secretários gostariam de receber seus salários em três parcelas iguais? Se a resposta for sim, eu peço antecipadamente minhas desculpas. Caso contrário, pediria que ele se inteirasse da real situação em que se encontra nosso estado.
Coluna do Leitor 2
Achei no mínimo estranhas as posições Fabio Alexandre Sombrio sobre o auxílio-moradia (Gazeta, 23/2). Ele acha que “felizmente ou não” alguns teriam direito ao benefício. No caso de “felizmente”, quem decidiria sobre essas benesses ? Seria como hoje se faz? Ficaria a cargo daqueles já usufruem de altos salários, garantias, privilégios e outros “direitos” – aos quais nós não temos acesso ? Gostaria de apenas um motivo para o fato de que todos os demais trabalhadores não têm esse mesmo direito. O mais óbvio seria o de que o erário não suportaria a carga de tal privilégio. Um dos aspectos mais esdrúxulos de nossa administração pública é o de certas categorias poderem decidir sobre seus próprios ganhos. Não dão nenhuma satisfação para nós; apesar de pagarmos a conta, não podemos sequer opinar.
Imposto sindical
Com a liberação automática de R$ 15 milhões por ano da arrecadação do imposto sindical - doação compulsória anual de um dia de trabalho do trabalhador com carteira assinada - fica evidente que a reforma sindical está entre as mais urgentes no Brasil. A contribuição para a Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB) foi autorizada pelo ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias (PDT). O Brasil está entre os poucos de economia capitalista que não assinaram a convenção da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que dá ao trabalhador ampla liberdade de escolher entre contribuir ou não para o sindicato de sua preferência.
Pesquisa
Excelente matéria “Mestrado e doutorado: para quem tem paixão pela pesquisa”. Cumpre destacar que a carreira de pesquisador tornou-se mais acessível ao país devido ao crescimento real - de aproximadamente dez vezes - nos recursos aplicados em P&D no último decênio.
Paraná Clube
Como assim os paranistas precisam se unir? A nossa torcida é unida até demais. Quem tem que se unir é a diretoria. Existe uma briga interna entre o grupo do Pinheiros e do Colorado, e esse joguinho de vaidades é o que prejudica a tomada de atitudes e a resolução dos problemas do clube.
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