Como é que se pode pensar em fundo soberano, quando essa crise internacional já começa a afetar vários setores de nosso país? Como se pode pensar em fundo soberano, se nem equilíbrio nominal das contas públicas temos? O momento é para se cortar gastos públicos e não alavancá-los. Os contribuintes já sentem em seus bolsos os efeitos da crise, e não podem ser mais onerados com aumentos de impostos e taxas de toda sorte, que com certeza surgirão, visto que os recursos de tal fundo serão empregados em empresas brasileiras no exterior, e não para cortar tributos ou investir em setores que tanto afligem a população, como infra-estrutura, saúde, educação e segurança. Economistas de renome garantem que a criação desse fundo em nada contribuirá para deter os efeitos da crise, portanto causa-nos estranheza a insistência do governo em sua criação.
Lígia Bittencourt, por e-mail
Belinati 1
Antonio Belinati ou qualquer outro eleito com problemas na Justiça deveria ter sido cassado antes das eleições. Com esse ato tardio, o Tribunal Superior Eleitoral demonstra que é preciso fazer reformas urgentes no país.
Dimas de Mello Braga, por e-mail
Belinati 2
Se um político consegue enrolar os técnicos competentes e muito bem pagos do Tribunal de Contas e do Judiciário deveria ser, no mínimo, presidente da República. Não é possível fazer o povo de palhaço, obrigá-lo a votar, em dois turnos e depois declarar o candidato inelegível. É muita incompetência e falta de respeito. Se não votássemos, seríamos multados. Então, o que acontece com os julgadores que não fizeram seu trabalho em tempo? Isso é democracia?
Antonio Wanderley, por e-mail
Belinati 3
A decisão correta em Londrina é a convocação de nova eleição, sem campanha, pois tudo o que tinha de ser dito já foi. A culpa deste imbróglio todo é da morosidade da justiça brasileira, com a permissão de tantos recursos, mas pricipalmente dos partidos políticos que autorizam a canditatura de criminosos para cargos públicos. Se para qualquer licitação pública precisamos de certidão negativa de tudo, por que dos que querem representar o povo não é exigido nada?
Lourdes Regina Machado Volpato, Pato Branco PR
Belinati 4
O povo é sempre a grande vítima. É enganado pelos políticos e negligenciado pela Justiça Eleitoral, que espera a hora do voto para depois decidir sobre a validade de uma candidatura. Não simpatizo com Antonio Belinati, não votei nele, mas lamento que a candidatura tenha sido barrada agora. É mais uma afronta ao eleitor. Depois, as autoridades e os estudiosos da política não entendem o motivo de tanta rejeição ao voto obrigatório. Eleitor não é joguete.
Maria Aparecida de Freitas, Londrina PR
Homenagem
É muito justa e comovente a homenagem ao professor Erwin Groeger (Gazeta, 29/10). Só quem o conheceu, sabe que ele respirava cultura e simplicidade. Em qualquer lugar que o encontrasse, recebia dele um beijo na testa e o sinal da cruz. Gestos dignos de uma pessoa rara.
Christine Neller Michalszeszen, Curitiba PR
Evasão escolar
Acho que respeitar os indivíduos e passar a olhar suas necessidades, seu meio de vida e sua realidade com mais interesse pode ajudar a combater a evasão escolar (Gazeta, 26/10). Hoje o que está muito em baixa é a moral dos adolescentes, que não têm condições muitas vezes nem para sobreviver com dignidade. Então vão atrás de dinheiro e deixam de planejar o futuro, pois não têm certeza de que vão chegar lá. Que se repense a aproximação do poder público dos jovens: polícia não poderia ser substituída por psicólogos? Repressão nunca foi o caminho.
Gizelle A. Bombieri, por e-mail
Evasão escolar
A única forma de conter a evasão escolar é fazer da educação a prioridade absoluta nas mais diferentes esferas sociais. Os jovens das periferias sabem muito bem que os discursos em favor da educação como lhes é oferecida não passam de retórica vazia, de palavras ocas que visam apenas a discipliná-los e a mantê-los pacificamente onde estão. Quando os conselhos tutelares e demais órgãos de proteção da infância e da juventude encaminham menores infratores para cumprimirem medidas sócioeducativas nas escolas, acabam reafirmando essa idéia. A escola, para esses jovens, torna-se castigo, torna-se prisão. A idéia é mais ou menos essa: "Você se comporta direitinho ou nós te mandamos para a escola!" Nesse sentido, a evasão é legítima e não é culpa dos professores.
Sebastião Donizete Santarosa, professor, Curitiba PR
Religião x universidade 1
O lugar próprio da religião é no templo de cada uma e no lar dos seus adeptos e não nas universidades, locais de ensino e de pesquisa (Gazeta, 28/10). As universidades públicas são laicas, como o Estado o é, ou seja, sem religião. Crença religiosa é assunto da privacidade de cada indivíduo e nenhuma instituição pública pode ou deve adotar manifestação de qualquer fé.
Arthur Virmond de Lacerda Neto, professor de Direito, Curitiba PR
Religião x universidade 2
Achei radical a postura do sociólogo Gustavo Lacerda que não aceita a presença de uma cruz ou de uma Bíblia na UFPR (Gazeta, 28/10). Discordo também da visão de Carlos Ramalhete, de que a universidade deve incentivar a prática religiosa, mas concordo com ele quanto ao perigo da intolerância: não aceitar os símbolos religiosos é desrespeitar a escolha individual de cada aluno ou professor. Quem quiser que tenha a liberdade de ostentar cruzes, burcas, amuletos, quipás, estrelas de Davi, véus etc.
Leonardo Cabral Dia, por e-mail
Abandono
Antigamente, mais que agora, éramos criados rigidamente, conscientes de que tudo o que fizéssemos seria de nossa responsabilidade. Precisamos de leis que responsabilizem de fato e de direito nossos governantes, que gerem o dinheiro alheio de maneira irresponsável, e pouco ou quase nada lhes é cobrado. Como é possível tantos absurdos: terminal do Roça Grande abandonado, hospitais abandonados, estradas abandonadas, invasões de terra impunes, corrupção, roubos e mais roubos. Cada cargo político, como tem suas benesses bem definidas, tem que ter suas obrigações e principalmente responsabilidades muito bem definidas. O administrador público deve ser responsabilizado por toda a obra que começar e, antes de sair, precisa ter suas ações analisadas. A lacuna do atual sistema é a pífia responsabilização. Assim fica muito fácil ser governante.
Murilo Lessa Ribeiro, empresário, Curitiba PR
Doação de órgãos
A doação de órgãos, além de um ato de solidariedade, é também uma atitude suprema de demonstração de amor ao próximo, que deve ser, na minha opinião, acatada como uma chance de vida aos que necessitam de órgãos. Para isso, é preciso uma conscientização das pessoas e a desmistificação da idéia de que "o morto viverá em outra pessoa". Isso não existe, é um absurdo.
Érica Tatiana Soares, por e-mail
Itaipu
O Paraguai não deve ter direito a nada. O tratado para a construção da usina foi feito para quê?
Ivan Rocha, por e-mail
Em obras
Não acho que as obras causem transtornos, pois são a única forma de melhorar o trânsito de Curitiba. Com o que não concordo, e acho um absurdo, são essas reformas próximas a datas festivas de fim de ano. Isso, sim, gera congestionamentos, buzinaços, irritação por parte dos motoristas... acredito que o cronograma da prefeitura deveria ser alterado e fazer isso em janeiro, quando a maioria da polulação está viajando de férias e o trânsito flui melhor.
Viviane Osik, Curitiba PR
Avenida
A Avenida Anita Garibaldi, reformada há poucos dias, já está cheia de buracos, entre o trecho da Avenida Carmelina Cavassin até a divisa com Almirante Tamandaré. Cabe a nós, cidadãos, entender o que houve, pois aparentemente a obra não se limitou somente a pavimentação, e sim trouxe toda uma evolução no aspecto urbano, mas a qualidade ou a base do asfalto ficou péssima.
Antonio Carlos de B. Pinto, Curitiba PR
* * * * * *
Fale conosco
Praça Carlos Gomes, 4 CEP 80010-140 Curitiba, PR Fax (041) 3321-5129
Em razão de espaço ou compreensão, os textos podem ser resumidos ou editados. O jornal se reserva o direito de publicar ou não as colaborações.