Na história de leitores adultos está sempre presente a influência dos pequenos jornais, os suplementos infantis – redutos promissores de incentivo generalizado às práticas da leitura e da escrita. A Gazetinha, encartada aos sábados na Gazeta do Povo, é um poderoso suplemento infanto-juvenil. Ela tem preparado o terreno para leitores mais críticos, pois arregimenta valores necessários ao jovem. Moro em Curitiba há mais de dez anos e a diversificada pauta, que venho acompanhando a cada edição impressa, possibilita ser maior o apreço que dirijo à Gazetinha, pois ela é um apoio vivamente articulado em sala de aula. A edição deste 14/10/06 (www.gazetadopovo.com.br/gazetinha) anuncia os seus 33 anos de existência e toda a editoria merece os parabéns pelo inegável serviço que oferece à disseminação da leitura e da escrita. Que a Gazetinha continue encantando velhos e novos leitores.

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Doralice Araújo, professoraCuritiba, PR

Miniadultos

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Na minha opinião, tão assustador quanto as crianças que se tornam adultos muito cedo, são os adultos que não crescem nunca. Os chamados "adultescentes" proliferam assim como essas crianças, talvez sendo até reflexo disso, pois se não conseguem ser crianças quando devem, serão depois de adultos. O problema desses "adultescentes" é que, ao se recusarem a crescer e viver numa Terra do Nunca, não assumem suas responsabilidades e seu papel dentro da família, por exemplo, mesmo quando casados.

Flávio Jayme, designerCuritiba, PR

Ruas

Por eu ser um profissional na área de vendas, fico admirado hoje com o que está ocorrendo com as ruas principais da cidade, além de que a ida para qualquer bairro, as ruas chamadas vicinais, é uma calamidade pública, pois não existe asfalto algum; existem sim os paliativos trabalhos da prefeitura chamados tapa-buracos. Isso justifica muito meu voto dado ao prefeito de Curitiba. A nossa cidade esburacada é uma vergonha, mas onde existem radares existe sim uma faixa se vangloriando, dando exemplo ao Brasil. Você que tem carro leia os dizeres e reflita se isso tudo não é uma demagogia eleitoreira.

José Gruber Curitiba, PR

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Poluição

Socorro! Abriram mais um templo religioso na esquina sem isolamento acústico, nem muro, nem nada. Invadem nossa privacidade e acabam com direito à paz e sossego da vizinhança gritando o nome de satanás e outras baixarias. Reclamar a quem? Ao proprietário pouco importa os vizinhos, ele recebe os míseros R$ 300 de aluguel e pronto. Nós pagamos impostos pensando nos direitos de cidadão. Direitos de quê? Eu e minha esposa estamos em tratamento por estresse e depressão, quem paga? Já enviamos abaixo-assinado para a Secretaria do Meio Ambiente, fomos à delegacia e nada mudou. Há alguém que ainda respeita nesta cidade?

Marcos A. Zolet, gerente de vendasCuritiba, PR

Imposto de Renda

Eu não faço parte da legião de brasileiros a qual o nosso presidente diz respeitar. Esperar cinco anos pela restituição de Imposto de Renda, e não ter com quem falar, é revoltante.

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Aristides Girardi, economistaCuritiba, PR

Alternativos

Muito interessante a reportagem sobre combustíveis alternativos na Gazeta de 12 de outubro. Eu gostaria de saber se já foi feito um balanço energético da produção do álcool hidratado, isto é, quanto de energia foi gasto, por tonelada de álcool produzido, em: óleo diesel para o preparo do terreno, no transporte das mudas para a lavoura; para as colheitadeiras (no caso de colheita mecânica), o transporte da cana para a usina e o transporte interno na usina. Quanto de eletricidade foi gasta para moer a cana, para bombear o caldo para a dorna, quanto de bagaço gasto para produzir o vapor necessário para a operação da usina e de outros gastos de energia necessários para a produção. A energia contida no álcool é maior ou menor do que esses insumos de energia. Na segunda hipótese, naturalmente sempre há a considerar o benefício ecológico de ser o álcool menos poluente do que os derivados de petróleo, o que é favorável ao seu uso.

Ralph L. M. Miller Curitiba, PR

Caos urbano

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Na reta final das eleições, nenhum dos postulantes ao governo do Paraná sequer raspou no principal problema do estado, que é a absurda concentração de população na capital, impactando em todos os serviços públicos e exacerbando a violência. Passou da hora de desconcentrar a região através de ações estruturantes, fomentando o progresso no interior, elevando o indigente IDH e fixando o morador em sua região. Todos já estão cansados de saber que o assistencialismo barato apenas eterniza a pobreza, em vez de eliminá-la. Precisamos sim da educação, saúde etc., mas precisamos também que os governantes tenham planos inteligentes para a melhoria qualitativa do estado, lembrando que hoje estamos na rabeira da Região Sul em todos os indicadores e a distância só tem aumentado nos últimos anos.

Marciano Juliano Rubel Curitiba, PR

Tributos

Meu filho de 7 anos não ganhou um presente no Dia das Crianças. O dinheiro, que poderia ser aplicado num brinquedo educativo ou mesmo num belo livro, foi empenhado no pagamento dos impostos que não param de crescer. Lamento que tenho de viver num país com essa situação. Minha revolta é maior porque sei que poderia investir o dinheiro na formação de meu filho. Situação que não preocupa nenhum de nosso governantes.

Camila Bressani, dona de casaCuritiba, PR

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Espetáculo

Dia 12/10. tive o prazer de assistir a um belíssimo espetáculo promovido pelo Centro Cultural Teatro Guaíra. A minha surpresa foi assistir, num mesmo espetáculo, a apresentações da Orquestra Sinfônica do Paraná, do Corpo de Ballet do teatro e de alunos de teatro da Faculdade de Artes do Paraná (FAP). Além de conferir as belas músicas tocadas pela orquestra – sob regência de Paulo Torres –, com temas de cantigas de roda e de filmes; o balé estava lindo ao apresentar trechos do "Quebra-Nozes", e a criançada teve uma verdadeira aula de música. O maestro apresentou cada naipe da orquestra – metais, cordas, percussão – e respondeu a perguntas dos pequenos sobre os instrumentos e como funciona uma orquestra. Fiquei ainda mais contente ao saber que, dias antes, crianças de escolas de Curitiba puderam conferir esse concerto-espetáculo-aula cultural em apresentações realizadas no espaço. Os músicos, bailarinos e equipe administrativa do Teatro Guaíra estão de parabéns!

Patrícia Reichert, jornalistaCuritiba, Paraná

Mais um monstro

Mais uma vez, nossos fantásticos políticos inovam tentando manter-se no poder ou então para conquistá-lo. A grande sacada do momento é tentar parecer um homem sem cultura ou que apenas conhece o limitado universo da imensa massa de excluídos do país buscando assim uma identidade com essa parcela considerável da população. Não duvido de que dentro em breve tenhamos uma equipe especializada em assuntos de miséria e ignorância com formação teatral e de linguagem popular. Infelizmente, os anos de abandono das populações mais humildes associados a uma obrigatoriedade do voto acabaram por produzir mais esse monstro, o qual certamente só irá contribuir para um distanciamento cada vez maior entre as classes sociais no Brasil, uma vez que os menos favorecidos se julgarão representados.

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Julio C.A. Fróes, administradorCuritiba, PR

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As correspondências devem ser encaminhadas com identificação, endereço e profissão do remetente para a Coluna do Leitor – Gazeta do Povo, Praça Carlos Gomes, 4, CEP 80010-140 – Curitiba, PR. Fax (041) 3321-5472.

E-mail leitor@gazetadopovo.com.br.

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