Mais uma greve no transporte coletivo (Gazeta, 26/1). Não é necessário ser um gênio para saber como isso vai terminar: as tarifas aumentarão e os usuários, como sempre, pagarão a conta. Enquanto isso, prefeitura e governo estadual ficam colocando a culpa um no outro quanto aos problemas do sistema. Os municípios da Região Metropolitana de Curitiba fazem de conta que não têm nada a ver com a história e os empresários seguem contabilizando seus lucros. Walter Bergasse
Greve de ônibus 2
Os motoristas e cobradores não estão em greve pela falta de pagamento? De salários, horas extras, adiantamentos ou sei lá mais o quê? Utilizem o meio da greve em prol dos trabalhadores e não dos patrões. Trabalhem normalmente e com as catracas livres. Isso, sim ,seria um verdadeiro protesto. Deixar milhões de pessoas sem o direito de ir e vir, sem ônibus, não é um protesto, é uma vergonha. Nilseu Brock Júnior
Greve de ônibus 3
O grande problema do Brasil são os políticos. Todos só pensam no seu projeto pessoal para se manter nos cargos. Por que não atrasam as verbas da Assembleia Legislativa e da Câmara Municipal? Do outro lado, temos o monopólio das empresas, que exploram as linhas. Falta transparência para todos os envolvidos nesse processo governo, prefeitura, empresas e sindicato. Sobra o prejuízo para a população como um todo que, infelizmente, vê tudo isso e fica calada.
Adalberto Palte
Greve de ônibus 4
Por mais que sejam legítimos os direitos de trabalhadores em greve, a partir do momento em que interferem na vida de pessoas que nenhuma relação têm com sua reivindicação , o pleito se transforma e perde legitimidade. Ninguém tem o direito de interferir no ir e vir das pessoas, como ocorre com o fechamento de estradas, de aeroportos, nas greves de ônibus e tantas outras, as quais penalizam o público em geral. Já é hora de os movimentos grevistas serem mais criativos e causarem impacto apenas para aqueles contra quem protestam. Flávio Nunes Ribeiro
Assembleia Legislativa 1
Sobre a matéria "Seis dos nove dirigentes da Alep têm função figurativa" (Gazeta, 26/1), R$ 700 em auxílio-alimentação, dividido por 20 dias úteis, dá R$ 35 por dia, o que permite comer em boas churrascarias de segunda a sexta. O "básico" mostra que cada deputado nos custa R$ 135 mil por mês. Tudo maquiagem e faz de conta para extorquir o trabalhador. Enquanto não mudarmos a maneira de fazer política no Brasil, não adianta aumentar os impostos. A conta nunca vai fechar. Eduardo Nelson Kreis
Assembleia Legislativa 2
Alguém acha que a situação política mudará com a tal "reforma política"? Negativo. Temos de pressionar mais esses "barganhadores" profissionais, nenhum pouco comprometidos com a sociedade e com o desenvolvimento do Paraná. Está na hora de eles se submeterem à nossa vontade e não o contrário. Que tal propor a redução da verba de R$ 636 milhões para R$ 100 milhões? Chega de mamata!
Afonso Celso Frega Beraldi
Câmara Municipal
Parte expressiva dos problemas da cidade está relacionada à inexpressividade da Câmara Municipal e de seus representantes. Curitiba nunca esteve tão estagnada. Cadê o trabalho fiscalizador dos vereadores?
Guilherme Sell
Financiamento de campanha 1
As pessoas estão criminalizando o financiamento privado de campanhas eleitorais (Gazeta, 26/1), automaticamente, sem nenhuma reflexão. Qual é o problema se um candidato capta recursos, se eles forem devidamente contabilizados e divulgados? Ora, isso pode ser até mesmo um critério para se escolher um candidato, ou seja, saber quais grupos ou empresas estão doando dinheiro para a sua campanha. O problema está no financiamento ilegal, tipo caixa dois, inclusive com recursos desviados de governos, fundos de pensão e de empresas estatais. Marcus Vinicius de Andrade
Financiamento de campanha 2
O problema é o favorecimento dessas empresas nas licitações e concessões públicas pelos candidatos eleitos. Legal ou ilegal, os políticos não deviam ter relações financeiras com empresas privadas.
Rogério Vilas Boas
Centro de Curitiba
Sobre a revitalização do Centro de Curitiba, não será criando calçadões e ciclovias que iremos trazer de volta a classe média. Há tempo ela migrou para os shoppings por duas razões: segurança e estacionamento fácil. O automóvel é uma realidade e por muito tempo iremos conviver com ele. Não é criando dificuldades para o seu uso que convenceremos o motorista a andar de ônibus ou de bicicleta. É com estacionamento fácil e edifícios-garagem, por exemplo. E é preciso que haja segurança para que as pessoas possam circular. É assim que o Centro reviverá.
Roberto Masteck
Pichação 1
Se pichação tiver representatividade artística, essa arte deve ser expressada em seu imóvel ou no de terceiros, mediante autorização do seu proprietário. Caso contrário, passa a ser vandalismo.
Helio Sugai
Pichação 2
A pichação é puro vandalismo e representa a falta de educação do povo. Não é destruindo a cidade que se manifesta revolta. Vão estudar e ler para realmente fazer um ato político.
Angela Baduy
Boate Kiss
Acordar em um domingo lindo de sol e receber a notícia de que, enquanto você dormia, mais de 200 pessoas pereciam em um terrível incêndio, na cidade de Santa Maria, não foi fácil para nenhum cidadão. Essa é a história da boate Kiss, tragédia que deixou uma profunda cicatriz na história do Rio Grande do Sul e de todo o Brasil. Dois anos depois daquele terrível 27 de janeiro de 2013, a mesma certeza da época retorna a 2015: não há justiça neste mundo que cure a dor de um pai ou uma mãe que perdem sua prole. Todos vão morrer um dia, mas a morte não pode vir assim. Que as vítimas descansem em paz.
Gabriel Bocorny Guidotti, bacharel em Direito, Porto Alegre RS
Maria Theresa Brito de Lacerda
Gostaria de parabenizar o jornal por ter feito uma belíssima biografia de Maria Theresa Brito de Lacerda (Gazeta, 20/1). Ela era minha tia Eza, irmã do meu avô João Gualberto, pai da minha mãe. Ela ficou muito bem retratada, principalmente no que tange à sua dedicação aos livros. Admito que sou leitora compulsiva, e a principal "alimentadora" deste meu vício era a tia Eza. Assim que eu chegava em sua casa, ela já me perguntava se eu estava lendo algum livro, e logo vinha ela do seu escritório; trazia quatro ou cinco títulos novos para me emprestar. Uns dez dias antes da sua morte, ela ainda me emprestou um último livro, o qual vou guardar como recordação. Tia Eza sempre teve uma mente aberta às inovações. Agradeço por terem permitido que eu matasse um pouco as saudades que sinto por ela, encontrando-a em suas belas palavras.
Adriana Lacerda Twerdochlib
Morte de Neneca
Com a morte de Neneca (Gazeta, 25/1), perdemos uma referência de um tempo em que o jogador amava seu time, sua torcida e o próprio esporte. E nem sabia o que era marketing pessoal. Um tempo mágico em que o jogador não poupava esforços físicos para vencer partidas e campeonatos, e raras vezes perdia o contato com a comunidade de onde havia saído. Um tempo de beleza plástica do futebol, tempo de espetáculos, de derrotas sofridas com o coração e de vitórias monumentais. O londrinense Neneca fez parte desse tempo e o representou com a excelência de números, performances e seu inquestionável talento. O mundo do futebol se despede do grande goleiro e também de uma outra era mais ingênua e mais bonita do nosso esporte favorito.
Aldo Moraes, músico, Londrina PR
Exportação
Este ano vai ser o pior em exportação. Cadê as empresas nacionais? Vamos parar de exportar matéria-prima e transformar a proteína vegetal em proteína animal, e, então, vender o produto acabado. Imagine quanto dinheiro é transferido para outros países e empregos?
Airton Severgnin
Água 1
O Sudeste brasileiro está vivendo uma estiagem sem precedentes e é legítimo o governo fazer campanhas pela moderação no uso d'água em tempo de seca. São Pedro pode até ter parcela de culpa, mas a responsabilidade é dos governos e da má administração do problema, na ocultação da verdade por motivos eleitoreiros e também das medidas que geraram distorções no mecanismo do uso do bem escasso. A solução está no uso da tecnologia, planejamento e investimento e não na "dança da chuva" e declarações de que Deus é brasileiro.
André Renato Wenglarek
Água 2
A crise da água é apenas fruto da irresponsabilidade dos governantes, mau uso dos recursos hídricos, desperdício de água pela população, falta de um plano de reuso, falta de política de saneamento básico, e da falta de proteção de matas ciliares. Essa é a cara do Brasil corrupto.
Luciano R. Ayres
Água 3
As cidades de Belo Horizonte, São Paulo e Rio de Janeiro já sofrem a falta d'água decorrente da ausência de chuvas. O consumo de água nessas metrópoles é imenso e não há reservatórios suficientes para suprir a população e as indústrias. Consomem, em poucos minutos, milhares de litros do precioso líquido. A energia elétrica, no Brasil, também depende da chuva. Como não choveu, temos de economizar água e energia elétrica ou teremos apagões e racionamentos.
Paulo Roberto Girão Lessa, Fortaleza CE