O Brasil realmente surpreende (ou não) com suas tomadas de decisões. Enquanto o mundo está desinstalando suas usinas nucleares e investindo em energias realmente limpas, na contramão, nosso país tem a meta de massificar o programa de energia nuclear, como anunciado pelo ministro de Minas e Energia, incentivado pelo excelentíssimo presidente da República. Enquanto a política nuclear é prioritária, os nossos fantásticos potenciais eólicos e solares são "deixados ao vento" e há a insistência em investimentos que nos trazem danos imensuráveis, a exemplo do complexo hidrelétrico do Madeira, de Angra 3 e de tantos outros. Como sempre, a natureza é quem paga a altíssima conta. Espero que nossos governantes tomem consciência de que é preciso mudar esta realidade enquanto tivermos tempo hábil.
Marina Marins, bióloga, por e-mail
Nepotismo 1
Concordo com o governador quando ele, justificando a decisão de recorrer à Justiça para manter o irmão no cargo (Gazeta, 13/9), diz se tratar de manifestação de ódio. Ele não consegue entender o que é moralidade e legalidade e usa e abusa de seus poderes para cometer seus desmandos. Então, como não haver ódio? Suas atitudes beiram o ridículo. Tem tanto a ser feito pelo povo paranaense e ele só pensa em sua família. Ou será que não temos pessoas competentes em nosso estado para trabalhar ao seu lado?
Paulo S. Campiolo, por e-mail
Nepotismo 2
A perenização de determinadas pessoas na ocupação de cargos comissionados na administração pública brasileira é fato que se sobrepõe ao nepotismo. Poderia haver regras claras e democráticas para dar oportunidade a outros servidores públicos de carreira participar do processo gerencial. A prática mostra que existem pessoas que permanecem ad aeternum ao longo das décadas em postos-chaves e cargos de chefia, independentemente de partido ou governante que esteja na situação.
Paulo Abrahão, advogado, por e-mail
Fugas 1
Li a matéria sobre as fugas da Colônia Penal Agrícola (Gazeta, 13/9). Acho que o Educandário São Francisco também é caminho para fugas. Os adolescentes internados saem do recinto para fazer atividades de horta e isso facilita a saída.
João Lemes, por e-mail
Fugas 2
A Colônia Penal Agrícola (CPA), em Piraquara, região metropolitana de Curitiba, é uma antiga e grande fornecedora de potenciais criminosos a aumentar a já elevada violência em Curitiba e região (Gazeta, 13/9). É sabida a alta reincidência dos criminosos no Brasil, agravada ainda mais pela condição de fugitivos e evadidos, que certamente não conseguem viver de forma legal. Pior: os fatos não são novos e o governador já sabe disso e não toma as providências cabíveis ou não sabe da situação, o que é ainda mais grave. Compreende-se. O governador está mesmo muito mais ocupado e preocupado em manter os seus familiares e amigos muito bem empregados. Enquanto isso, pagamos impostos estratosféricos e altos salários aos administradores públicos. Estes, em época de eleição, prometem tudo, mas depois nos abandonam à mercê de toda a forma de violência.
Elton Apollo, por e-mail
Linha Verde 1
Concordo com o coordenador do Plano de Mobilidade do Ippuc (Gazeta, 14/9). A Linha Verde será muito parecida com as avenidas já existentes na cidade. Principalmente no que se refere à real possibilidade de grandes engarrafamentos e ocorrência de acidentes com pedestres, fatos que já se tornaram "normais" nas vias mencionadas pelo coordenador. Tenho saudades do tempo em que as iniciativas do poder público municipal eram inteligentes e serviam de modelo para o país e o mundo. Infelizmente, isso já é coisa do passado.
Everton de Andrade, bancário, por e-mail
Linha Verde 2
Seriam necessárias passarelas na Linha Verde. O pedestre sempre se encontra em fragilidade em relação aos carros. Outra situação que mostra essa fragilidade ocorre na Av. Visconde de Guarapuava. Na falta de semáforos para pedestres, quem tenta atravessar é surpreendido pela abertura dos sinais e corre o risco de ser atingido.
Marcos Costa, por e-mail
Magistratura
Excelente o artigo assinado por João Oreste Dalazen, ministro corregedor-geral da Justiça do Trabalho, acerca do nascituro Código de Ética da Magistratura (Gazeta, 12/9). Lavra feliz. Apenas não comentou da possibilidade do sofrimento de enérgicas sanções aos magistrados indisciplinados, aos que juraram cumprir a Constituição Federal e apresentam-se relapsos no oferecimento da prestação jurisdicional, ausentando-se de fundamentar suas decisões, tal qual de rigor legal. Magistrado que não fundamenta decisão aplica nos jurisdicionados um estelionato profissional, pois não cumpre o dever de entregar ato perfeito, apesar de regiamente pago para tal mister. O comerciante que entrega produto estragado incide nas iras do Código de Defesa do Consumidor, todos sabemos. E o magistrado que entrega prestação jurisdicional defeituosa, o que lhe acontece ?
Oswaldo Loureiro, advogado, por e-mail
UEM
A posição obtida pela Universidade Estadual de Maringá (UEM) entre as instituições públicas de ensino superior do Paraná (1ª) na recente avaliação do Ministério da Educação (MEC) resulta do esforço coletivo da comunidade universitária na qualificação permanente do corpo docente, na excelência do ensino e na produção sistemática do conhecimento.
Ivani Omura, professora aposentada da UEM, por e-mail
Narrativa
Estou para parabenizar o jornalista José Carlos Fernandes pela linda coluna de 12/9. Procuro acompanhar seu trabalho semanalmente, mas confesso que a coluna citada foi a minha preferida. Uma história bonita, com uma narrativa impecável. Me fez lembrar, imediatamente, de quando o Gabriel García Márquez, meu escritor preferido, relatou em seu livro Vivir para Contarla sobre a viagem que fez de volta a sua cidade após muitos anos.
Paula Victoria Torres Cofré, por e-mail
Educação
Segundo uma pesquisa feita pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o Brasil está numa posição muito delicada em termos de educação. Dentre 57 países, nosso país fica na frente de apenas quatro. Por que isso ocorre? São cobrados impostos que chegam a ser campeões no mundo todo. Para onde vai esse dinheiro? Corrupção. Só no último ano, quantas ilegalidades foram descobertas? O maior medo é que as crianças que recebem uma educação precária hoje administrem este país mais tarde. Com qual conhecimento o farão? Se nosso país tivesse uma educação de qualidade, o índice de violência e de usuários de drogas baixaria.
Nickson Vaz Dreon, por e-mail
Nostalgia
Gostaria de parabenizar o belo conteúdo da seção Nostalgia de 14/9. Belas fotos mostram um tempo em que respeito, valores, solidariedade, família e Deus norteavam nossa sociedade. A Igreja do Bom Jesus, a Santa Casa e o atual Colégio São José, estão lá para lembrar que nossos valores se ergueram no esplendor da verdade, do verdadeiro Evangelho. Quanto ao caso da mula, que virou uma polêmica sem motivo, devo dizer aos incomodados que dêem atenção àquilo que realmente vem prejudicando a Igreja como idéias avessas ao Evangelho de movimentos bem suspeitos, alguns trazendo doses de materialismo marxista, outros impregnados de protestantismo. Ou seja, ideologias anticristãs infestam nossas paróquias. O padre Gabriel (Gazeta, 14/9) estava apenas utilizando uma figura que está na história de Cristo. Ou alguém esqueceu que no domingo de Ramos Jesus entrou triunfante em Jerusalém, utilizando esse animal e que Cristo nasceu em um estábulo? O que diria São Francisco de Assis?
M. Freitas, por e-mail
Mula
Realmente ninguém pode duvidar que o padre Gabriel realmente seja, como diz seu sobrenome, uma figura (Gazeta, 14/9). Mas é uma figura maravilhosa, que ama os animais. Agora, quanto à entrada da mula Bela Vista na igreja, acredito que ela teria muito mais dignidade para entrar no local do que muitos fiéis de qualquer paróquia.
Marlene Dunaiski, médica veterinária, por e-mail
Correção
Diferentemente do informado na manchete da Gazeta do Povo e na página 4 da edição de ontem, o aumento no número de carteiras suspensas mensalmente pelo Detran-PR foi de 41,6% nos sete primeiros meses deste ano e não de 30%.
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