Fiquei sabendo de uma lei que permitiria ao idoso viajar de uma cidade para outra (ou de um estado para outro) de graça. Estou tentando conseguir uma passagem para visitar familiares que ficaram morando na Bahia. No entanto, as empresas de ônibus informam que "não é bem assim" e não me dão o benefício. Já fui até no Ministério Público – onde tem um setor para atender os idosos –, mas não consegui nenhuma resposta. Fico perguntando o que aconteceu com essa lei? Meus amigos e conhecidos que também estão com mais de 70 anos dizem que devo ficar contente por ter direito de andar de graça nos ônibus de Curitiba. É lamentável viver num país onde ainda, em pleno século de grandes descobrimentos, existam leis que "pegam ou não".

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Osvaldo Rampazzo, eletricistaCampo Largo, PR

Sem-teto, sem nada

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O curitibano mais atento já deve ter percebido que há um crescente aumento de indigentes – homens, mulheres e crianças – circulando pelas ruas da capital. Toda vez que encontro uma dessas pessoas estendendo a mão faço uma pergunta que não tem resposta: o que os governos (federal, estadual e municipal) fazem com a verba que dizem investir em programas sociais? Se realmente existisse uma preocupação com esses cidadãos, eles não continuariam na situação de abandono, sem perspectivas. Muitas ONGs surgiram nos últimos anos e estão fazendo sua parte. Temos que exigir ações eficientes e eficazes de nossos governos.

Maria Izabel Marquetti, professoraSão José dos Pinhais, PR

Uma safra de incertezas

Recentemente, o governo federal divulgou medidas adicionais ao Plano Agrícola de maio de 2006, em que se propôs a prorrogar as dívidas de investimento e custeio de entressafra dos produtores rurais do país, por prazos e taxas de juros diferenciados por regiões, porém muito aquém da expectativa geral da classe. Esse tíbio conjunto de medidas deixou o produtor rural frustrado, inseguro e cheio de incertezas. O produtor rural espera que o governo cumpra o artigo 187, da Constituição Federal: "A política agrícola será planejada e executada na forma da lei, com a participação efetiva do setor de produção, envolvendo produtores e trabalhadores rurais, bem como dos setores de comercialização, de armazenamento e de transportes, levando em conta, especialmente: I – os instrumentos creditícios e fiscais; II – os preços compatíveis com os custos de produção e a garantia de comercialização; III – o incentivo à pesquisa e à tecnologia; IV – a assistência técnica e extensão rural; V – o seguro agrícola; VI – ....". O que espera o produtor rural são medidas definitivas para o setor produtivo, que possam dar a garantia de que seu trabalho e investimentos serão remunerados minimamente.

Vacir Favoreto, produtor ruralLondrina, PR

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PIB insignificante

Recentemente, a Gazeta do Povo publicou pesquisa do IBGE onde informava que o número de pobres no Brasil havia diminuído com a melhor distribuição de renda. O governo federal vem fazendo intensa publicidade nos meios de comunicação de que a fome já não existe mais no Brasil, que estamos auto-suficientes em petróleo, que a luz chegou aos confins, que agora temos o combustível renovável e que todos têm televisão para assistir à Copa do Mundo de futebol. Hoje 21/6, a mesma Gazeta do Povo traz uma matéria onde informa que o número de ricos aumentou em 11,3% no Brasil. Assim sendo, supõe-se que tendo menos pobres e mais ricos, todos estamos mais com maior poder financeiro e que, portanto, o país está com os cofres cheios. No entanto, sabe-se que o crescimento do PIB brasileiro foi insignificante, sendo maior apenas que o do Haiti. Assim, convoco os senhores economistas, especialmente do staff governamental a fim de nos explicarem tal anomalia, onde a riqueza aumenta e o PIB desce.

Luiz Fanchin JrCuritiba, PR

Estamos no limite

O planeta Terra já vem dando sinais de que está no limite há muito tempo, perante os atos impensados do homem. Situação esta que, se não for mudada a tempo, daqui a um intervalo não muito grande de tempo, teremos que procurar outro planeta para habitarmos. Só que, se continuarmos não respeitando à natureza, logo poremos em risco todo o Sistema Solar. Cabe a nós revermos nossos atos diante de uma natureza, que precisa ser preservada para o nosso próprio bem.

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Mauro WolffLapa, PR

Rota da caridade

Uma das grandes conquistas de Jesus Cristo foi a do amor sobre o ódio, quando, no extremo do seu sofrimento, Ele roga ao Pai para que perdoasse aqueles que o haviam pregado na cruz: amar na dor, amar na humilhação. Ao ver a violência alimentada pelo ódio que gera o ódio, cada vez mais me convenço de que somente Jesus pode mudar isso tudo. Os jornais mostram conflitos como no Iraque, onde vemos ataques de soldados e retaliação de terroristas, numa repetição infindável, situação vivida também entre palestinos e israelenses, ou no Brasil, onde crianças são levadas a viver um banditismo precoce e aparentemente sem volta, situações que nos levam a crer que existe saída somente no amor. Vivendo o amor, como Jesus Cristo nos mostrou, o país e o mundo entrará em outra rota, a rota da compreensão, da caridade, da salvação e o Reino de Deus se alastrará em nosso meio. Mas para isso, há a necessidade de que os detentores dos poderes político e econômico deixem de lado os seus interesses ideológicos e pessoais e busquem fazer o que lhes foi confiado: servir somente ao povo. Admirar pessoas santas como João Paulo II é bom, mas viver o seu exemplo é fundamental.

Pedro Luiz Gubert Brandt, engenheiro eletricistaCuritiba, PR

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