Desmoralização e indignação. Estes são os primeiros sentimentos com a reportagem da RPC sobre o "trabalho" dos policiais no Largo da (des) Ordem. Em que ponto chegaram as coisas. Todos sabemos, há muito tempo, que as polícias do Paraná estão envolvidas com a proteção, conivência e participação de crimes, mas roubar CD plays de automóveis na rua é o cúmulo da humilhação e do lixo desta instituição. E saber que nós pagamos por tudo isto. Além das cenas deploráveis, há de se analisar o pior: eles, policiais, não roubaram para si. Quem são os receptadores? Para quem eles iriam vender? Quem são os sócios da polícia nisto tudo?Assim como numa empresa, onde o comportamento dos funcionários é conseqüência direta de quem lidera, de quem comanda, no governo ocorre o mesmo. Tudo no Paraná está sem projeto e sem administração, inclusive a segurança pública.
Paulo Lugli, consultorCuritiba, PR
Indignação 2
Compromisso de proteção é o que falta. É preciso parar com estatísticas e passar a atuar. Arregalados ficamos com a competente reportagem da RPC que mostra em ação a PM, devidamente fardada e com viatura, simplesmente roubando. Temos que dizer aos nossos filhos que se cuidem até com a polícia, pois pode ser que uma viatura pare em frente a nossa casa para roubar. Numa situação dessa como ficamos, "o que nosso governo tem a declarar", a não ser vir com estatística, que não sabemos de onde vem, tentando tapar o sol com peneira. A inteligência da polícia é que tem que funcionar, com muita competência, pois se não tiver bandido na rua, nem de policial passeando precisaremos. Chamar a polícia depois do roubo praticado, quase sempre de nada adianta. O que tem que ser feito é impedir o roubo, prendendo o bandido no ninho.
Murilo Lessa Ribeiro, administradorCuritiba, PR
Indignação 3
Pagamos salários, compra de fardamento, aquisição de armamento e viaturas para, no fim, vermos na primeira página de nossa Gazeta dois pretensos policiais, na verdade piores que marginais, furtando objetos de contribuintes. Típico procedimento de quem morde a mão que os alimenta. Até quando vamos conviver com tais absurdos. Que o comandante da PM, o secretário da Segurança Pública e o governador hajam rápido para extirpar este câncer da sociedade, colocando-os atrás das grades e expulsando-os da Corporação para evitar a metástese nas forças de segurança.
Irapuan Gomes Ribeiro, aposentadoCuritiba, PR
Indignação 4
Com referência aos furtos flagrados no Largo da Ordem, gostaria apenas de salientar que trata-se de um local onde esta prática é tradicional. Eu, por exemplo, já fui vítima duas vezes, uma em 1987 e outra em 1989 e, se as coisas continuam iguais, o comércio e a receptação dos objetos furtados são realizados na própria região.
Carlos César ZanchiCuritiba, PR
Indignação 5
Manchetes do dia: "Desembargador, presidente do Tribunal de Justiça, preso em Rondônia"; "Presidente da Assembléia Legislativa preso"; "Ministério Público envolvido"; "Em São Paulo, juízes presos e advogados negociando com bandidos"; "PCC volta atacar e deixa ministro da Justiça amedrontado"; "Na Capital da República, deputados mensalão e sanguessugas são candidatos à reeleição";"O presidente não sabe da nada"; e "Em Curitiba, policiais militares roubam toca-fitas de carro". Só nos resta um pedido, no poema de Cláudia Lúcia Menegatti: "Eu queria que todos os marginais do mundo fossem eliminados num sopro. Teu. Num sopro que fosse expelido de Teus lábios, no momento da procriação. Não deixando ser concebido o feto de um marginal. Deus".
Mira Militão, avó, mãe e cidadãCuritiba, PR
Trem-bala
A lei federal 11.297 de 9/5/2006 reacendeu o sonho da implantação de trens de alta velocidade no Brasil. O mais recente projeto que vem sendo negociado pelo governo federal para o trem-bala brasileiro prevê 403 km de extensão, velocidade comercial de 285 km/h e o tempo total de 85 minutos na viagem. A freqüência seria de trens a cada 15 minutos com capacidade de 855 passageiros por comboio. Durante a obra, a construção utilizaria 140.000 trabalhadores. O custo do projeto, desenvolvido por empresa italiana de engenharia, é de US$ 9 bilhões e a concessão seria por 35 anos sendo 7 para a construção e 28 para operação. O trecho São Paulo/Curitiba vem sendo estudado por um grupo de especialistas do Instituto de Engenharia do Paraná, em Curitiba, prevendo-se o prolongamento da linha até Foz do Iguaçu. Esse é um ótimo assunto para debate entre os candidatos ao governo do estado e senadores. Não só como solução para o transporte de passageiros, mas também porque uma obra desse porte cria um volume muito grande de empregos. Só um engajamento político de nossos representantes transformará o sonho em realidade.
Paulo Sidnei Carreiro Ferraz, engenheiro civilCuritiba, PR
Calçadas
Lamentável a resposta da prefeitura quanto às calçadas. A prefeitura não fiscaliza, não regulamenta e permite tudo onde deveria ser calçada. Basta que a rua seja de antipó. Quando responde que a lei 8.365/93 atribui a responsabilidade pela construção de calçadas aos proprietários de imóveis somente em ruas com asfalto, lava as mãos. Podemos concluir que em rua com antipó as pessoas não são passíveis de atropelamento. A Rua São Domingos, que eu apenas tomei como exemplo, infelizmente é estigmatizada com o antipó há uns vinte anos e vai continuar assim por outros tantos. Em ruas com asfalto a situação é a mesma: a calçada só depende do proprietário. Ou seja, o espaço não tratado como público. Ora, se precisamos de uma lei para andarmos em calçadas, o executivo tem maioria no Câmara.
José J. Crachineski, engenheiro agrônomoCuritiba, PR
Pró-Paraná
Em nome da Associação Comercial, Industrial e Agrícola de Paranaguá, cumprimentamos a Gazeta do Povo pelo editorial "O Paraná perde", publicado na edição de 26/7. Tal avaliação vem ao encontro do posicionamento desta entidade de classe que vem alertando a autoridade portuária com relação à adoção de políticas técnicas, operacionais e administrativas inadequadas, as quais prejudicam o desempenho do Porto de Paranaguá, com graves prejuízos para a economia do estado e, em especial, desta cidade/porto que vive sua mais grave crise econômica e social. O diálogo com a Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina, sempre buscado, tem sido recusado, razão pela qual, em maio último, editamos a "Carta Aberta em Defesa de Paranaguá, propondo a retomada do diálogo da Autarquia com a comunidade portuária para, juntamente com autoridades, encontrarmos soluções para a retomada da posição de destaque sempre ocupada pelo Porto de Paranaguá.
Alceu Claro Chaves, presidente da AciapParanaguá, PR
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