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Coluna do leitor – 21/3/2018

Integridade 1

Quando se fala em “gato” de energia elétrica, vende-se à sociedade a imagem daqueles fios pendurados nos postes das favelas, associando subjetivamente desonestidade com pobreza. Entretanto, os maiores “gatos”, aqueles que dão mais prejuízo às concessionárias, são feitos por grandes empresas, usando medidores adulterados. Não é só educação, temos um sério problema de (falta de) caráter neste país.

Carlos Maziero

Integridade 2

Este é o retrato de um país onde ser esperto é o máximo da conduta em sociedade. Então, surgindo a oportunidade ou a brecha, os malandros de plantão não perdem tempo. Isso é o resultado de uma cultura educacional pobre. E o pior é quando “um” se cerca daqueles que têm os mesmos interesses em comum, formando um círculo protetivo para se beneficiar de algo.

William Munny

Sarkozy

O fantasma do ex-ditador da Líbia Muamar Kadafi anda pairando sobre as cabeças de alguns políticos, como Nicolas Sarkozy, na França. No Brasil, há um fulano que, segundo depoimento de Antonio Palocci, recebeu dinheiro do ditador líbio. O ex-presidente da França foi detido. Então, por que o ex-presidente do Brasil não pode ser também?

Denis Sebascon

Lula no Sul 1

Não acho que a rejeição a Lula entre os sulistas tenha tanta relação com o grau de escolaridade; muitas vezes, quanto mais escolaridade, maior o grau de doutrinação. Acho que tem mais relação com a imigração europeia mais recente. De um modo geral, as pessoas tiveram de trabalhar duro para chegar aonde chegaram e não dependem de auxílios como Bolsa Família.

Renato Canha Ambrosio

Lula no Sul 2

Creio que a Região Sul do Brasil foi menos influenciada pela tradição burocrático-patrimonialista da colonização portuguesa que ajudou a moldar o país, é uma região mais “liberal” no sentido clássico. Além de ter imigrantes de regiões da Europa de cultura mais aventureira.

Rafael Del Bel Vetrone

Gratificação dos juízes

Oportuno o editorial sobre a gratificação aprovada pelo TJPR para julgadores que “acumularem jurisdição, funções administrtivas ou acervo processual”. Assim, poderá ser aberto um debate transparente sobre o tema. Para meditação, coloco os seguintes prontos: a tentativa de recomposição salarial por essa via não seria desvio de finalidade? Se é recomposição salarial, como ficam os magistrados que não participarem da acumulação? Os magistrados que forem beneficiados trabalharão mais horas que as trabalhadas em suas jornadas normais? A remuneração e os benefícios da magistratura não são afetados pelo encolhimento da receita do estado? Sou a favor da independência do Poder Judiciário, o que exige remuneração digna e condizente com sua missão institucional. Isso, no entanto, não significa que não se considere a queda de arrecadação do estado.

Antônio Dilson Pereira

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