Já escrevi para muitas lideranças propondo um maior aproveitamento dos espaços das escolas aos finais de semana. O pátio, as canchas e salas poderiam ser usadas para atividades culturais e esportivas. Professores eu sei que temos muitos, capacitados e com ideais. Uma programação de lazer seria um instrumento muito interessante para acabar com a ociosidade dos jovens aos sábados, domingos e até nos chamados feriadões. Especialmente hoje quando são poucas as famílias que têm condições de gastar com esse tipo de programa. Infelizmente, o que é simples e bom não desperta a atenção de ninguém.
Nancy Lima de Carvalho, pedagogaSão José dos Pinhais, PR
Filas nas rodovias
Lemos várias reclamações de leitores, quando da volta das praias no último fim de semana, em virtude de obras na BR-277 pela Concessionária Ecovia, inclusive faltando por parte da empresa uma melhor assistência aos usuários. Mas no trecho GuaratubaGuaruva demoramos, neste final de semana, mais de uma hora para completar o percurso em virtude da fila que se formou, mesmo com a estrada boa e sem nenhuma assistência e consideração tanto pelas autoridades catarinense como a paranaense.
Horacílio Volpe JuniorCuritiba, PR
Litoral abandonado
Freqüento nosso litoral durante o ano todo e tenho que concordar com a Gazeta: as praias do Paraná estão abandonadas. Pago em dia as contas de luz, telefone, IPTU e, através dos demais impostos, pago também os salários dos senhores prefeitos, vereadores e do secretário de Segurança Pública. Assim, tenho o direito de esperar, no mínimo, iluminação pública nas esburacadas ruas do balneário Beltrami e que os ladrões e compradores de fios de luz sejam presos e fiquem na cadeia.
Marisa Jacewicz, professora´Curitiba, PR
Preço da água
A nota da Sanepar, em resposta à reclamação de consumidor sobre a cobrança do mínimo de 10 m3, explica, mas, seguramente, não justifica. Se colocar à disposição do cidadão "24 horas por dia e 365 dias por ano" determinado serviço for razão para cobranças indevidas, estamos ralados. Todos vão poder cobrar um mínimo, consuma-se ou não o que está oferecido. A comparação com a utilização de ônibus é, a meu ver, inapropriada. Até onde sei, os coletivos não dispõem de "hodômetro/hidrômetro" para cobrar do passageiro o percurso utilizado, e seria muito interessante ver o cobrador efetuando o recebimento mediante a leitura de tal aparelho. Por exemplo: "o senhor deve pagar x reais, por ter percorrido x quilômetros, y metros e z centímetros, neste veículo". Com esse raciocínio, os táxis deveriam determinar qual o percurso máximo da cidade e cobrar com base nesse resultado, pois os veículos estavam à disposição dos passageiros e eles só não fizeram o percurso por vontade própria. Afinal, a Sanepar, se não estou enganado, tem fins lucrativos, tanto que parece ter um investidor estrangeiro que não consta ser sociedade beneficente. O consumo real cobre, com as tarifas cobradas, os custos operacionais e, ainda, remunera, infelizmente, capitais investidos com a finalidade de lucro. Digo infelizmente, porque tenho para mim que os bens essenciais à vida não deveriam ser objeto de lucro. Se o capital quer lucro, o que é justo, que vá fabricar bens dispensáveis à vida, como televisão de plasma, bolinhas de gude e assemelhados.
Murilo Antônio Simões Curitiba, PR
Consumo de água
Em plena estiagem, alertados por todos os meios de comunicação sobre a gravidade da falta de água que atinge a cidade, leio neste conceituado jornal uma informação de que a prefeitura está lavando as estações-tubo. Estou indignada com tal atitude. Pessoas deixam de lavar suas roupas, tomam banhos mais curtos e até lavam menos louças para que a água não falte. Em contrapartida, a prefeitura manda lavar estações-tubo. Além do mau exemplo, provoca-nos o sentimento de revolta: se não chover nos próximos dias, a água vai faltar para todos, sem distinção de sobrenome ou situação financeira. Temos o direito de ter água disponível, e o dever de usá-la de maneira racional para que todos possam dela usufruir. Que tal lavar as estações-tubo em outra ocasião, depois que a estiagem acabar? É meu direito reclamar do mau uso que a prefeitura está fazendo da água, e dever da prefeitura usá-la com moderação para que nós, cidadãos, não passemos necessidades durante a estiagem.
Sandra Gonçalves AzevedoCuritiba, PR
Colaboradora
A presença da socióloga Maria Lúcia Victor Barbosa nas páginas da Gazeta do Povo (dia 25/7), com certeza enriquece a equipe de colunistas do jornal. De linguagem simples e acessível até para os 70% de "analfabetos funcionais" brasileiros, suas linhas vão levantar sempre questões muitas vezes despercebidas da maioria. É o caso do Cura Camilo, citado no artigo daquela edição, incidente que até eu, que me julgo bem informado, já havia esquecido. Só desejo que a presença não seja esporádica.
Franklin Sternheim, aposentadoPontal do Sul, PR
Universidades estaduais
Com relação à reportagem "Faltam 497 docentes nas universidades", publicada na edição desta quarta-feira (26 de julho), o governo do Paraná esclarece:
"Ao contrário do que diz o título da matéria, não há falta de 497 professores nas universidades e faculdades estaduais. Este número 497 é o número de vagas preenchidas pelos concursos públicos das instituições. Dessas 497 vagas, uma parte (97) é para a substituição de docentes que estão se aposentando, pediram exoneração ou morreram, e o restante para a substituição de professores temporários. Ou seja, são vagas ocupadas hoje ou por servidores que estão para se desligar ou por professores não efetivos. A nomeação dos aprovados já vem sendo feita, e, até que ela seja concluída, as universidades e instituições estão autorizadas a manter em sala os professores temporários, justamente para impedir a falta de docentes."
Secretaria de Estado da Administração e da Previdência (Seap) e Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti).
Nota da Redação
As aulas recomeçaram sem que os professores estivessem nas salas de aula. Os procedimentos burocráticos para contratação constam da reportagem. O governo só informou que deu autonomia para as universidades manterem temporários até a contratação definitiva após o fechamento da edição, mas até ontem não informou quantos estão nesta situação. Ontem a Gazeta publicou que os concursados estão sendo chamados.
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