O juiz Sergio Moro não está sozinho. Há uma equipe muito bem estruturada que lhe dá suporte e, com o tempo, também merecerá o devido destaque (Gazeta, 10/8). Mas eles não estão preocupados com isso, mas, sim, com o esclarecimento dos fatos investigados pela Operação Lava Jato. Eles devem seguir em frente, pois precisamos limpar o país – nem que seja parcialmente. Aqueles que porventura conseguirem escapar agora, serão alvo de outras investigações.
Golpe 1
Desde que o resultado da eleição de 2014 foi promulgado, aqueles que perderam estão tentando, de todas as formas, arquitetar um golpe para tirar a presidente Dilma Roussef do poder. Boa ou ruim, ela foi eleita pela maioria da população brasileira. Deveria haver, ao menos, um pouco de respeito à democracia. Já vivemos um golpe militar – entre 1964 e 1985 – e todos nós sabemos o que aconteceu naquele período. Um golpe civil também não vai ajudar em nada o nosso país.
Golpe 2
O engraçado é que se fala em golpe, mas o regime não é o democrático? O Brasil está em crise ou alguém de repente ficou cego?
Legitimidade
O que Dilma Rousseff precisa entender é que não se pretende tirar a legitimidade do voto que a elegeu presidente da República. O que se deseja é que ela honre e valorize os votos que recebeu e também que respeite os brasileiros que não lhe deram o voto.
Crise econômica
Com a piora das projeções econômicas contidas no relatório Focus – que indica PIB com queda de 2% e inflação na casa dos 9,32% para 2015 – uma saída mínima e sensata para nortear o futuro da economia seria o Senado aprovar urgentemente o que resta do insuficiente programa de ajuste fiscal defendido pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy. A indústria e o comércio pedem socorro. E dentre tantas outras defasagens, preocupa e muito o resultado das vendas do Dia dos Pais. Houve queda de 5,1%, como indica a pesquisa da Serasa Experian. Foi o pior resultado desde 2005.
Salários dos políticos
A redução nos salários dos vereadores de Curitiba deve ser feita não só pelo momento difícil que passa o país, mas, principalmente, para se ter mais verbas para educação, saúde e segurança pública. Além de reduzir os vencimentos, também é preciso diminuir as verbas de gabinetes e acabar com as mordomias. É claro que essa redução deve se estender aos deputados e senadores. Na minha opinião, daria também para diminuir o número de parlamentares. Com todas essas medidas, talvez tivéssemos políticos mais preocupados com o que o povo realmente precisa. Outra questão que precisa ser discutida diz respeito ao fim das aposentadorias dos políticos. Depois de dois mandatos, eles já podem exigir o benefício, enquanto os trabalhadores têm de trabalhar por mais de 30 anos.
Máquina pública
Os integrantes dos Três Poderes recebem salários cada vez mais incompatíveis com a situação do país. O destoante acréscimo nas mordomias – sem que haja eficiência funcional e racionalidade no exorbitante efetivo funcional – é um diferencial idêntico ao de certo país europeu em sérias dificuldades e que, mesmo com a ajuda de bilhões e bilhões de euros, não vislumbra perspectiva de solução do gravíssimo problema econômico. Eles compõem uma “casta” brasileira diferenciada que, cada vez mais, sorve os recursos da pesada carga tributária. Pouco sobra para se investir e amenizar os precários serviços elementares sob a tutela governamental, tais como infraestrutura, saúde, transportes, educação.
Agenda positiva
Que agenda positiva Renan Calheiros e o Senado podem propor ao país? A arrecadação está em baixa, os custos da máquina pública são elevados e ainda há crise política. Ninguém falou em cortar gastos. O Senado daria exemplo se propusesse a diminuição da quantidade de representantes por estado de três para dois nas próximas eleições. O Congresso também poderia acabar com os cargos em comissão, mordomias e altos salários, pois isso sim é economia e agenda positiva.
Pedágio
Com relação à matéria “Ministério vai exigir duplicação para renovar pedágio no Paraná” (Gazeta, 13/8), essa é uma ação boa que o governo federal poderia fazer pelo Paraná. A condição deveria ser essa. Caso as concessionárias não aceitem, finda-se o contrato. Se o governo federal quiser, ele que proceda nova licitação.
Enem
Mais fácil do que praticar o que dá certo, ainda que por imitação, é martelar o mantra do “falta-nos condições”. Ele muitas vezes é utilizado para mascarar o “ falta-nos competência”. Não dá para dizer apenas que o “magistério é um sacerdócio”, pois é muito mais do que isso. É uma profissão que exige funcionários preparados, valorizados e felizes. Os requisitos exigidos em qualquer área da administração pública ou privada devem ser buscados e encontrados no magistério. Fazer com que isso aconteça é tarefa dos gestores.
É muito importante divulgar todas as faces da Segunda Guerra Mundial (, 9, 10 e 11/8). O tempo passa e as novas gerações não sabem o horror que foi o conflito. É preciso relembrar esses fatos para que não se repitam jamais.
Sara Furquim
Sara Furquim é um exemplo de vida (Gazeta, 7/8). Vou procurar saber o que aconteceu com as minhas professoras do início da jornada escolar. O coração pulsou diferente; é a saudade de tempos distantes.
Prisão domiciliar
Prisão é uma pena destinada a isolar o criminoso da família e da sociedade. A pessoa fica numa cela, dentro de uma penitenciária, pelo tempo que o juiz decretou. Considero a prisão domiciliar uma anomalia.