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Coluna do leitor

Lição de índio

O protesto dos índios que não aceitam que os nossos congressistas sejam os seus representantes para questões relevantes, caso da demarcação de terras destinadas a reservas indígenas, retrata a que ponto chegou a credibilidade do Congresso Nacional. Porém este fato é pedagógico, pois nos ensina que no caso da aculturação proveniente do contato entre brancos e índios brasileiros quem sai ganhando são os brancos, que aprendem com os índios em quem não confiar e que não se deve aceitar passivamente medidas que sejam contra os interesses nacionais.

José Faraco, agricultor, por e-mail

STF 1

O absurdo episódio ocorrido no Supremo Tribunal Federal (Gazeta, 23/4) confirma que a mais alta corte do nosso país é hoje um Tribunal meramente político e que está mais preocupado com a mídia e o status do seus ministros do que com as causas que lhe dizem respeito. O lamentável bate-boca entre os ministros pode facilmente ser comparado a uma briga de moleques de 5 anos de idade.

Charles Parchen, por e-mail

STF 2

O ministro Joaquim Barbosa é um grande brasileiro e passa aos registros históricos como primeiro personagem marcante desta fase neste ano de 2009. Não restam dúvidas de que suas palavras de enfrentamento à hipocrisia, à dissimulação jurídica que se construiu em base de um poder que não é referendado pelas eleições populares, representam o pensamento e a angústia da maioria da população brasileira, aquela da qual o inútil e honeroso STF não se ocupa, não discute, não decide nem lhe dá acesso porque é um órgão classista, elitista. O Brasil saúda um de seus corajosos homens, o ministro Joaquim Barbosa. Sentimo-nos representados por ele, aliás, bastante merecedor dessa frase do título de Sua Excelência. Viva a Justiça, a decência, a transparência e o povo no STF. Viva Joaquim Barbosa!

Acir da Cruz Camargo, Ponta Grossa – PR

Lugo

Tendo em vista a fila de mulheres que atribuem a Fernando Lugo a paternidade de seus pimpolhos, em pelo menos uma coisa o "bispo" se mostrou coerente: como sempre pregava na sua igreja, pelo jeito ele jamais usou preservativo...

José Balan Filho, por e-mail

Farra aérea 1

Depois do despautério do deputado Ciro Gomes e das "explicações" de senadores e deputados ao tentarem defender a manutenção da leviana farra da passagens, continuo acreditando que só nos falta serem mostradas cenas de sexo explícito nos plenários do Congresso. Aí sim, nada pior poderá acontecer.

Luiz Mario Lampert Marques, engenheiro eletrônico, por e-mail

Farra aérea 2

Mais chocante ainda do que a revelação dos "abusos" cometidos é o cinismo com que a classe política justifica os "gastos indevidos" nesta Versailles do século 21.

Sigrid Renaux, por e-mail

Farra aérea 3

As farras nos legislativos municipais, estaduais e federal, Senado e também nos ministérios não são surpresa nenhuma para nós, contribuintes, que pagamos a conta. Surpresa foi, pelo menos para mim, a revolta dos parlamentares com a racionalização das passagens aéreas. Em uma economia de mercado, onde o custo-benefício é vital para o bom funcionamento de qualquer empresa, me pergunto qual é o benefício de um deputado ou senador para o país. Que degrau ocupam que os diferenciam de mim ou de qualquer outro brasileiro trabalhador e pagador de impostos, que lhes dá permissão para sacar do nosso dinheiro e usá-lo sem medida alguma? Um dos deputados reclamou que "a continuar assim, iremos receber vale-transporte...". Talvez, se vivessem a vida que os brasileiros comuns vivem, tentassem, finalmente, fazer algo pela melhora de vida e pelo bem comum.

Luiz C. Pielak, por e-mail

Legislativos

Muitas coisas deveriam ser feitas para tornar o Brasil um país ideal. Eu começaria pelo que está pior, ou seja, pelas casas legislativas federal, estaduais e municipais. Antes do início da legislatura seria feito um sorteio para saber em qual gabinete o legislador trabalharia. Nesse gabinete, já estariam disponíveis para o legislador um certo número de funcionários concursados. Ele teria à disposição uma secretária, um motorista, um mensageiro, um auxiliar de escritório, enfim, toda a estrutura necessária para fazer o gabinete funcionar adequadamente. Na própria casa legislativa existiria um gabinete com assessoria jurídica para todos legisladores. Se o parlamentar achasse necessária a contratação de um comissionado, pagaria ao assessor extra com seu próprio salário. Infelizmente esse tipo de mudança teria de ser feita pelos próprios legisladores, senhores que, salvo raras exceções, não querem mudar a situação atual.

Bruno Barbosa, funcionário público, por e-mail

Maioridade penal 1

Aprovo totalmente a redução da maioridade penal (Gazeta, 22/4). Um jovem pode votar aos 16 anos. Se é responsável pela eleição de presidente, governadores, senadores, deputados, vereadores e prefeitos, pode perfeitamente responder civil e criminalmente pelos seus atos. Vivemos no século 21 qundo as pessoas têm todos os meios de comunicação a seu dispor. Portanto, são informadas constantemente sobre direitos e deveres. Defendo não só a imputação de penalidades aos maiores de 16 anos, mas também que as penas sejam rigorosamente cumpridas.

Honorino Colla, por e-mail

Maioridade penal 2

Diminuir a idade penal não asseguraria a diminuição do crime na mesma proporção. O crime tem raízes em famílias nas quais as bases sólidas, valores morais, religiosos e éticos não foram construídos. Percebemos que o alto nível de homicídios em nosso país decorre de um desmantelamento do valor da vida. Vale dizer que os infratores já não estão mais nem aí com a vida do próximo. A aplicação da legislação penal não tem o mesmo efeito medicamentoso dos remédios e acaba piorando quase sempre a personalidade do penalizado. Criar ou modificar as leis penais de forma drástica é pura perda de tempo. É necessário investir no cidadão desde o seu nascimento para que ele se sinta um sujeito de direitos e deveres desde pequeno. Isso vale para todos os segmentos sociais, pois percebemos que os problemas dos altos índices de criminalidade não decorrem de leis ineptas, mas de uma uma sociedade malformada e que adoece dia a dia.

Paulo Abrahão, advogado, por e-mail

Maioridade penal 3

Sou a favor da redução da maioridade penal, pois um jovem de 16 anos sabe muito bem o que faz e tem suas responsabilidades. Não são só os maiores que roubam e que vendem drogas. Os maiores usam os menores porque a estes não acontece nada. Se reduzirem a maioridade, os crimes com certeza diminuirão, pois haverá punição para os menores. Isso já deveria ter acontecido há muito tempo.

Marzi Milleo Scorsim, Piraí do Sul – PR

Maioridade penal 4

Apesar de ser assistente social, sou a favor da redução da maioridade penal, pois o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) foi criado em uma época em que uma criança/adolescente de 12 ou 14 anos era inocente, e não um delinquente como vemos hoje. E isto não se justifica pela condição social, pois vemos muita gente pobre, que luta e batalha, e nem por isso seus filhos se tornam marginais.

Mara A. Castro Pimentel, por e-mail

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