Sempre acreditei que os fatos cotidianos escondem muitas maravilhas e lições. Parabenizo o jornalista José Carlos Fernandes que, mais uma vez, retratou um fato cotidiano com grande talento e perspicácia (Gazeta do Povo, 3/4), convertendo seu texto em alimento de esperança e fé na crença do valor do ser humano. Mas é importante dizer que se não fosse a vontade de Noemi crescer, conhecer, estudar e partilhar, aliada a uma política pública (ProUni), talvez sua jornada fosse, se é que seria, ainda mais espinhosa.
Wilson Galvão, geógrafo, por e-mail
DPVAT
A polêmica criada pela MP 451 pode, finalmente, começar a desnudar o poderio e a influência das seguradoras nas decisões políticas deste país. No momento em que a sociedade exercita cada vez mais os seus direitos, como o de reivindicar a indenização por acidente de trânsito, reaparece o lobby desse segmento poderoso usando argumentos ainda pouco convincentes para não partilhar seus ganhos vultosos e desproporcionais. Melhor seria que se começasse a explicar à Nação como se forma um "pool" de seguradoras para gerir um interesse ou bem público, desprezando todos os caminhos legais que existem para os demais mortais quando se vai estabelecer uma relação contratual público-privada. Feitas as contas das demais indenizações pagas, como invalidez e morte, sobra aí mais de R$ 1 bilhão líquido às seguradoras, por ano. Diante do risco de ter de cumprir sua planilha de sinistralidade, edita-se uma medida provisória sem qualquer disfarce do protecionismo. O povo, a estrutura hospitalar e os gestores municipais que se danem mais uma vez.
Luiz F. Schwartz, Curitiba PR
Obama e Lula
Na minha opinião, a aproximação do presidente Lula ao presidente Obama não só vai melhorar as relações entre os dois países, mas é de importância que o nosso país seja mediador no caso da tumultuada relação entre Venezuela e Estados Unidos.
Adriane Albano, por e-mail
Pit bull
Em resposta ao leitor Eloi Ricardo Bonkoski (Coluna do Leitor 3/4), eu gostaria de convidá-lo a passar uns dias aqui comigo e com minha cachorra pit bull, para ver a doçura que é esse animal, que convive com duas crianças, de 5 e 3 anos, sem nunca mostrar sequer os dentes a elas. Antes de falar em exterminar uma vida animal devemos falar de posse responsável de animais. Acidentes acontecem. Devemos medir as palavras antes de pensarmos em acusações levianas.
Silvio de Macedo Júnior, médico veterinário, por e-mail
Editorial 1
Há diversos filmes sobre os ditos "alunos problema", os quais são conquistados por professores ousados, que fogem das regras habituais e conseguem reverter um quadro de rebeldia aparentemente insuperável. O editorial da Gazeta do Povo de 2/4 trata do problema encontrado nas escolas do país, inclusive citando um filme lançado recentemente. Aproveito para citar outro filme, baseado em fatos verídicos, chamado Escritores da Liberdade. Fica a pergunta: em um país tão criativo como o nosso, por que não realizar um grande debate nacional, porém atentando para as realidades regionais, envolvendo principalmente os jovens? Possibilitaria o encontro de alternativas de ensino que sejam mais atrativas do que o apelo da ação de gangues, que muitas vezes têm como combustível as drogas. É extremamente necessário que se avance nesta questão, saindo das boas, porém pontuais, soluções. Basta ousar, ouvir, inovar, tentar, querer.
Pedro Luiz Gubert Brandt, por e-mail
Editorial 2
Gazeta do Povo está de parabéns pelo editorial de 2/4. Demonstrou sensibilidade social ao abraçar a causa da educação e mostrar as origens do caos em que se encontra a educação pública e privada no país. Aqui no Paraná a inversão de valores se dá de maneira oficial, pois quando um governo festeja ampliação de celas ou inauguração de penitenciárias e gasta muito em publicidade em sua rede oficial para divulgar tal feito, seguramente algo está errado.
Sérgio Vicentin, Curitiba PR
Estacionamento
O comentário do leitor Alcione Mello (coluna de 3/4) retrata bem uma verdade sobre a sem-vergonhice de nossos deputados, vereadores e governantes. A construção do "Palácio" Municipal da Saúde nos dá uma amostra de que a malandragem desta gente está em todos os níveis. Enquanto gastam-se fortunas para construir soberbos palácios, adquirir terrenos para conforto desses oportunistas, nossos filhos estudam atrás de grades, estão vulneráveis ao tráfico de drogas e nossas favelas só aumentam. Agora que um espertinho chamou nosso turista internacional 5 estrelas de "o cara" é que as coisas vão piorar.
Jose Carlos Novisk, por e-mail
Desumano
Dizer que existe consciência nos políticos que elegemos é colaborar com a mentira em que vive nosso país. Não tenho dúvida sobre a opinião dos leitores ao ver na primeira página deste jornal (2/4) duas notícias que, no mínimo, levam a sentimentos totalmente opostos: condenação pelo absurdo da farra política, sendo assessorada por tantos funcionários. Isto somente demonstra a falta de competência dos eleitos. Se trabalhassem numa empresa privada com certeza seriam demitidos por justa causa; é dolorido pensar nos pequenos das Apaes que não encontram misericórdia nos dias de hoje. Não existe coração nem recurso para dar a elas a assistência básica para a vida. Por que fazemos parte dessa história vergonhosa que vive o país?
Iara Maria Romanoski, por e-mail
Doações
Eu fico imaginando o que faz uma empresa doar 200 ou 300 mil reais a um parlamentar. Agora que o escândalo estourou, alguns políticos aparecem na mídia batendo no peito e cheio de orgulho declaram: "A doação que recebi foi oficial, legal". A promiscuidade dessa prática é vergonhosa, eles não ficam nem vermelhos. Ou será que essas empresas são tão patriotas que apostam que aquele político fará do Brasil uma nação melhor.
José Roberto da Luz, por e-mail
Filme
Haverá alguma reprise do filme O Barão do Serro Azul? O horário da sessão de 29/3, para mim, foi muito tarde e não pude vê-lo. Eu sempre soube que ele é um personagem importantíssimo na história paranaense, pouco conhecido de todos nós.
José Maia, por e-mail
Drogas 1
Eu sou a favor da descriminalização da maconha. Ela produzirá muitos empregos, mais arrecadação de impostos e alívio na criminalidade.
Ivan Prado, por e-mail
Drogas 2
A descriminalização do uso da maconha só vai incentivar o consumo, abrindo espaço para a liberação de outras drogas, como a cocaína. E quem é capaz de investir num mercado desses não vai pensar em outra coisa senão o lucro.
Zinka Tatiana Cardoso, por e-mail
Lista de servidores 1
O triunfar das nulidades fica a cada dia pior em nosso país: "cada um" de nossos deputados emprega 45 funcionários, a Câmara aprova proposta para "aumentar" os vereadores no país, o chefe de gabinete do prefeito recebe ilegalmente R$ 168 mil reais, o técnico Dunga está mais prepotente, as diretorias do Senado sofrem "pequenas" reformulações, prefeitos querem "perdão" de dívidas que não deveriam ter sido feitas. A impunidade continua sendo o esteio. Sem dinheiro, as Apaes terão que reduzir atendimentos, enquanto o "bolsa família" continua garantindo votos de satisfação ao nosso presidente.
Murilo L Ribeiro, empresário, Curitiba PR
Lista de servidores 2
É uma vergonha. Se todos os funcionários da Assembleia forem trabalhar durante o expediente normal, provavelmente teria que fazer uma fila começando perto da prefeitura, pois lá não tem espaço para tanto cabide de emprego.
Nelson Ratin, por e-mail
Lista de servidores 3
Todos que ocupam cargos públicos, mesmo que temporariamente, são servidores públicos e devem obedecer e fazer cumprir as leis e regulamentos determinados na Constituição, sob penas previstas também na lei. O dia em que isso estiver presente em todos os cidadãos, a consciência de que pode e deve exigir responsabilidade e cumprimento das leis por suas autoridades, sem precisar recorrer a ações junto ao Ministério Público para forçar que suas autoridades cumpram a lei, o cidadão, do mais humilde ao mais preparado, começará a caminhar em direção à democracia. Não há favor algum em a Assembleia Legislativa proceder à transparência; ao contrário, é uma obrigação determinada em lei que já deveria ter sido cumprida há décadas e os que insistirem em não cumpri-la, de forma integral, devem sofrer as sanções previstas em lei.
Júlio César C. A. de Oliveira, Curitiba PR
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