Na periferia, a maioridade já foi reduzida há muito tempo, pois o filho do trabalhador já trabalha, cuida da família e enfrenta a violência desde muito cedo (Gazeta, 8/4). Ao invés de discutir a redução da maioridade penal, deveríamos discutir o aumento da maioridade educacional. Para reduzir os índices de violência, devemos ter mais adolescentes nas escolas e com seus direitos sociais garantidos, e não na cadeia.
Maioridade penal 2
Defendo a redução da maioridade até para adolescentes com menos de 16 anos. Mas tal mudança só terá serventia quando pudermos crer que uma nova legislação penal não mais privilegiará a impunidade, e, por seu rigor, passará a dissuadir a prática do crime; que a tríade processual extirpará de seu seio todo e qualquer tipo de chicana; e quando dispormos de presídios humanos e operados por indivíduos competentes; e, por fim, quando toda essa credibilidade se enraizar também nas mentes criminosas reais e potenciais. O momento atual dispensa discussão e exige ação.
Maioridade penal 3
Enquanto todos os direitos sociais de nossas crianças e adolescentes não forem devidamente respeitados, não podemos ficar discutindo a redução da maioridade penal. Além de desumano, é uma medida que nem de longe resolverá os problemas de segurança do nosso país e que destinará aos nossos jovens apenas um futuro: o encarceramento.
Calçadas 1
“É óbvio que o proprietário deve ser responsável pela calçada em frente ao seu imóvel (Gazeta, 8/4); assim como a prefeitura deve ser responsável pela fiscalização e nada faz. É isso o que permite calçadas destruídas e esburacadas por toda a cidade. Boa conservação das calçadas é o mínimo na urbanização.”
Calçadas 2
“A calçada é via pública e não fica dentro da propriedade de ninguém. A responsabilidade é da prefeitura. A lei atual está errada; a administração deveria cuidar da cidade e assumir essa responsabilidade. Já os vereadores poderiam se unir para modificar essa lei, pois não beneficia a coletividade e impede muitas pessoas de circular.”
Calçadas 3
“Se fosse feita pelo menos a colocação do meio-fio, alinhando todas as ruas, facilitaria em muito para quem pretende fazer a calçada em frente de casa. E também haveria a padronização do tipo permitido.”
Maioridade penal 4
Todos contra a redução da maioridade penal têm discursos bonitos e ilustrativos. Se tivessem que ficar face a face com um desses adolescentes em conflito com a lei que ficam isentos de responsabilidades jurídicas, com certeza, iriam pensar de outra maneira.
Calçadas 1
Ninguém anda pelas calçadas nos bairros de Curitiba, pois são horríveis e cheias de degraus (Gazeta, 8/4). Somente a prefeitura poderia fazer esse serviço a contento e com um projeto único de construção para todos os passeios.
Calçadas 2
A obrigação em fazer a calçada é do proprietário do imóvel na maioria parte das cidades. A prefeitura pecou pelo fato de não existir meio-fio em quase todos os bairros. Entendo que a calçada é de competência do proprietário.
Lixo na rua
Infelizmente temos que criar leis para punir e disciplinar as pessoas mal educadas que jogam lixo na rua. É preciso doer no bolso para a população aprender a ter consciência.
Ajuste fiscal
O panelaço é uma manifestação justa de um povo que não está satisfeito com uma situação política e econômica. Devemos evitar a violência verbal e física nessas manifestações. Não sabemos exatamente o que significa o ajuste fiscal sobre o qual fala a presidente Dilma. Se for arrocho salarial, aumento dos juros e retirada de direitos trabalhistas, nós, brasileiros, não aceitaremos. Mas se representar economia nas contas públicas, diminuição de privilégios no Executivo, Legislativo e Judiciário, nós promoveremos. Vamos ver quem vai pagar a conta do ajuste fiscal: o povo sofrido ou os privilegiados de Brasília.
Financiamento de campanha 1
O foco da reforma política deveria ser a diminuição dos custos das campanhas. O voto distrital parece ser uma saída razoável.
Ministro da Educação
Não basta ser crítico, é preciso ser coerente. Pelo menos coerente parece que o senhor Renato Janine Ribeiro, novo ministro da Educação, não é. Antes era um crítico ferrenho do Planalto, mas agora foi nomeado ministro e faz rasgados elogios ao governo.
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Futuro digital
Aos 26 anos, considero-me um vovô perto dos mais jovens. A geração de hoje é eclética e imprevisível. Eu procuro uma vida linear, como a que meus pais tiveram. O mundo mudou demais nas últimas décadas. A informação proliferou e as ciências se desenvolveram. A humanização, contudo, ficou em segundo plano. Fico pasmo toda vez que, em um ambiente público, um grupo de pessoas interage por meio de um celular. Deixam passar a possibilidade de estar ali, frente a frente, sentindo o calor do interlocutor, suas expressões, e as características que não podem ser sentidas nos canais digitais.