Os poderes constituídos estão cada vez mais perdendo a sua legitimidade. O povo não agüenta mais tantos desmandos e corrupção. A lentidão, leniência e morosidade tomam conta dos três poderes. Dorme nas gavetas dos parlamentares, e nas comissões de trabalho constituídas no Congresso Nacional, dezenas de projetos de lei, que beneficiariam a Nação e o povo brasileiro. No entanto, não andam, não saem das gavetas. Quando passa na Câmara, emperra no Senado Federal; é o caso, por exemplo, do PLC 20/06. Daí ficamos a perguntar, porque será que se faz tanto uso de medidas provisórias? Moroso, leniente, também o Poder Judiciário é outro pesadelo que atormenta a sociedade brasileira. A demora é tanta, que muitas vezes, ao sair a sentença, o beneficiário já não se encontra entre nós, morreu. Até parece que essa morosidade e leniência são propositais, porque quase sempre o réu é o próprio governo, que no caso dos aposentados não cumpre o que está escrito na Constituição Federal. Por essas e outras razões é que vemos aí: tratoraços, depredações do Legislativo, revolta carcerária, greves do funcionalismo público. É a população insatisfeita se manifestando, ainda que alguns de maneira mais radical.
Antonio Pereira, contador-auditorLondrina, PR
Direitos humanos
Gostaria de saber onde está o pessoal dos direitos humanos para dar assistência ao policial ferido em Brasília ou se os mesmos estão indo nas residências dos policiais mortos pelas rebeliões em São Paulo e outros estados. Onde fica o direito humano dos cidadãos que pagam seus impostos e pagam os salários dos corruptos do Brasil?
Carlos Godoy Curitiba, PR
Vandalismo 1
Os arruaceiros do MLST, que se dizem defensores do povo, na verdade demonstram que não têm respeito algum pelo bem público ou privado. Não foram assim classificados por quê? Por que são amigos do presidente? O que vão invadir amanhã? Nossas residências? Conclamo o povo a exigir de nossos representantes no governo a aplicação integral da lei para esses baderneiros e a cobrança dos prejuízos dos dirigentes desse movimento terrorista.
Jorge Abdo El Assad, administradorCuritiba, PR
Vandalismo 2
O injustificável episódio da invasão do Congresso, em 6/6/06, só alegrou quem esperava manifestações da Besta nesse dia, e teve oportunidade de assistir a várias delas em ação. Preocupa que a evolução desse processo transforme os Três Poderes em instituições "666-boca". As reações contrárias ao ataque do MLST foram maioria, mas não foram poucos os que a justificaram "veladamente". Há pessoas que compreendem e aceitam manifestações radicais; alguns políticos compreendem e aceitam a corrupção como prática "institucionalizada". Nada justifica esses atos de violência. Eles servem para lembrar que os atores institucionais não são imunes aos seus atos e omissões. Teríamos menos "sem-teto" e "sem-terra" se tivéssemos menos "sem-vergonhas" atuando nas instituições, e menos "libertadores dos sem-terra" se não tivéssemos tantos "libertadores de sem-vergonhas". Se juntarmos ao episódio do Congresso outros, recentes, é possível perceber que estamos flertando, perigosamente, com a desordem. Ou as instituições se autodepuram, se moralizam, se humanizam e se conscientizam de seu papel social e democrático, ou as conseqüências poderão ter desdobramentos imprevisíveis, mesmo para os adoradores do caos.
Adílson Luiz Gonçalves, escritorCuritiba, PR
Vandalismo 3
Começaram com as invasões de terras chamadas improdutivas. Migraram para fazendas produtivas promovendo quebra-quebra, destruindo e incendiando tudo que encontravam pela frente. Depois, passaram para invasões de cunho político como a fazenda do ex-presidente Fernando Henrique e prédios públicos. Como não deu em nada, a impunidade sinalizou para invasões de maior impacto na mídia. Invadiu-se então e quebrou-se todo o laboratório de genética botânica da fábrica de papel Aracruz. Ato este de puro vandalismo, já que não houve qualquer reivindicação por parte dos baderneiros do MST. Na esteira da eterna omissão das autoridades de todos os níveis, e nenhuma condenação formal da alta cúpula do PT, veio então a invasão da Câmara dos Deputados. Quando se afaga, se cultiva e se protege pilantras e também quando, em vez de limpar, prefere-se varrer a sujeira para debaixo do tapete. Não se pode esperar nada melhor do que estão fazendo os velhos companheiros do andar de baixo. Com o PT no poder, cada vez mais o medo está vencendo a esperança. Se é que ainda há esperança.
Rubens Santos, empresárioCuritiba, PR
Segurança pública
Ontem (8/6), fui vítima de mais uma dessas violências tradicionais, e, pela primeira vez, pude acompanhar de perto a competência, rapidez e a habilidade dos policiais militares do 12.º Batalhão, que com um serviço de extrema dedicação conseguiram prender os "meliantes" que me assaltaram, trazendo de volta alguns dos pertences que haviam me roubado. Entre esses indivíduos havia um menor infrator, o que prova que atualmente a escola da rua é mais atrativa do que a educação formal. Agradeço os profissionais da Secretaria de Segurança Pública do Estado do Paraná na rapidez da solução desse caso, que para muitos poderia ser visto como "mais um" da história policial.
Lunemar Borges, professoraCuritiba, PR
Calçada precária
Estudo em faculdade no bairro Santo Inácio. Na Rua Sydnei Antônio Rangel Santos, passa a maioria dos alunos que vêm pela BR-277 e vão em direção à faculdade e trafega o ônibus TuiutiBarigüi. Ocorre que nessa rua existe somente um pedaço de ciclovia e que está tomada pelo mato. É difícil andar por ali. Eu passo por ali em direção ao ponto do ônibus São Braz, que passa somente na BR. Solicito aos responsáveis pela limpeza e conservação de ruas e calçadas que dêem maior atenção ao local. Muitos estudantes sofrem com a falta de um local mais seguro e prático para fazer esse trajeto. A falta de calçadas mais apropriadas, devido ao movimento de veículos, é um perigo para os pedestres.
Péricles Rech., estudanteCuritiba, PR
Carga tributária
A carga tributária da classe médica vem sofrendo vários aumentos nos últimos anos, em particular na área previdenciária, onde todos os convênios tributam sobre teto máximo, independentemente da comunicação prévia anual demonstrada pelos profissionais. Além da quase quadritributação, aqueles que solicitam ressarcimento amargam anos de espera infindáveis, com pouca perspectiva de alcançarem aposentadoria condizente com sua contribuição. Além disso, o mesmo ocorre com a prefeitura que, além da cobrança anual do ISS dos profissionais autônomos, bitributa toda a sua produção de cooperativa médica, caracterizando absurdo fiscal, independentemente da jurisprudência prévia já obtida por alguns convênios. A questão é: deve a classe médica permanecer à mercê da volúpia tributária da nossa prefeitura ou devemos reverter esse estado de coisas via jurídica?
Roberto Boscardin, médicoCuritiba, PR
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