Muito do que se expressa quando as pessoas dizem querer uma intervenção militar é um desabafo porque sentem que hoje o Brasil está como um trem fora dos trilhos (Gazeta, 17/3). Quem foi para a rua no domingo quer justiça e punição aos corruptos e corruptores e rejeita, sim, o governo federal e a ideologia do PT. Mas, em sua maioria, os brasileiros querem uma democracia consolidada. Muitos dos manifestantes rejeitam partidos que se apropriam desse nome e nada mais são do que a outra face da mesma moeda do regime militar.
Manifestações 2
Muito interessante o resultado das pesquisas sobre os participantes das manifestações dos dias 13 e 15 de março. Com relação ao domingo, a maioria cursou o terceiro grau, é de direita, e também é favorável à intervenção militar. Onde estava o povo, propriamente dito, nisso tudo? Classe média e média alta são os principais representantes do “contra tudo o que está aí”.
Manifestações 3
Eu acho engraçado todo mundo bradar “fora Dilma e fora PT”, mas quase não vejo ninguém gritar “abaixo aos salários de todos os políticos e demais privilégios”. Só tirar a Dilma e o partido dela não adianta. Estamos cheios de partidos políticos e novos são criados quase que todos os dias; a história com certeza vai se repetir sempre. Temos que exigir é que os três poderes não tenham mais tantos privilégios, como os salários absurdos e inúmeros auxílios. E depois dizem que “o gigante acordou”.
Manifestações 4
Depois dos protestos feitos pelo Brasil inteiro no domingo, o governo falou em estado democrático de direito, mas ainda não conseguiu entender as vozes das ruas. Nunca se viu uma manifestação tão pacífica e ordeira. O recado das ruas foi dado. Enquanto os representantes do governo falavam, um panelaço era ouvido no país inteiro. Ou seja, esse governo perdeu a credibilidade.
Cidadania
Nos dias em que estamos é mais fácil praticar atos extremistas ao invés de exercemos nosso papel como cidadão e se manifestar nas urnas. Mas como foi dito no post “A hora e a vez das aulas de cidadania”, no blog educação no dia-a-dia” (Gazeta, 17/3), somos destreinados ao ponto de preferir simplesmente gritar nas ruas e isso sem ao menos conhecer o papel da tripartição dos poderes. Mas a culpa é de quem? Dos pais ou do governo? Creio eu que essa deficiência é regida pelos nossos próprios políticos - seria mais ou menos como “o voto de cabresto” no começo da República. Não culpo os pais.
Lava Jato
A solução é transformar a corrupção em crime hediondo. Quando alguém desvia dinheiro público, retira verbas da segurança pública, da saúde, da educação e de outras áreas. Essa medida iria ajudar muito. Mas, na minha opinião, acabar com a corrupção é um sonho impossível.
Limpeza pública 1
Os funcionários da limpeza pública merecem receber um salário digno, assim como todas as outras classes de trabalhadores mais humildes. Alguns falam que são profissões que não exigem qualificação, mas é inegável que, além de ser um trabalho digno, é insalubre e essencial à sociedade.
Limpeza pública 2
Os coletores de lixo ganham R$ 1.118. Parem um pouco e pesquisem: os professores do Ensino Fundamental ganham cerca de R$ 1,4 mil. Não quero desmerecer os profissionais da coleta de lixo, mas, sim, mostrar que o professor é muito mal remunerado.
População de rua
Isso também merece um grande protesto da população civilizada (Gazeta, 17/3). Alguns estão na rua por alguma desventura, sofrimento pela perda de entes queridos, inconformidades, ou até pela fraqueza ao vício, entre outros. E, os demais casos, devem ser amparados pelos assistentes sociais e encaminhados – de acordo com suas reais necessidades.
Lei Seca
Acho que ainda é necessário melhorar muito a fiscalização da Lei Seca (Gazeta, 17/3). Quem dirige bastante em Curitiba e RMC sabe que é pouco provável ser multado por um policial; o controle é quase inexistente. Nas rodovias vemos todos os tipos de barbaridades possíveis e poucos policiais rodoviários. Hoje é muito mais fácil ser multado por uma máquina – que mede apenas a velocidade – do que por um agente.
Black Friday
Deveria ser proibido o uso desse termo Black Friday aqui no Brasil. Lá nos Estados Unidos é uma tradição e dá certo; aqui o consumidor muitas vezes é enganado. Jogam os preços na estratosfera alguns dias ou algumas semanas antes, e depois dão “descontos”. No final das contas, o consumidor paga a mesma coisa do que em quaisquer outros dias.
Charges
A Gazeta sem nenhuma dúvida possui uma equipe muito bem qualificada, a qual é colocada entre as melhores de nosso estado. Sensacional a criatividade do cartunista Benett (Gezeta, 17/3), onde, além dos traços, se lê “a corrupção é uma senhora idosa” e “pronto, já botou a mãe no meio”.
Agradecimento
A Gazeta do Povo agradece os votos de feliz Páscoa do leitor Ron Carlos de Oliveira.
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