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Gostaria de parabenizar o jornal pela matéria com as perguntas e respostas sobre o projeto do metrô (Gazeta, 23/8). É atual, abrangente e imparcial. Não tenho nada contra essa modalidade de transporte, exceto no que diz respeito ao custo. Acredito que não seja uma necessidade incontornável para Curitiba. Bastariam alguns ajustes nesse momento em que se discute a revisão do Plano Diretor. É preciso fazer a revisão para baixo nas densidades dos setores estruturais; buscar reequilibrar as relações entre uso habitacional e não habitacional nesses locais e no Centro; criar novos corredores exclusivos; e ainda reforçar a Linha Verde. Com o atual ritmo de crescimento demográfico da cidade, isso afastaria a necessidade do metrô por uns 50 anos. A cidade não ficaria tão endividada e poderia investir mais em outras prioridades.

Alberto Maia da Rocha Paranhos

Vereadores

“Política não é emprego e não pode ter uma remuneração tão elevada. Os vereadores devem ter um salário normal — como o de qualquer outro trabalhador. É hora de agirmos e de dar um basta nessa situação absurda.”

Marcia Alves, via Facebook, no editorial “Quanto vale um vereador?”.

Ministérios

“Não adianta cortar ministérios e mesclar esses dez com os outros remanescentes. Nesse caso será mantendo o atual custo da máquina pública.”

Cristian Kleuser, via Facebook, na matéria “Governo vai reduzir dez ministérios, anuncia Nelson Barbosa”.

Torcida Organizada

“Sou da opinião que as torcidas organizadas deveriam ser proibidas nos estádios”.

Patrick Martins, via Facebook, na matéria “Polícia gaúcha é obrigada a separar Ultras e Fanáticos no Beira-Rio.

Ministérios

O governo Dilma anuncia que cortará dez ministérios. Esperamos que realmente sejam feitos cortes e que essas pastas não sejam transformadas em “secretarias” com poderes e gastos de “ministérios”. É preciso reduzir despesas, demitir e fazer economia – como o povo brasileiro tem feito há anos.

Beatriz Campos, São Paulo – SP

Oposição

Precisa e correta a análise do editorial “A oposição letárgica” (Gazeta, 23/8). Não existe no Brasil um partido verdadeiramente liberal, que defenda a livre iniciativa, a baixa intervenção estatal, a tradição e os valores morais nos moldes do Partido Conservador britânico, por exemplo. A atuação excessiva do Estado tem como resultado, entre outros malefícios, a corrupção desenfreada – como estamos vendo atualmente. Não existiria a Operação Lava Jato se a Petrobras fosse uma empresa privada.

Antonio Veiga, advogado

Lava Jato

A Operação Lava Jato é uma grande oportunidade de o Brasil resgatar a moralidade política, a honestidade no trato da coisa pública e de mostrar que todo poder tem limites e pertence ao povo – na forma da lei e da Constituição. Não adianta alguns acusados ou suspeitos afirmarem que pagaram os impostos sobre o dinheiro recebido, pois o que caracteriza o crime é a origem ilícita do dinheiro. Muitos deles insistem que receberam essas pequenas fortunas por serviços de consultoria. Mas não conhecem a língua pátria nem os assuntos sobre os quais afirmam ter discorrido e emitido pareceres.

Antonio Ferreira de Carvalho

Décimo terceiro

O pagamento da primeira parcela do 13º dos aposentados está uma novela. No meu extrato bancário não está previsto o depósito. Até agora não vi sacrifícios por parte do governo federal e do Congresso no ajuste fiscal; somente o povo está pagando a conta com aumentos dos impostos e serviços.

Carlos Cotta

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Inflação

A inflação tem origem na elevada demanda ou pode ser proveniente dos custos. Não se trata de demanda, pois o consumidor está retraído. Além do déficit nas contas públicas, estamos pagando alto pela falta de investimento em infraestrutura. É o caso da energia elétrica, que pressionou os preços no primeiro semestre. Outros fatores que contribuem são: juros, câmbio, alta tributação, falta de competitividade (tecnologia), qualificação do trabalhador, falta confiança dos mercados , entre outros. Há ainda a incompetência governamental. No Brasil se pratica uma política de governo e não de Estado.

Ivan Petry Maciel

Getúlio Vargas

Há 61 anos, na manhã de 24 de agosto de 1954, o presidente Getúlio Vargas se suicidou e colocou fim à grave crise política. O país, saído da ditadura do próprio Vargas – que durou de 1930 a 45 –, mergulhava outra vez na incerteza com a proliferação de tentativas golpistas, o fortalecimento do populismo e outros problemas que acabaram por liquidar a democracia implantada com a Constituição de 46. Mas o Brasil de hoje é mais resistente que o de outrora. Mesmo assim precisamos de rapidez no encaminhamento das crises. Não somos mais aquele país agropastoril. Nossa economia industrializada e de competição global não pode ficar indefinidamente esperando para saber o que os políticos ou a justiça farão com a presidente e seu governo. As instituições nacionais têm o dever cívico de buscar, com urgência, saídas para os impasses e para a crise.

Dirceu Cardoso Gonçalves, tenente e dirigente da Associação de Assistência Social dos Policiais Militares de SP
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