Com a tecnologia avançada, muitos adolescentes e jovens têm se apropriado das inovações high-tech. Dentro de ônibus, em Curitiba ou na região metropolitana, utilizam equipamentos celulares com volumes extremamente altos. Estes jovens não se importam com os demais passageiros, que são obrigados a ouvir músicas, na maioria das vezes, com letras chulas e depravadas. Já que pela Constituição brasileira o interesse coletivo sobrepuja o individual, pergunto: por acaso existe alguma lei que proíba o uso de equipamento sonoro dentro dos ônibus coletivos? Em caso de existir, qual deverá ser o procedimento do passageiro que se sentir ferido em seu direito?
Edval Romão Correia, administrador de empresa, Pinhais PR
Sem crise
A reportagem "50 anos, sem crise" (Viver Bem, 18/1) indiretamente se refere à passagem do tempo. Esse mesmo tema é abordado a partir de outra perspectiva no filme "O curioso caso de Benjamim Button", que estreou recentemente. Através da imaginação, podemos considerar o impacto em nossa vida se pudéssemos inverter ou retardar o processo de ação do tempo. A experiência com artes pode ser vista como um estado alterado de consciência, devido ao prazer que sentimos quando entretidos em divertidas tardes no cinema.
Jorge Luiz Santos, por e-mail
ProUni 1
Se for liberado o ProUni para estudantes de escolas particulares, é lógico que estes terão mais chance. Os que estudaram em colégio particular acabam tirando a vaga de alunos oriundos de escolas públicas. A universidade federal, por exemplo, só deveria permitir inscrição para estudantes de colégio público.
Ziley T. Faxina, por e-mail
ProUni 2
As regras para a inscrição na bolsa do ProUni são claras, mas não acredito que estejam adaptadas à realidade: aqueles que não têm condições de pagar pelos estudos e, através do esforço, vencem suas próprias dificuldades e conquistam uma bolsa para o ensino superior merecem, sem dúvida, essa oportunidade; aqueles que pagam pela educação, pagam porque valorizam a condição de educandos e também merecem o acesso à faculdade, mesmo que sua situação financeira seja desfavorável no momento. Sem educação não existe esperança para uma sociedade e por isso o acesso a ela não pode ser pervertido em razão de uma política demagoga de distribuição de renda.
Gabriel Bello, por e-mail
ProUni 3
Todos os seres humanos têm direitos iguais, mas o ProUni deve dar preferência a estudantes de escolas públicas. Quem estudou em escola pública, teoricamente, não tem o mesmo preparo de estudantes de escolas particulares.
Ingrid Catapan, por e-mail
Aposentadorias
É a única classificação que se pode dar ao índice de reajuste das aposentadorias e pensões do INSS: 6,22%. Sequer será paga a inflação integral de 2008, que é de 6,48%. Enquanto isso, o salário mínimo sobe 12,05%, porque esta é a base das inúmeras bolsas-esmola que são distribuídas pelo governo federal. O Executivo manobra para que a Câmara não vote e aprove, como já fez o Senado, o Projeto PL 58/03, do senador Paulo Paim, que recompõe todas as perdas salariais dos aposentados desde que o fator previdenciário foi implantado. Há dinheiro para recompor as perdas, mas para o trabalhador brasileiro, que com seu esforço construiu e constrói este país, resta uma banana.
Nina Graça de Oliveira Cardoso, psicóloga aposentada, Londrina PR
Obama 1
É estranho a idolatria ao presidente dos Estados Unidos, Barack Obama. Sentimento não só deles, mas mundial. Muitas pessoas que nunca leram ao menos uma linha das propostas do presidente o defendem tão fervorosamente tanto quanto detestam o ex-presidente George W. Bush. Só para citar um exemplo, creio que a maioria dos brasileiros seja contrária ao sexo promíscuo e ao aborto. O sr. Bush sempre incentivou a virgindade antes do casamento e a fidelidade. Impopular entre os liberais, mas muito efetivo para evitar doenças e gravidez indesejada. Já o atual presidente está se cercando de militantes pró-aborto. Não pretendo ensinar os estadunidenses a votar. Mas nós deveríamos aprender a questionar as unanimidades.
Leonardo Hassegawa, médico, Curitiba PR
Obama 2
Da mesma forma que grande parte do povo americano suplantou o racismo, o resto do mundo também poderá esquecer o anti-americanismo. É só Barack Obama colocar em prática tudo o que falou no discurso de posse.
Wilson Gordon Parker, por e-mail
Sapatos
Ser um áulico é atingir o ponto máximo da degradação da personalidade e do caráter. É vender a alma. É atingir o mais baixo grau da vilania e do autorrespeito. Aquela foto do presidente Lula ameaçando atirar um sapato em alguém mostra os sorrisos de vários homens que atribuíram a si próprios esse adjetivo. Que pobreza, pessoal.
Luiz Mario Lampert Marques, engenheiro eletrônico, Curitiba PR
Verba indenizatória
Não há razão alguma para os senadores receberem verba indenizatória. Será que o gasto desta verba tem algum retorno para o estado?
Carlos Taborda, por e-mail
José Carlos
Achei ótimo o texto de José Carlos Fernandes (Gazeta, 16/1). Incrível como ele tem a capacidade de nos colocar no cenário, como se fôssemos os protagonistas. Me senti aliviada pois, até pouco tempo, me sentia um ET dizendo coisas que não eram compreendidas pela geração mais jovem. Dia desses, convidei minha filha de 12 anos para ir ao "matinê" e fui surpreendida com "credo, o que é isso mãe?" Após muitos risos, ela disse que o "certo" é falar "cinema". Reconhecendo a inevitável dinâmica da linguagem e dos costumes, é uma pena que as novas gerações não tenham conseguido trazer para a atualidade, seja lá com que nome for, os saraus e as serenatas.
Araci Asinelli da Luz, por e-mail
Lei seca 1
Até o presente momento, a lei seca nas estradas brasileiras não surtiu efeito nenhum. Basta ligar a tevê e presenciar tragédias e mais tragédias envolvendo motoristas que ingerem bebidas alcoólicas. Na minha opinião, muitos dos que se dizem motoristas não tomaram consciência disso.
Adair José Dias, por e-mail
Lei seca 2
A lei seca deve ser aprimorada para surtir os efeitos desejados, pois o que está sendo feito em termos de lei para coibir o consumo de álcool aos motoristas ainda é insuficiente. A lei deve aumentar ainda mais as penalidades, como a prisão inafiançável em casos de acidentes, apreensão imediata e leilão do veículo envolvido. O dinheiro arrecadado pode ser utilizado na educação do trânsito.
Herivelto Cunha, por e-mail
Asilo político
Acredito que o Brasil tenha problemas demais para resolver do que ficar discutindo questões internacionais, por mais que isso faça parte do governo. O Ministério de Relações Exteriores foi criado para isso. Que outro órgão competente julgue isso, ou a ONU ou outra instituição que tenha tais poderes. Acho que nós brasileiros devemos nos concentrar na crise que assola o país; as demissões em massa, impostos absurdos como IPVA, sem falar da guerra contra as drogas em favelas, fronteiras sem fiscalização, cidades destruídas pelas enchentes etc. Tudo isso merece atenção e investimento por parte do governo federal. Quando solucionarmos todos esses problemas, aí sim poderemos nos preocupar com problemas alheios.
Osmar Taborda de Faria, por e-mail
Pedágio
Fui para o litoral pela rodovia 277 com um Fusca ano 73, e levei uma moto 125cc engatada na carretinha. Ao chegar no pedágio, o assalto foi maior do que de costume: paguei R$ 18,80 pela autorização de passagem. Se a intenção principal de levar a moto fosse para economizar combustível no litoral, teria uma decepção enorme. Gastei R$ 50 de gasolina para descer e subir a serra, e total de R$ 37,60 no pedágio, que corresponde a 75% do combustível. Considerem que eu fosse somente de moto: R$ 37,60 de gasolina equivale a uma autonomia de no mínimo 500 km, o suficiente para ir ao litoral duas vezes, ida e volta, sem o pedágio, claro. Se R$ 12,50 já é absurdo convencionalmente, o que dizer de pagar R$ 18,80 por passagem com a carretinha engatada? Fico desanimado com esta situação, mas prevalece uma ilusão e esperança que um dia alguém consiga derrubar estas explorações e ainda teremos estradas em boas condições. O pior será viver até o fim do acordo de concessão atual, e depois ver o contrato ser renovado.
Alvaro Fila, por e-mail
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