Ótima ideia desta gestão da Prefeitura Municipal de Curitiba de criar um novo binário entre o Jardim Botânico e o Rebouças (Gazeta, 20/1). Basta saber se eles estão prevendo no cruzamento da Rua Guabirotuba com a Avenida Comendador Franco uma trincheira para melhorar a segurança e fluidez do tráfego, uma vez que a topografia permite a implantação da mesma ou se eles serão retrógrados como as administrações anteriores que foram contra trincheiras e viadutos, causando uma lentidão do trânsito na cidade e insegurança aos motoristas e alvo fácil para os ladrões de sinaleiros.
Nelson Theodoro M. Schneider
IPTU no litoral
Meu imóvel em Curitiba tem o dobro do tamanho e do valor do apartamento em Guaratuba. Entretanto, o IPTU de Guaratuba é duas vezes mais caro (Gazeta, 21/1). Os serviços prestados pela prefeitura são péssimos. Guaratuba há anos precisa de uma reforma geral no sistema de trânsito. Este ano fizeram uma pequena mudança na avenida principal e nada mais.
Antonio C. Souza
Segurança
Mais um assunto do governo do estado que ficou parcialmente resolvido volta à tona: a falta de pessoal e de estrutura para gerir a crescente população carcerária, o que obriga a reativação do presídio provisório do Ahú como medida para evitar novas rebeliões. Além de ser uma ação totalmente contrária às pretensões de modernização de nossa capital, ainda contribuirá como argumento para mais demora na efetiva revitalização do local, e a efetiva instalação do Centro Judiciário de Curitiba.
Paulo Henrique Debiasi
Educação
As escolas públicas paranaenses eram, até a década de 80, consideradas de qualidade. Os problemas surgiram a partir de 88 com a implantação do "ciclo único", método em que os alunos das séries iniciais eram aprovados automaticamente. Porém uma criança que não é alfabetizada e chega à 4.ª série nessa condição perde o prazer de ir à escola. Os primeiros anos da vida escolar provavelmente determinarão o futuro de cada cidadão brasileiro. Se nada for feito, como serão os profissionais e cidadãos do futuro?
Nelma Suzan
Bitucas de cigarro
Muito boa a matéria sobre os males que provocam as bitucas de cigarro (Gazeta, 13/1). Parabéns, vocês estão sempre à frente na divulgação de cuidados com a saúde.
Cleber Luiz Oliveira
Leis demais
Achei salutar e lúdico o artigo do dr. Egon Bockmann Moreira (Gazeta, 21/1). Nosso país deve ser o campeão em leis no mundo. Simplesmente utilizam-se desse mecanismo para fazer cumprir normas já existentes ou, como no caso dos vereadores, dar nome às ruas. As casas legislativas, ao que parece, perderam sua razão de ser, pois, em vez de se preocuparem com coisas que realmente são importantes, utilizam o seu precioso tempo e nosso valioso dinheiro para editar leis como as que foram citadas pelo Dr. Egon, vide o "Dia Nacional de Combate e Prevenção ao Escalpelamento". Pelo que vemos realmente assuntos como segurança e educação andam às mil maravilhas.
Igor Strasbach
Vandalismo
Penso que o vandalismo aumentou absurdamente pelos seguintes motivos: pais que não educam seus filhos; falta de temor dos jovens às autoridades, pois o Estatuto da Criança e do Adolescente atenua seus delitos; o uso indiscriminado da maconha e do crack, também com apoio do Estado, já que o usuário de drogas não é considerado criminoso; falta de aplicação de multas pesadas aos infratores ou aos seus responsáveis e a omissão da sociedade em denunciar os vândalos (Gazeta, 18/1).
Wilson Schneider Amaral
Oficina de música
Como sempre, a Oficina de Música de Curitiba traz excelentes atrações, repertórios de primeira e plateias lotadas. No entanto, peca ainda em alguns setores da logística tais como a fila excessiva nas bilheterias e a falta de profissionais competentes no atendimento. Na última sexta feira, o programa maravilhoso em homenagem a Chopin com músicos poloneses fez o público delirar e pedir bis. No meio do êxtase musical, um cinegrafista da TV Educativa deu um show à parte no palco, quase sentando, em vários momentos, no colo do pianista que executava com perfeição um concerto de Chopin.
Rita de Cássia
Meia-entrada
O artigo "A fraude ao direito à meia-entrada" (Gazeta, 16/1) é cristalino no tocante ao embasamento legal, mas ignora que a maioria das leis que estabelecem a meia-entrada, apesar de pretender cumprir um interesse social, é quase sempre ditada pelo populismo mais pernicioso. Ao obrigar uma empresa particular que produz um show bancando todas as despesas sozinha sem qualquer contrapartida governamental a vender meia-entrada, é evidente que o Estado faz reverências com o chapéu dos outros.
José Balan Filho, administrador
PAC 2
Por que lançar um PAC 2 (Gazeta, 21/1) se, depois de três anos do lançamento do PAC 1, Dilma Rousseff só conseguiu concluir 33% de seus projetos, além de muitos deles estarem sendo questionados pelo TCU por incontáveis irregularidades? Essa é mais uma apelação do supremo cabo eleitoral Lula para promover a candidatura, muito dura de decolar, da mãe do PAC.
Ronaldo Gomes Ferraz
Haiti 1
É necessário que o apoio internacional ao Haiti traga organização e ajuda de fato. Os sobreviventes podem ser retirados do local da tragédia e transferidos para outras cidades e ficarem alojados nas escolas e igrejas dessas cidades. O dinheiro enviado ao Haiti sem uma metodologia de auxílio pode se perder em gastos desnecessários. É preciso catalogar os nomes dos sobreviventes e das suas famílias, contabilizando os nomes das pessoas desaparecidas a serem encontradas vivas ou não. Hospitais de campanha podem ser montados em outras cidades, e os feridos transferidos de Porto Príncipe.
Yayá Petterle Portugal
Haiti 2
A divulgação dos principais doadores ao Haiti feita pelos meios de comunicação leva à seguinte conclusão: cada país contribui conforme sua posição geográfica ou seu interesse político no país em questão. Por que países como os Estados Unidos ou o Brasil nesse específico caso contribuem mais do que a União Europeia, a China ou o Japão? Porque a União Europeia, a China e o Japão não têm algum interesse no Haiti e por isso se limitam a doar somas pouco mais que simbólicas enquanto os Estados Unidos têm todo o interesse em manter sua influência num país localizado no seu quintal de casa e o Brasil há 6 anos tem no Haiti uma espécie de "vitrine" a sustentar sua pretensão de um lugar permanente no Conselho de Segurança da ONU.
Ricardo Martins Soares