Ocupação da Câmara 1

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Não faz o menor sentido ocupar uma "casa do povo" que está aberta ao povo (Gazeta, 15/10). Em julho, a mesma casa que hoje está sendo ocupada por uma frente de manifestantes esteve aberta para uma plenária popular. No dia do evento, promoveu-se um grande debate com propostas e soluções, porém com baixa adesão popular. Chega a ser incoerente tomar uma casa legislativa que tem sido tão receptiva.

Luiz Américo Gori Camargo

Ocupação da Câmara 2

Quando há manifestações, protestos, cobranças por parte de grupos da sociedade que vivem um verdadeiro desrespeito a seus direitos, vem o poder público e trata o assunto com desculpas esfarrapadas e descaso, o que tem gerado revolta. Mas é evidente que não se justificam a depredação e a violência.

Fernando Vieira Borges

Ocupação da Câmara 3

Não concordo com esse tipo de atitude na busca por direitos ou causas. Muito ao contrário do que se busca, quando se chega a esse ponto a finalidade da causa geralmente termina em consequências ainda piores, como os gastos com a recuperação de locais públicos, por atos de depredação que ficam, sim, para o povo pagar.

Silmara Araújo

Biografias 1

Leminski e toda a sua rebeldia não merecem a atitude da Editora Record e de Alice Ruiz. Ambos contestam a liberdade de ser e contestatória de Leminski. Apoio o trabalho de Domingos Pellegrini, mesmo que eventualmente contenha supostas incorreções e visão pessoal da relação vivida. Proponho uma edição guerrilheira. Vá em frente, Pé-Vermelho!

Orlando Pilati

Biografias 2

Durante os anos da ditadura, os intelectuais e artistas eram contra todo tipo de censura – inclusive Caetano Veloso, Gilberto Gil, Chico Buarque e outros exilados. Agora, são eles os censores. Qualquer tipo de biografia terá de ser "chapa-branca", isto é, com o beneplácito do biografado, em que somente se pode fazer exaltações. A viúva do Paulo Leminski proibiu o lançamento de um livro de Domingos Pellegrini Júnior que relata sua convivência com o poeta. Ela não concorda quando Domingos conta o problema de Leminski com a bebida. Paulo Leminski morreu de cirrose e hemorragia hepática. Isto não é causado por uma gripe, não!

Jonas Barbosa Leite Filho

Hospital de Clínicas 1

O plano federal de gerir hospitais públicos através da Ebserh é mais uma medida errônea na área da saúde e uma forma de o governo brasileiro se eximir de sua responsabilidade nesta questão. É preciso lembrar que o HC é um hospital-escola e que já foi referência sul-americana como centro de ensino, pesquisa e atendimento ao cidadão, e que está na situação em que se encontra devido à má gestão ao longo dos anos, especialmente nesses últimos dez anos.

Eliane Silveira

Hospital de Clínicas 2

Vendo a situação do Hospital de Clínicas, me pergunto: o programa Mais Médicos vai resolver situações como esta? Penso que não, afinal a questão é de infraestrutura, tanto no interior como nos grandes centros.

Nayara Baena de Souza

Política econômica

O editorial da Gazeta do Povo de terça-feira mostra a real situação do país sob o governo do PT. Se o governo falha na infraestrutura, não há como haver progresso. O ministro da Fazenda demonstra incompetência com sua teimosia e manuseio nas contas e maquiagem do balanço financeiro. Sinal de que as coisas não vão bem. O governo não atrai investidores externos porque não confiam na sua política bolivariana. Age contra o desenvolvimento. O pré-sal é uma incógnita, nossa supersafra corre o risco de apodrecer nos armazéns por dificuldade no transporte. Mas a presidente teima em dizer que está tudo bem e ainda dá o calote nos contribuintes do Imposto de Renda, protelando a restituição.

Luiz Fanchin Jr., economista

Pichação

As principais cidades brasileiras estão tomadas por garranchos. Arte? Também acho que não, professor Belmiro Valverde (Gazeta, 13/10)! O objetivo é apenas a marcação de território ou, talvez, demonstração simples de "poder pichar onde nenhum humano jamais ousou pichar". Entretanto, certamente mais cerebral e com um valor artístico incontestável, o grafite não foi mencionado em seu artigo. Vide o sucesso mundo afora dos paulistanos "Gêmeos" e tantos outros artistas de rua que, de fato, tocam os sentidos de tantos.

Marcos N. Muller

Votação

Para o povo em si, torna-se secundário a sessão da Câmara ser suspensa e deixar de votar três projetos (Gazeta, 16/10). Eles têm todo o tempo do mundo para assim fazê-lo, não? O mais importante é o que não foi feito e foi pedido pela população em junho. Parece que para eles, como políticos, ainda não caiu a moeda neste sentido; pena que nosso povo ainda é muito pouco politizado.

Dionisio Francisco Grabowski

Recadastramento de táxis

A criação da lei que autoriza licenças hereditárias para taxistas foi uma forma de liquidar com uma categoria dos motoristas colaboradores, que não terão a menor chance de se livrar da exploração e escravidão que muitos vivem, pois pagam para trabalhar. Tornar hereditárias as concessões públicas é validar a atuação das máfias, espalhadas pelo Brasil.

Rodney Fernando Carneiro

Bolsa Família

É lícito, ético, lógico, decente, desejável e correto que quem receba Bolsa Família possa votar em eleições federais? Como considero que esta anomalia mastodôntica é a mais abjeta forma de eleitor/cabresto, minha resposta é fazer circular esta impostergável questão, adentrando a cabeça dura de quantos ainda permaneçam omissos perante os desmandos eleitoreiros deste país.

Renzo Sansoni

Cicloativistas

Fico pasmo com a ingenuidade dos defensores das ciclovias. Por acaso alguém falou para eles que a bicicleta é lenta, pesada, desconfortável e imprópria como meio de transporte, sobretudo em Curitiba, onde o clima não ajuda? Imaginaram eles milhões de pessoas pedalando longas distâncias para ir ao trabalho, todos os dias, sob sol forte ou sob chuva, ou ainda enfrentando outros problemas, como frio, falta de segurança, ladeiras íngremes etc.? Definitivamente, sou pelo carro!

Gabriel Hamerschmidt

Bebida alcóolica

Esta geração não está bebendo; esta se embebedando, e muitas vezes em festas privadas nas quais a bebida corre solta sem precisar ser comprada! Pais coniventes que, para não frustrar suas filhas nas festas de 15 anos, servem vodca com energético para menores, pois, se não há bebida, os meninos muitas vezes boicotam as festas! Postos de gasolina e supermercados próximos ao local das festas ficam lotados de jovens que compram bebida livremente!

Andrea C. de Almeida El Omeiri

Black blocs 1

A opinião da leitora Estela Galeazzi (Gazeta, 15/10) merece ênfase. Onde estão aqueles artistas, cantores e compositores que com tanto talento faziam a crítica política e social dos governos passados? Simplesmente cederam espaço àqueles que, com extremo mau gosto, ainda fazem apologia ao crime. Onde estão aqueles políticos que, no seu passado de oposição, criticavam a construção de estádios de futebol e as privatizações impensadas? Estão hoje no poder, fazendo a mesma coisa.

Osvaldo Vieira de Lima Jr.

Black blocs 2

Os black blocs, baderneiros e arruaceiros na versão do século 21, estão prestando um enorme desserviço à população brasileira. Durante séculos nossa brava gente bronzeada foi denominada de passiva, leniente e omissa diante dos desmandos de governantes inescrupulosos. Pois justo no momento em que a sociedade civil sai às ruas para manifestar seu descontentamento com a corrupção, a inércia e a desfaçatez dos governantes, surgem os ignóbeis black blocs para atrapalhar, tirar o foco e tumultuar as manifestações legitimas da população. Queimar ônibus é coisa de bandidos da pior espécie e não de quem quer mudar os destinos do nosso Brasil. Cadeia neles!

Rafael Moia Filho

Copa do Mundo

Após a baderna nos estádios, consegue-se imaginar o que será a Copa com a mistura álcool, vândalos e impunidade. Até mesmo consegue-se imaginar o que vai acontecer se o Brasil chegar à final e perder a Copa. O "Inferno de Dante" vai ficar parecendo cenário da Cinderela, e as bombas em Hiroshima vão parecer fogos da virada de ano em Copacabana. Se alguém duvida, tente imaginar os torcedores atuais em 1950, no Maracanã, após a derrota para o Uruguai; não ficaria um chapéu na cabeça de nossos educados avós.

Manoel José Rodrigues, assistente administrativo, Alvorada do Sul – PR

Supersalários

Incluindo os aposentados, são aproximadamente 30%, ou 1,9 mil, os servidores do Congresso que recebem acima do teto de R$ 28 mil. Dos mais de 24 milhões de aposentados da iniciativa privada, nenhum recebe mais de R$ 4,1 mil, apesar de muitos terem contribuído para receber bem mais; Dentre os ativos, para se receber um salário de R$ 20 mil tem de ser muito bom no que faz, e sua estabilidade no emprego depende do seu desempenho e das condições financeiras da empresa em que estiver trabalhando, condições inexistentes no serviço público. Por que temos de pagar por benefícios que não temos? Essa situação é antidemocrática e extorsiva. Se as regras brasileiras, inclusive as de mercado, valessem para todos, sobraria muito dinheiro para ser aplicado nas atividades essenciais. Parte dos servidores sabe cobrar da população fazendo greves, mas não admite fazer parte da solução. Esse é o Brasil do século 21: continuamos crescendo como rabo de cavalo, para baixo!

Artur Larangeira Filho, Rio de Janeiro – RJ

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